sábado, 1 de janeiro de 2022

Governo Bolsonaro recua e cancela autorizações de garimpo na Amazônia


 Augusto Heleno cancela a autorização de sete projetos de pesquisa de ouro em uma das áreas mais preservadas da Amazônia

Augusto Heleno cancela a autorização de sete projetos de pesquisa de ouro em uma das áreas mais preservadas da Amazônia

O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, cancelou nesta segunda-feira (27) a autorização de sete projetos de pesquisa de ouro em uma das áreas mais preNo mesmo comunicado, a pasta comandada por Heleno reconhece que há áreas de requerimento mineral "nos limites" de terras indígenas ou em região com demarcação ainda não homologada.
Heleno, que despacha no Palácio do Planalto e se coloca como um dos principais auxiliares de Bolsonaro, é secretário-executivo do Conselho de Defesa, órgão que aconselha o presidente em assuntos de soberania e defesa. Cabe ao ministro do GSI dar aval ou o não a projetos de mineração na faixa de fronteira, numa largura de 150 km.
Galeria São Gabriel da Cachoeira (AM) Município com maior população indígena do país fica na fronteira com Colômbia https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1666891315689557-sao-gabriel-da-cachoeira-am *** Uma autorização de pesquisa permite "atividades de análise e estudo da área em que se pretende lavrar", conforme a ANM. São os trabalhos necessários para se definir uma jazida de um minério.
As primeiras autorizações para empresas e empresários pesquisarem ouro na região de São Gabriel da Cachoeira foram dadas em 2021, levando-se em conta o levantamento feito nos atos dos últimos dez anos pela Folha.
Os empreendimentos seriam instalados no extremo noroeste do Amazonas, na fronteira com Colômbia e Venezuela. A região, conhecida como Cabeça do Cachorro, é uma das mais preservadas da Amazônia e uma das últimas fronteiras de conservação plena do bioma.servadas da Amazônia.
O recuo, feito em ato do Conselho de Defesa Nacional, foi publicado no Diário Oficial da União. Como revelou a Folha, o ministro havia dado aval aos projetos de garimpo na região de São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade mais indígena do Brasil, onde estão 23 etnias.
O MPF (Ministério Público Federal) no Amazonas instaurou um procedimento de apuração para investigar e fiscalizar as autorizações dadas pelo ministro do GSI, diante do risco socioambiental das medidas. Integrantes do MP suspeitam que os atos buscavam preparar terreno para a mineração em terras indígenas, proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
As autorizações foram cassadas com base em manifestações da ANM (Agência Nacional de Mineração), Funai (Fundação Nacional do Índio) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
"Considerando as novas informações técnicas e jurídicas, apresentadas diretamente ao GSI, e que serão estudadas pela ANM, o ministro de Estado chefe do GSI, na qualidade de secretário-e xecutivo do Conselho de Defesa Nacional, cassou os Atos de Assentimento Prévio", afirma nota do GSI.
Para toda a Amazônia, Heleno já autorizou 81 projetos de garimpo desde o início do governo Bolsonaro. O ministro defendeu seus atos, no dia seguinte à publicação da reportagem pela Folha.
Segundo o ministro, "é legal autorizar a pesquisa/lavra de minerais, na faixa de fronteira, inclusa a Amazônia". "Respeitadas a legislação e o meio ambiente, continuaremos a mapear nossas riquezas pelo bem do Brasil e do nosso povo", afirmou na segunda-feira (6), em publicação numa rede social.
Os atos do general beneficiaram empresas com áreas embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis), inclusive uma empresa com autorização para pesquisar ouro na Cabeça do Cachorro. Também houve aval a garimpeiro que atua com dragas de sucção em leitos de rios da Amazônia.



Fonte: Folhapress



"ESTOU SEMPRE CHAPADO”, DIZ RAPPER SOBRE O QUE MOTIVOU IMPLANTAR DIAMANTE DE R$300 MILHÕES


Durante live no Instagram, Lil Uzo Vert disse que outra possibilidade de usar a joia seria “a ideia mais estúpida” que poderia ter


O rapper  Lil Uzo Vert com um diamante na testa
O rapper Lil Uzo Vert com um diamante na testa - Divulgação

No começo do mês, o rapper Lil Uzo Vert chocou a todos quando mostrou seu novo implante: um diamante rosa no valor de 24 milhões de dólares, algo em torno dos R$128,6 milhões, que foi colocado em sua testa.  

