quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Pulseiras de Maria Antonieta vão a leilão

Brasil é responsável por produzir um terço das gemas do mundo

 

 

Pedras brutas nacionais se destacam por sua grande variedade de cor

Topazios Azuis (Foto: Daniela Newman)
Entre as pedras exportadas pelo Brasil estão os topázios azuis (Foto: Divulgação/Daniela Newman)
No cenário internacional, o Brasil é conhecido pela produção de grande diversidade de pedras preciosas, sendo, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), um dos principais produtores de esmeraldas, alexantritas e o único de topázio imperial e de turmalina Paraíba. Também fazem parte do acervo brasileiro outras pedras, que são comercializadas em larga escala, incluindo citrino, ágata, ametista turmalina, água-marinha, topázio e cristal de quartzo. Exceto no que diz respeito à comercialização de diamante, rubi e safira, o país é responsável, atualmente, pela produção mundial de aproximadamente 1/3 do volume de gemas, como são conhecidas as pedras quando lapidadas, ou polidas.
No Brasil, boa parte da produção de pedras preciosas é feita por garimpeiros e pequenas empresas de mineração, localizadas em sua maior parte nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará e Tocantins. Segundo ressalta Hécliton Santini Henriques, presidente do IBGM, cerca de 80% das pedras brasileiras têm como destino a exportação, incluindo esmeraldas, turmalinas, ametista, citrino, topázios e, principalmente, os cristais. Os outros 20% são destinados ao mercado interno, mais especificamente às indústrias joalheiras.

O parque industrial brasileiro voltado ao mercado de joias é bem diversificado. Conforme dados do IBGM, estima-se que existam, atualmente, aproximadamente 3.500 empresas, incluindo as de lapidação, de joalheria, de artefatos de pedras, de folheados e de bijuterias, localizadas, em sua maior parte, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. O instituto destaca também o surgimento de novos polos industriais no Paraná, Pará, Amazonas, Ceará e Goiás.
“No que diz respeito à produção de pedras, o Brasil é um dos mais importantes do mundo em termos de variedade e volume. O nosso país continua sendo um dos principais produtores e exportadores, mas tem diminuído sua participação devido ao crescimento da África nesse setor. Os preços, tanto das pedras brasileiras, quanto das africanas, cresceram muito nos últimos seis anos, muito devido à entrada da China no mercado de joias, se tornando o principal país importador de pedras brasileiras. O Brasil comercializou um montante de US$ 64 milhões em pedra lapidada e US$ 21 milhões em pedra bruta, sendo que, neste ano, devemos exportar o total de US$ 200 milhões”, prevê o presidente.
Tendências do mercado mundial



Nos últimos 20 anos, Hécliton ressalta que aumentou a procura por pedras coloridas e com preços mais acessíveis, o que acabou por beneficiar o Brasil. “O mercado tem procurado por mais cor. Hoje em dia, temos pedras rosas, amarelas, champanhe, preta, entre outras cores. Devido a essa tendência, o design de joias também mudou, o que exigiu pedras mais coloridas, chamadas no mercado internacional de ‘colored stones’, sendo um dos nossos principais mercados os Estados Unidos”, aponta o especialista.
Hécliton destaca que do volume total exportações brasileiras, 2/3 são referentes a pedras lapidadas e 1/3 a pedras brutas. “O custo da lapidação no Brasil é elevado em relação ao praticado em países como China e Vietnã, por exemplo. Ou seja, no caso de gemas mais baratas, mandamos as pedras brutas e as compramos lapidadas para termos mais competitividade no mercado nacional. Já as pedras de valor maior são lapidadas no Brasil mesmo. Outras pedras brutas não têm como ser lapidadas, como a druza ametista, conhecida também como ‘capelas de ametistas’”, ressalta.

Fonte: G1

terça-feira, 16 de novembro de 2021

DIAMANTE OU BRILHANTE?

