quinta-feira, 11 de novembro de 2021

GARIMPO DE ESMERALDAS DA CARNAÍBA- BAHIA

 

Montanhas de beleza rara, vales que parecem não ter fim, rios que se espremem nos corredores de pedras. O conjunto de monumentos impressionantes foi criado pela natureza há 400 milhões de anos, quando a Terra ainda era criança. No coração da Bahia, as águas do inverno saltam dos pontos mais altos do Nordeste. Um espetáculo exuberante. A Queda d'Água da Fumaça, de quase 400 metros, parece que começa nas nuvens. Na Chapada Diamantina, a trilha das águas mostra o caminho das pedras. Pedras preciosas, que contam a história de muitos aventureiros. Carnaíba, norte da chapada. O vilarejo com cara de cidade atrai milhares de garimpeiros. As serras da região concentram a maior reserva de esmeralda do Brasil.
O empresário Alcides Araújo vive perseguindo a sorte há mais de 20 anos. Ele é um dos grandes investidores na extração da valiosa pedra verde. Alcides diz que ainda não encontrou a sorte grande. Do garimpo dele só saíram pedras de segunda. Mesmo assim não dá para reclamar.
"Já ganhei um dinheiro razoável no garimpo, produzi quase quatro mil quilos. Se tivesse essas pedras hoje, valeria R$ 300, R$ 200 o grama. Já ganhei mais de R$ 3 milhões", revela o empresário. 
Boa parte desse dinheiro está enterrada na jazida que Alcides explora. O Globo Repórter foi ver como os garimpeiros vão atrás da esmeralda. Uma aventura que requer, além de sorte, muita coragem.





Na maior mina da região, a equipe foi a 280 metros de profundidade. Para chegar lá embaixo, o equipamento é um cinto de borracha conhecido como cavalo. Confira esse desafio em vídeo. Os garimpeiros são mesmo corajosos. No abismo dos garimpos, a vida anda por um fio. O operador da máquina que faz descer e subir o cabo-de-aço não pode vacilar. A água que cai do teto vem do lençol freático que o túnel corta. Parece uma viagem ao centro da Terra. Mas será que vale mesmo a pena correr tanto risco?
Foram quase seis minutos só de descida. Seis minutos de arrepios. A 280 metros a equipe chegou a um corredor estreito. No rastro da esmeralda, os garimpeiros abrem quilômetros de galerias. Calor, pouco ar, oito, dez horas por dia no estranho mundo subterrâneo. Esses homens vivem como tatus-humanos.
Alegria mesmo é quando o verde começa a surgir na rocha. Sinal de que pode estar por perto o que eles tanto procuram. É preciso detonar a rocha para ver se é mesmo esmeralda. O desejo de enriquecer é mais forte que o medo do perigo. Sem nenhuma segurança, eles enchem com dinamite os buracos abertos pela perfuratriz.
“Costumamos fazer até quatro detonações por dia. A cada detonação, são disparados de dez a quinze tiros", conta o fiscal de garimpo Klebson de Araújo.
Muita pedra desceu do teto da galeria. O trabalho agora era levar tudo lá para cima e examinar direito as pedras. E o dono do garimpo? Será que ele confia nos seus garimpeiros?
"Eles encontram e a gente fiscaliza. Se facilitar uma coisinha, eles botam dentro do bolso”, diz o garimpeiro Manoel. 
“Tem várias formas de levar. Uns dizem que estão com sede, pedem uma melancia para chupar. Partem um pedacinho, colocam as pedrinhas lá dentro e levam a melancia”, denuncia Alcides.
Escondida ou não, esmeralda na mão é dinheiro no bolso. Nos fins de semana, a praça principal da cidade de Campo Formoso vira um mercado movimentado de pedras preciosas. No local, o que menos importa é a procedência. A esperteza sempre prevalece. Esmeralda de qualidade nunca é vendida na praça. Negócio com pedras valiosas é fechado dentro de casa, por medo de assalto. Os minérios da Chapada Diamantina fizeram fortunas e produziram histórias. Histórias como a de Herodílio Moreira que já viveu dias de glória.
“Já ganhei muito dinheiro com esmeralda. De comprar mercadoria e ganhar cinco carros de uma vez, de lucro. Hoje esses carros acabaram. Estou querendo dinheiro para comprar uma bicicleta velha”, conta o garimpeiro.
No mundo desses aventureiros, pobreza e riqueza dividem o mesmo espaço. O garimpeiro José Gomes, de 70 anos, também já viveu as duas situações, mas nunca perdeu a esperança. 
“Quando vejo na joalheria uma esmeralda em forma de jóia, analiso o que perdi. Vejo as pedras nas lojas valendo milhões de dólares e eu sem nada", diz ele.
A reserva de esmeralda da Carnaíba é considerada pelo DNPM como a maior do mundo e apenas 10% dela foi explorada.