“Há anos venho pagando por um diamante rosa natural de Elliot. Esta pedra custou tanto que estou pagando por ela desde 2017. Foi a primeira vez que vi um diamante rosa natural de verdade. Estou com muitos milhões na minha cara”, escreveu em seu Twitter.  

O rapper ainda publicou vídeos em seu Instagram mostrando sua nova aquisição que foi implantada em sua testa. 'Beleza é dor', escreveu na legenda do post. Entretanto, apesar da ostentação, o que chamou a atenção foi o local inusitado que ele escolheu para colocar a joia.  


Agora, porém, a escolha foi justificada em uma conversa que Lil Uzi teve com outro rapper, Fat Joe, em uma live no Instagram. Segundo explicou, o local foi escolhido devido a um problema de falta de memória.  

"Eu sou Lil Uzi. Estou sempre chapado. É uma pedra de R$ 130 milhões, colocá-la em um anel é a ideia mais estúpida... Qualquer hora, eu iria baixar a guarda, me distrair e ele ia cair e sumir... Eu me conheço. Eu acordo em muitos lugares estranhos e cenários diferentes", explicou.  

Ele ainda conta que foi difícil convencer os médicos a realizarem o implante do diamante em sua testa. "Não pense que foi apenas um: 'vamos lá, tome o dinheiro'. Não, irmão, eles discutiram comigo. É de fato [uma atitude] quase insana para uma pessoa média, ou para qualquer pessoa". 




Fonte: AH/UOL

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Fabergé revela ovo de ‘Game of Thrones’ vendido por R$ 12,4 milhões

 Imagine ter um ovo de dragão cravado de joias? Não é bem o ovo de dragão de Daenerys Targaryen, mas chega perto em luxo. Neste fim de ano, a grife de joias Fabergé revelou o luxuoso ovo inspirado na série fantástica ‘Game of Thrones’. O objeto começou a ser desenvolvido em abril e já foi vendido por US$ 2,2 milhões, ou R$ 12,4 milhões.

O ovo comemorativo foi feito à mão por Paul Jones, um dos mestres da Fabergé, e sua equipe de artesãos. Sob medida, a peça teve a colaboração de Michele Clapton, figurinista da série e ganhadora dos prêmios Emmy e Bafta. Ela trabalhou com a designer-chefe da grife, Liisa Tallgren, além da própria Warner Bros.

A joalheria, que tem uma série de ovos luxuosos feitos de pedras preciosas desde a época dos czares russos, divulgou um vídeo com detalhes da fabricação da peça de ‘Game of Thrones’. A marca ainda publicou diversas fotos, com o objeto aberto e até a joia escondida dentro dele.



O ovo da Mãe dos Dragões tem milhares de diamantes brancos incrustados, além de safiras rosa, pedras da lua e rubis. O padrão foi desenhado de forma livre e gravado diretamente no material, com a casca moldada em folhas de ouro branco 18 quilates. As escamas de esmalte cintilante foram feitas com vidros azul claro, cinza, malva e violeta triturados e transformados em uma pasta.

Depois, o vidro foi queimado e polido novamente. A base é envolvida com uma cauda de dragão também de ouro branco 18 quilates. Ela é cheia de diamantes brancos e pedras da lua. Um mecanismo de torção exigiu mais do design do ovo inspirado em ‘Game of Thrones’.

Ovo Game of Thrones Fabergé
O ovo inspirado em ‘Game of Thrones’ por fora. Imagem: Fabergé/Divulgação

Ao se abrir, é possível ver três lâminas de ouro 18 quilates, representando os dragões Drogon, Rhaegal e Viserion. As cascas internas foram finalizadas com mais de 20 rubis vermelhos, em forma de gota de sangue, cercados por safiras rosas e diamantes brancos.

Dentro, ele revela um rubi lapidado em formato de pera, em cima de uma coroa removível de ouro branco. Ela pode ser presa como um pingente a uma corrente que fica escondida dentro da peça.

