terça-feira, 10 de maio de 2022

As pedras do Brasil: Morganita – Minas Gerais

 


 

As pedras do Brasil: Morganita – Minas Gerais PIN IT

É interessante observar como algumas simples palavras são capazes de despertar nossos sentidos e emoções. Poucas delas têm a capacidade de expressar em sua simbologia gráfica todos os sentimentos advindos de sua referência física. Quando se lê, por exemplo, “pedra preciosa”, já associa-se a um imaginário de glamour e sofisticação.

Dando continuidade à nossa série sobre as pedras do Brasil, hoje você conhecerá uma das muitas gemas brasileiras, e a partir deste post, toda vez que ler ou ouvir qualquer referência a ela, conseguirá, imediatamente, sentir todo o seu encanto. Continue acompanhando e conheça mais sobre a morganita de Minas Gerais!

As características da Morganita de Minas Gerais

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A morganita é uma gema de tonalidade rosa que, apesar de belíssima, ainda é pouco conhecida pelos apreciadores e compradores de joias. Isso pode ser facilmente exemplificado se ela for comparada a outras pedras preciosas, pertencentes ao grupo dos berilos, a qual faz parte, como a água-marinha e a esmeralda.

Este fato pode estar associado ao seu recente reconhecimento. Apesar de ter sido encontrada há milhares de anos, foi somente em 1911 que os gemólogos a nomearam e atestaram-na como uma legítima pedra preciosa, e não somente como uma variação de um mineral berilo.

A pedra recebeu este nome em homenagem a um banqueiro e colecionador americano chamado J.P. Morgan. Em sua forma natural, pode ser encontrada como um cristal ou uma passa petrificada, com poucas inclusões. Sua cor rosa é resultado da presença do manganês e do ferro em sua composição, mas ela também pode surgir em tons de laranja-rosado e salmão, sempre translúcidas (a variação dos elementos químicos é que será responsável pela tonalidade).

Minas Gerais é um dos estados brasileiros que mais a produz, porém, a morganita pode ser encontrada também em jazidas de países como o Afeganistão, Madagascar e Estados Unidos.

O misticismo nas pedras: morganita

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Acredita-se que as pedras preciosas têm energias capazes de influenciar a vida das pessoas que as utilizam. A morganita é reconhecida misticamente por seus efeitos terapêuticos sobre as vias urinárias, os músculos, a respiração e a digestão.

Em relação à psique, ela atua emitindo fortes vibrações, auxiliando pessoas inquietas a terem mais calma e confiança no dia a dia. O planeta que a rege é Vênus e ela é associada ao signo de Libra. Tem uma energia protetiva e é uma gema poderosa para aqueles que se vitimizam constantemente, ajudando a reconhecer pensamentos de fuga.

A morganita e as datas comemorativas

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Aos 53 anos de casados, comemora-se Bodas de Morganita. A gema, que tem como símbolos o amor e os sentimentos, é referência para aqueles que estão há muitos anos juntos. Portanto, presentar um casal nesta data comemorativa com uma joia com esta gema, é uma atitude muito significativa.

Mas você não precisa esperar tantos anos para ofertar a uma pessoa especial uma joia com uma morganita, há os aniversários, natal, formaturas, etc. Nos EUA, por exemplo, esta tem sido uma pedra bastante procurada para anéis de compromisso em um namoro. E independente do momento, não faltarão oportunidades para surpreender alguém com esta belíssima gema!

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E para saber mais sobre outras pedras preciosas, continue a acompanhar nosso blog!

As pedras preciosas do Brasil: Granada – Minas Gerais e Tocantins

 



As pedras preciosas do Brasil: Granada – Minas Gerais e Tocantins PIN IT

O Brasil é um país rico em belezas naturais. Entretanto, suas maravilhas nem sempre ficam concentradas aqui, podendo percorrer e encantar pessoas em todo o mundo. As pedras preciosas aqui encontradas, exemplificam bem este fato. Joalherias nacionais e internacionais dedicam-se a trabalhos delicadíssimos para transformar as pedras preciosas nas mais admiráveis joias.

No post de hoje, da série “As pedras preciosas do Brasil”, você conhecerá um pouco mais sobre uma de nossas gemas: a granada. Confira!

As características da granada

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Granada é uma pedra preciosa cujo nome vem do latim “granatus” que significa “grão”. Essa designação foi escolhida pelo fato de ela se assemelhar à semente de uma punica granatum, mais conhecida no Brasil como romã.

Esta gema tem como coloração mais conhecida o vermelho-escuro, pela presença do manganês e do ferro em sua composição. Porém, como esta pedra tem uma grande variedade de espécies — ou seja, tem propriedades semelhantes, mas composições químicas diferentes — pode se apresentar também em tons de laranja, amarelo, verde, azul, roxo, marrom, preto, rosa e até incolor. Ela não apresenta clivagem, o que facilita muito o trabalho do lapidador. São opacas, transparentes ou semitransparentes.