Fonte: Globo

Deslumbrante diamante azul em exposição pública pela primeira vez

 

Publicado em 10 de novembro de 2021, em Notícias do Mundo

Batizado de Okavango Blue Diamond a rara pedra preciosa foi cedida para ser exposta ao público no AMNH, em Nova Iorque.



Diamante azul Okavango, já lapidado (estatal de Botswana cedida para AMNH)

Ellen Footer, diretora do AMNH-Museu de História Natural Americano, apresentou o Okavango Blue Diamond para a imprensa, na terça-feira (9), em Nova Iorque, Estados Unidos. 

Esse raro diamante azul pertence a uma empresa estatal de Botswana, país da África, onde há minas dessas pedras preciosas. Tem 20,5 quilates, ou 4,1 gramas.

Um quilate de diamante pode custar na faixa de 63 mil dólares, ou pouco mais de 7 milhões de ienes. Mas, esse em especial, o quilate do Okavango Blue Diamond certamente vale muito mais, pela sua rara beleza, transparência, cor, formato, brilho e outros fatores. 

O espetacular diamante azul foi garimpado na mina Orapa, a maior de seu tipo já encontrado no país.

O nome da gema foi atribuído em homenagem ao Delta do Okavango, uma área de biodiversidade incrível de Botswana, tombada como patrimônio da Unesco.  

A exposição para o público, pela primeira vez, começa na quarta-feira (10).

Gema de rara beleza, cor e transparência (estatal de Botswana cedida para AMNH)




Fontes: ANN e AMNH




quarta-feira, 10 de novembro de 2021

7 pedras preciosas brasileiras que chamam a atenção do mundo

 

 


A América do Sul possui uma longa história de produção de pedras preciosas e é responsável por alguns dos melhores espécimes do mundo. Das áreas produtoras de gemas da América do Sul, o Brasil é, de longe, a fonte mais rica de pedras preciosas de classe mundial. Há uma variedade de mais de 90 pedras preciosas e outros minerais encontrados no país, incluindo a água-marinha, ametista, citrino, diamante, esmeralda, quartzo, rubi, safira e topázio.
Conheça algumas das pedras preciosas brasileiras que mais chamam a atenção no mundo:

1. Água-marinha

Água-marinha

A água-marinha é uma pedra da família do berilo, que recebe esse nome pela sua cor que se assemelha à água do mar. Atualmente, as cores mais populares e, portanto, valiosas dessa pedra são suas versões mais claras.
Atualmente, 90% da água-marinha do mundo é extraída no Brasil, mas essa pedra também pode ser encontrada em pequenas quantidades na Rússia, nos Estados Unidos, no Afeganistão, no Paquistão e na Índia.
Essa pedra é relacionada às pessoas que nascem no mês de março.

2. Ametista

Ametista
A ametista é a pedra mais cobiçada entre os quartzos, e sua cor varia entre roxo ao violeta. Desde que grandes depósitos da popular pedra roxa foram encontrados no Brasil no século 19, o país se tornou um grande exportador mundial.
Essa pedra é uma das mais antigas já usadas pelo homem, e seu nome vem da palavra grega methystos, que literalmente significa "não bêbado". As pessoas costumavam a usar ou carregar nos bolsos para evitar a embriaguez.

3. Citrino

Citrino brasileiro
Muitos países sul-americanos são fonte de citrinos, incluindo Argentina, Bolívia e Uruguai, mas o Brasil produz alguns dos melhores citrinos do mundo. O citrino é um membro da família do quartzo e o citrino brasileiro é conhecido por seus tons quentes e únicos, que variam de amarelo a laranja.

4. Topázio-imperial

topázio imperial
O Brasil é a maior fonte de topázio imperial no mundo, enquanto outros pequenos depósitos podem ser encontrados na Rússia. A principal mina do mundo é localizada na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, e produz topázio imperial nas cores amarela, laranja, rosa, lilás e vermelho-cereja. Algumas cores da topázio imperial são extremamente raras, sendo o rosa o mais comum encontrado.
Conta a lenda que o topázio imperial recebeu esse nome pois foi uma das pedras que mais fascinou Dom Pedro I.