Ovo Game of Thrones Fabergé
A joia escondida dentro do ovo. Imagem: Fabergé/Divulgação

“Acho que é o mesmo para ‘Game of Thrones’ – eu bordava à mão [fantasias] e as pessoas perguntavam: ‘Por quê?’ Porque quero saber que está lá e não me importo se as pessoas não perceberem. Mas depois nas exposições, as pessoas puderam ver. Tudo fez sentido e há uma história dentro de cada fantasia. Encontrei uma espécie de família de pessoas na Fabergé que tem a mesma paixão pelo ofício”, disse Clapton.

Mesmo já tendo um dono, um comprador anônimo dos Estados Unidos, os fãs de ‘Game of Thrones’, baseada na obra de George R.R. Martin, poderão ver a peça de perto. O ovo de dragão sairám em turnê no ano que vem, quando o canal HBO estreia a série prequela de ‘GoT’, ‘House of the Dragon‘, focada na Casa Targaryen com acontecimentos 200 anos antes da produção principal.





Fonte:: The Hollywood Reporter




Ciclone mortal deixou uma praia da Índia coberta de ouro

 



Centenas de pescadores, mulheres e crianças no distrito de East Godavari, no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia, passaram o fim de semana a vasculhar a praia local em busca de ouro.

Após o ciclone Nivar, uma tempestade que matou cinco pessoas, derrubou árvores e inundou edifícios, pescadores locais encontraram minúsculas contas de ouro em toda a praia. Apesar dos ventos fortes e das chuvas, centenas de moradores aglomeraram-se na praia com guarda-sóis e peneiras para filtrar a areia.

“O planalto de Deccan no sul da Índia, que inclui estados como Andhra Pradesh e Karnataka, é uma das massas de terra mais antigas do mundo. É aqui que, historicamente, a maioria das gemas e joóas da Índia foi encontrada”, disse Goutom Sawang, Diretor-Geral da Polícia de Andhra Pradesh, ao Vice.

Sawang explicou que muitas das jóias mais pequenas chegam aos campos das minas da Golconda em Andhra Pradesh, onde podem não ter sido peneiradas corretamente.

Alguns locais acreditavam que as contas de ouro eram os restos de templos perdidos submersos no mar, que deram à costa após o ciclone.

Outros acreditam o contrário. “É costume durante a lua cheia fazer um puja (adoração cerimonial) e rezar para o mar. Durante o puja, deixamos para trás nove grãos de arroz e nove pedras preciosas, incluindo pequenas contas de ouro”, disse um nativo de Godavari do leste ao Vice.

Embora a recente corrida do ouro seja um caso raro de objetos de valor a chegar à costa, a caça ao tesouro é uma prática comum em Andhra Pradesh. Em outubro, um tesouro de moedas de ouro e prata foi descoberto perto de um templo no distrito de Kurnool, em Andhra Pradesh.

Além disso, agricultores e trabalhadores migrantes em Kurnool procuram diamantes em campos agrícolas a cada monção. No ano passado, um agricultor encontrou um diamante no valor de 600 milhões de rupias indianas (equivalente a 6,8 milhões de euros) no seu campo após fortes chuvas terem varrido a camada superficial do solo.

No entanto, a descoberta de ouro durante um período de tempo levou à formação de gangues que foram apanhados a roubar e vandalizar templos antigos em busca de “tesouros escondidos”. Em outubro, a polícia no distrito de Chittoor prendeu uma gangue de oito membros. Muitos deles escondem-se em florestas próximas.

De acordo com a Lei de Tesouro do Tesouro pré-colonial da Índia, “sempre que qualquer tesouro que exceda em quantidade ou valor dez rúpias for encontrado, o descobridor deverá, assim que possível, dar ao Coletor uma notificação por escrito – da natureza e quantidade ou valor aproximado de tal tesouro; do local em que foi encontrado; da data da descoberta”.