 






Quando você pensa em um DIAMANTE logo vem em sua mente algo branco que reluz brilho, soa como pureza e mexe com os sentidos como a paixão?
Ok, mas antes da sua joia feita com eles, existem uma grande historia e explicações que espero ajudar a esclarecer dúvidas!
Carbono puro a mesma do carvão e do grafite- aquele de lapis! Isso mesmo, essa é a composição dessa pedra tão fascinante e desejada.
Cristalizado sob altas pressões e temperaturas, nas mais profundas entranhas da terra há bilhões de anos.
Para se ter uma ideia, a mais jovem rocha vulcânica da qual se extrai diamantes possui a idade de 70 milhões de anos.A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível, indomável.
 DIAMANTE X BRILHANTE – SÃO IGUAIS ?
Sim e Não. Calma, vamos explicar. Se considerarmos o princípio que "brilhante" é o nome de uma das formas (redonda) que um Diamante lapidado possa ter, então realmente um DIAMANTE é a mesmíssima coisa que um BRILHANTE. Porém, a palavra "Brilhante" é usada além desta explicação acima. Ou seja, diversas Gemas - naturais e sintéticas -são também denominadas "Brilhantes" pelo simples fato de reluzirem com os princípios físicos da Luz que "atravessa" o prisma e explode em brilho e cores. Então a melhor solução - ou definição - é que "Um Diamante pode ser um Brilhante, mas nem todo Brilhante é um Diamante".
Mas não vamos complicar!
RESUMINDO : As pessoas costumam errar ao dizer que querem comprar uma peça com brilhantes. A gema é diamante, brilhante é apenas o nome da lapidação. O diamante pode ser lapidado em diversas outras formas e lapidações e então não será mais "brilhante".O mais belo corte (lapidação) para o diamante é o chamado brilhante, criado pelo joalheiro veneziano Peruzz, no final do século XVII. Essa lapidação tem a forma redonda e compõ-se de 58 facetas. Cada faceta é simétrica e disposta num ângulo que não pode variar mais de meio grau.

Os diamantes podem ser lapidados em outras formas como gota, navete, baguete, coração, etc. – O formato coração costuma ser o mais caro pois, perde-se muito da pedra na lapidação pela quantidade de angulos!


Fonte: Portal do Geologo

Exploradores procuram tesouros perdidos nas águas gaúchas

 


Um dos caçadores relata que quatro anos de buscas renderam R$ 30 mil

André Malinoski
Exploradores utilizam equipamento especial para busca aos tesouros

Exploradores utilizam equipamento especial para busca aos tesouros 

“Somos os garimpeiros das praias.” A frase do vigilante Adriano Alves, de 51 anos, define com precisão um hobby um tanto exótico e ainda despercebido para muitos frequentadores dos balneários, lagos, rios e praias gaúchas – a caça por tesouros. Com um detector de metais à prova d’água, esses caçadores de riquezas encontraram um passatempo divertido e, dependendo da sorte, um bocado rentoso.

“Consegui em quatro anos de procura cerca de R$ 30 mil”, revela Adriano, após voltar de uma expedição nas águas tranquilas do Lami, na Zona Sul de Porto Alegre. Na orla da praia, ao lado de outros amigos atrás de peças de ouro e prata, o explorador de metais preciosos explica o funcionamento do equipamento. “Tem um identificador que mostra quando algo de metal está enterrado na areia, geralmente a 20 ou 30 centímetros abaixo do solo. Assim que o aparelho detecta um objeto, eu cavo até encontrá-lo”, conta.

A ação dos exploradores na parte mais rasa das águas lembra uma pessoa passando uma enceradeira no piso, ora alternando movimentos circulares, ora realizando apenas o vaivém. O detector de metais utilizado pelo vigilante se chama Equinox 800 e custa, em média, R$ 5,3 mil. Mas é possível encontrar o mesmo modelo e outros semelhantes com valores variados na internet. Além de o identificador exibir informações de quando algo é encontrado também há um fone de ouvido bluetooth que pode ser usado para receber dados em áudio. “Posso fazer garimpo de ouro em cachoeiras e nas matas. Faço também em fazendas antigas”, compartilha o entusiasta.

A aposentada Fátima Bertotti, 59, também procurava por preciosidades nas águas do Lami. “Encontrei vídeos no YouTube sobre isso e entramos em contato com um casal de Nova Tramandaí que vendia o equipamento. Compramos, mas não podia molhar. Depois adquirimos um à prova d’água e resolvemos brincar”, relata ela, que estava vestindo roupa térmica para não sentir frio enquanto buscava objetos valiosos.