5. Turmalina paraíba

Turmalina paraíba
Apesar do país possuir turmalinas de uma variedade de cores, como laranja, amarelo, verde, azul e violeta, a turmalina paraíba merece um destaque por sua raridade.
Essa variedade, de um azul turquesa único, deriva sua cor de traços microscópicos de cobre. Essas gemas são encontradas no estado do norte da Paraíba, ao qual elas devem seu nome. Ocasionalmente, as cores nas turmalinas são misturadas, resultando em pedras bi-coloridas ou multicoloridas.

6. Rubelita

Rubelita
Rubelita é uma outra variedade de turmalina que chama a atenção no mercado internacional por sua cor única, que varia entre diversos tons de rosa a um vermelho vívido.
Seu valor é diretamente relacionado com a pureza do vermelho: quanto mais intenso, mais valiosa é a pedra.

7. Diamantes coloridos

Diamante vermelho
Poucas pessoas sabem que o Brasil já foi a principal fonte de diamantes do mundo, e que continua sendo um importante produtor ainda hoje. Nos anos 1700 e início dos anos 1800, alguns dos diamantes mais famosos do mundo foram encontrados em terras brasileiras, incluindo diamantes vermelhos extremamente raros, assim como verdes e outras cores fascinantes.

Fonte: HIPERCULTURA

5 características que fazem do grafeno o material do futuro

 

 



O Grafeno é um material composto por uma fina camada de grafite, e desde sua descoberta, tem atraído os cientistas e a indústria tecnologia por suas infinitas possibilidades de uso.
Mas porque esse material é assim tão revolucionário?
grafeno

1. O material mais condutivo do mundo

Uma das características que promete mudar a indústria tecnológica é a alta condutividade do grafeno.
Os elétrons se movem através do grafeno com praticamente nenhuma resistência e aparentemente sem massa. Isso faz com ele transporte eletricidade de forma mais rápida, eficiente e precisa do que qualquer outro material.
Já imaginou como isso pode ser aplicado em smartphones, por exemplo? A Universidade da Califórnia já provou que é possível criar celulares que carregam em apenas 5 segundos, e baterias que podem durar uma semana inteira.

2. O grafeno nos permite ver uma camada de átomos a olho nu!

De acordo com a Universidade Rive, no Texas, mesmo sendo o material mais fino que existe, com apenas um átomo de espessura, ele continua sendo visível.
O grafeno é incrivelmente transparente, absorvendo apenas 2,3% da luz, porém, se você o colocar em cima de uma folha de papel, você será capaz de vê-lo.

3. Ele é 200 vezes mais forte do que o aço

Apesar de ser fino e leve, o grafeno é um material extremamente forte, sendo o elemento mais rígido que já se conheceu, superando até mesmo o diamante.
Para se ter uma ideia, uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa apenas 0,0077 gramas, porém, é capaz de suportar o peso de até 4 kg.

4. Flexibilidade, transparência e impermeabilidade em um só material

Mesmo sendo muito rígido, o grafeno é um material com grande elasticidade, se esticando até 25% a mais do seu comprimento.
Segundo o Dr. Ponomarenko, um dos pesquisadores desse material, o grafeno também é o material mais impermeável já descoberto, e mesmo os átomos de hélio não podem passar por ele.

5. É um material bidimensional

As características do grafeno são muito diferentes do grafite, que é a versão tridimensional do carbono. E estudar o grafeno nos ajuda a prever como outros materiais podem se comportar de forma bidimensional.
Porém, o mais curioso foi a forma como chegaram nesse material bidimensional. Esse elemento foi isolado utilizando um rolo de fita adesiva, um pedaço de grafite puro e um transistor feito de grafeno.

Isolamento de grafeno
Materiais utilizados para realizar o experimento

Eles usaram a fita para descascar o grafite puro, retirando várias camadas dele, até que conseguiram chegar à apenas um átomo de espessura.
Os materiais utilizados neste experimento estão expostos em Estocolmo, no Museu Nobel, e foram doados pelo próprio pesquisador Andre Geim (que tem seu nome na fita) e seu colaborador Konstantin Novoselov.

A descoberta do Grafeno

Grafeno
O grafeno é formado por uma estrutura hexagonal de átomos de carbono, que visualmente se parece com um favo de mel.
O grande fascínio sobre esse material se deve às suas propriedades físicas notáveis e às potenciais aplicações que ele oferece para o futuro.
Embora os cientistas já conhecessem o material, ninguém havia o extraído do grafite, até que em 2004 os pesquisadores Prof. Andre Geim e o Prof. Konstantin Novoselov realizaram esse trabalho e ganharam o Prêmio Nobel de Física por esse feito.
Atualmente, mais de 200 projetos na Universidade de Manchester estudam o Grafeno, e espera-se que em breve essas características fascinantes possam ser aplicadas no nosso dia-a-dia.


Fonte: HIPERCULTURA