Fonte: ZAP 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

COMO FAZÍAMOS SEM ALIANÇA


Quanto mais caro o material usado, mais valioso o compromisso


Banquete de casamento no século 18
Banquete de casamento no século 18 - divulg
A noção romântica da troca de alianças como prova de amor entre duas pessoas é recente. Historicamente, o adereço representava parcerias estratégicas entre famílias e servia como demarcação de território – indicando à sociedade quem não estava disponível para ser cortejado. 
Embora variem de acordo com tradições e culturas, os símbolos de compromisso conjugal foram utilizados predominantemente por mulheres ao longo dos séculos. Achados pré-históricos mostram que homens produziam para suas parceiras adornos feitos com grama e fibras vegetais, que elas carregavam nos pulsos, canelas e cintura. Na tradição hindu, mulheres casadas devem usar um pó avermelhado na raiz dos cabelos e não podem sair de casa com os braços descobertos ou sem ornamentos. Em algumas sociedades poligâmicas, os símbolos eram utilizados para diferenciar as esposas das concubinas: entre os assírios, usar um véu sobre o rosto era obrigatório para mulheres casadas e proibido para as amantes; na China antiga, apenas as esposas tinham o direito de usar anéis.
O anel de compromisso mais remoto de que se tem registro foi produzido no antigo Egito, há cerca de 4 800 anos, com fibras vegetais secas. Traduções de hieróglifos indicam que o círculo, já naquela época, simbolizava a eternidade do vínculo matrimonial.
Também foram os egípcios os primeiros a adotar o uso da aliança no dedo anelar, pois acreditavam que passasse ali a Vena Amoris, ou Veia do Amor, que se conectaria diretamente com o coração. Uma perspectiva mais prática, porém, explica que esse dedo foi escolhido por ser menos utilizado e mais protegido de choques que os outros.
Com o tempo, materiais mais resistentes foram adotados – logo, os ornamentos vegetais foram substituídos por anéis feitos de couro, ossos, marfim e metais. Quanto mais caro o material, mais valioso o compromisso, que indicava também a riqueza do parceiro e quanto ele estava disposto a investir na relação.
Acredita-se que os romanos foram os primeiros a gravar a aliança com nomes e mensagens. Durante a cerimônia de casamento, a esposa ganhava dois anéis: um de ouro, para ser usado em festas, e um de ferro, para o dia a dia. Para eles, o uso do anel demonstrava que ela aceitava ser considerada propriedade do marido.
Além do valor simbólico das alianças, outras estratégias foram criadas para garantir a fidelidade das esposas: no Oriente Médio, no século 1 a.C., sultões presenteavam cada uma de suas noivas com uma joia quebra-cabeça. Composto de encaixes entre diversos anéis, o adorno não poderia ser removido sem que a combinação se desfizesse irreversivelmente. Assim, a mulher que retirasse o anel podia ser publicamente julgada por traição. 
O papa Nicolau I foi responsável por tornar a aliança dourada símbolo universal para o casamento cristão. Em 860, ele declarou que todas as noivas casadas pela Igreja deveriam usar uma aliança de ouro; o metal nobre era necessário porque o sacrifício financeiro demonstraria a profundidade da dedicação do noivo. 
A partir de 1500, tornou-se comum que os homens também usassem alianças, embora cerimônias com o rito de troca dos anéis só tenham se popularizado após a Segunda Guerra Mundial – passando de 15% dos casamentos, na década de 20, para mais de 80%, ao final da década de 40.


Para saber um pouco mais

Aliança de noivado
No Brasil usa-se o mesmo anel para noivado e casamento, mas em muitos países não há “sim” sem as caríssimas alianças com pedras preciosas. Mais que declaração de amor, presentear a futura esposa com uma joia de valor é uma herança cultural do noivado como contrato simbólico. Entre os séculos 15 e 19, o presente era tanto uma amostra do poder aquisitivo das famílias como um “seguro-rompimento” para a noiva, a parte mais vulnerável do acordo. O primeiro anel de diamante de que se tem notícia foi dado em 1477 pelo arquiduque de Hammond, da Áustria, à sua noiva, Maria de Burgundy. Mas foi só no século 20 que, por uma jogada de marketing, os diamantes se tornaram sinônimo de noivado: em 1947, a redatora de publicidade Frances Gerety cunhou o slogan “Diamantes são para sempre”. Com isso, ela conectou o produto à eternidade do vínculo matrimonial e criou mercado para a pedra. Por ironia do destino, Frances nunca casou.



Fonte: AH/UOL