As coisas mais comuns de serem encontradas são alianças de ouro, anéis de prata, correntes, moedas e brincos. Também é comum o aparelho, que funciona com bateria, detectar chumbadas usadas por pescadores perdidas nas águas. O equipamento dela era similar ao do amigo vigilante. Moradora de Viamão, Fátima disse que os locais de busca não se limitam ao Lami, onde os porto-alegrenses e moradores da Região Metropolitana costumam buscar alívio do calor nos dias mais quentes do verão. “Procuramos ouro nas praias de Arambaré e do Laranjal, entre outros lugares”, diz.

O marido de Fátima, o autônomo Marco Aurélio Lopes, 54, recorda que certa vez encontrou objetos mais valiosos. “Aqui no Lami já achei até moedas antigas de 2 mil réis enterradas.” Questionado sobre a peça mais curiosa já encontrada durante suas expedições, o autônomo se diverte: “Encontrei em uma lagoa de Águas Claras uma ponte de metal com quatro dentes”.

No último Dia de Finados, conforme lembra, a sorte sorriu para ele. Na ocasião, encontrou três alianças de ouro nas águas do Lami. O casal junta o que encontra e revende para compradores de ouro e prata. “Graças a isso já compramos um pequeno trailer usado que nos leva para novos lugares onde podemos explorar”, orgulha-se. A prática conhecida por “detectorismo” possui diversos adeptos no Rio Grande do Sul. Ser um explorador de tesouros perdidos pode garantir, além de uma renda extra, inusitadas descobertas e boas risadas.


Fonte: CP



A SABOROSA ORIGEM DO QUILATE, A MEDIDA USADA PARA CLASSIFICAR JOIAS

 


Utilizada como forma de identificar a pureza de metais como o ouro, a unidade tem uma origem bastante inusitada


Imagem meramente ilustrativa de barras de ouro
Imagem meramente ilustrativa de barras de ouro - Divulgação/ Pixabay/ PublicDomainPictures

Quem ouve a palavra hoje imagina que “quilate” tenha alguma relação com “quilograma”. Afinal, pode servir como uma medida do sistema métrico: 200 miligramas de alguma pedra preciosa, como diamantes. Mas isso muda quando falamos em ouro.

Aí um quilate significa uma proporção. De 1/24, quantas partes de ouro estão misturadas a outros metais. Ouro 24 quilates significa 100% puro; 12 quilates, metade ouro, metade outro metal. A bagunça veio da origem bem pouco científica do termo.

A palavra deriva do grão de alfarroba — para quem não conhece, é um tipo de vagem nascido em árvores, cujo feijãozinho pode ser usado como substituto para o chocolate. Seu nome é qirat em árabe — a medida foi importada através de comerciantes islâmicos.

Mas o termo em árabe também é importado, do grego kerátion — “chifrinho”, uma referência ao formato da vagem de alfarroba. Gregos antigos usavam os grãos da planta como uma medida minúscula, equivalente a um terço de óbolo (que tinha 0,72 grama). Um quilate equivalia a 0,12 grama, menos que o 0,2 atual.

Imagem meralemente ilustrativa de anel / Crédito: Divulgação/ Pixabay/ StockSnap

 

Ainda que o grãozinho batizasse a medida, historiadores acham improvável que fosse usado diretamente numa balança. Os grãos de alfarroba são tão irregulares quanto os da maioria das outras plantas, o que seria prejuízo certo para alguém comprando ou vendendo ouro. O mais provável é que fossem feitos pesinhos com esse nome.

A bagunça com o ouro vem de outro uso do quilate. Em Roma, 1 quilate era equivalente a 1/24 do peso de 1 solidus, valiosa moeda de 4,5 gramas de puro ouro — o que dava 187 miligramas. A partir desse uso, o quilate mudou de medida de peso para proporção quando falamos em ouro.

Como no caso de todas as medidas pré-científicas, cada país tinha seu próprio valor para o quilate. Até que, na Conferência Geral de Pesos e Medidas, em Paris, 1907, foi adotado o valor atual, compatível com o sistema métrico.





Fonte: AH/UOL