No Brasil, a granada pode ser encontrada nos estados de Minas Gerais e do Tocantins. Em outras partes do mundo, há centros de extração na África do Sul, Sri Lanka, Índia e Austrália.

O misticismo das pedras: granada

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Acredita-se que a granada, assim como outras pedras preciosas, tem efeitos terapêuticos. Sobre o corpo, ela atua no coração, direcionando os batimentos e o ritmo cardíacos. Auxilia também na pressão e circulação sanguínea.

Em relação à psiquê, a granada tem fortes poderes sobre as amizades e o matrimônio. Dizem que ela também atua sobre a criatividade, estimulando o pensamento a fugir do senso comum. Tal gema confere a quem a utiliza o poder de decisão, fidelidade e simpatia.

A granada e as datas comemorativas

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Ao completar 35 anos de matrimônio, um casal comemora Bodas de Granada. O simbolismo de tantos anos juntos merece ser representado por uma joia personalizada com esta pedra. Para presentear seu par, ou pessoas queridas que estão festejando esta data, que tal um belo par de brincos ou um delicado pingente? Com certeza, este momento ficará guardado para sempre, na memória e na caixinha de joias!

Agora, se você deseja presentear um dentista por sua recente formatura ou por sua brilhante carreira nesta área da saúde, um anel de granada, pedra símbolo da profissão, também será muito bem reconhecido. Afinal, que não gosta de uma joia, não é mesmo?!

Mas independente das festividades acima citadas, qualquer dia é transformado em um belo momento quando se recebe (e se oferta, por que não?!) uma joia com uma gema como a granada. Escolha seu momento especial e o torne eterno por meio de um item como este!

E você, gostou de saber mais sobre a pedra preciosa granada? Para saber mais sobre outras gemas, fique atento ao nosso blog!

As características do topázio imperial de Minas Gerais

 


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O topázio imperial é uma gema de coloração ouro, amarelo dourado ou marrom claro, podendo também ser encontrada em tons alaranjados, rosa e vermelho-cereja, translúcida a transparente. Acredita-se que o topázio possui origem hidrotermal, estando relacionado ao último evento vulcânico vivenciado na terra.

Atualmente, é encontrado em escala comercial somente na cidade de Ouro Preto e municípios vizinhos (algo em torno de um perímetro de 150 quilômetros quadrados), localizados no estado de Minas Gerais. Descoberto em torno de 1760, das muitas minas existentes desde este período, onde era possível extraí-lo, hoje encontra-se ativa somente a de Capão do Lana.

A designação “imperial” é de origem russa, local onde as primeiras pedras foram encontradas durante o período czarista, porém, nesta região a extração foi exaurida. Composta por alumínio que contém flúor, sílica com ferro, titânio, cromo e vestígios de zinco, esta gema tem dureza 8. Sua raridade e beleza, fazem com que esta pedra preciosa seja bastante procurada por joalheiros de todo o mundo.

O misticismo das pedras: o topázio imperial

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Como pedra mística, acredita-se que o topázio imperial previna doenças do coração, favorecendo a circulação sanguínea. Dizem que também tem poderes de harmonizar e acalmar o sistema nervoso, e é indicada para o relaxamento de tensões, perda de sono, perda de ar, bronquite, sistema digestivo, dentre outros. Em relação à psique, dizem que ela previne o sono inquieto e o sonambulismo; atua ainda positivamente sobre o mau humor e a irritabilidade.

Na meditação, o topázio imperial é visto como um portador de luz que auxilia na elevação a níveis mais altos. É símbolo dos signos de áries, touro, gêmeos, leão, escorpião e sagitário, e é regido pelos planetas Mercúrio, Júpiter e pelo sol.

O topázio imperial e as datas comemorativas

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Bodas de Madeira? Não, depois da oficialização de um calendário desenvolvido pelo Departamento de Gemologia do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), os cinco anos de casados são comemorados com Bodas de Topázio Imperial. Cada ano de união, agora é simbolicamente representado por uma pedra preciosa. E que tal a oportunidade para presentear seu par com uma bela joia que contenha um topázio imperial?

Esta também é uma gema símbolo das profissões de ator, comunicador, publicitário, funcionário público e vendedor. Portanto, em alguma ocasião especial (ou no dia a dia mesmo, pois vale mais surpreender!) homenageio-os com um belo anel ou um maravilhoso par de brincos que contenham esta pedra.

Dizem que as cores do topázio imperial lembram as de um pôr do sol. O que você acha? Gostou de saber sobre esta gema de Minas Gerais? Pois para conhecer mais sobre outras pedras e metais preciosos, acompanhe nosso blog!

TUDO SOBRE A TURMALINA PARAÍBA

 As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas. A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha.

Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”, azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.

A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte do que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.

Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de pedras preciosas de Tucson, no Estado do Arizona (EUA), teve início a escalada de preços desta gema. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo das mais de duas décadas que se seguiram, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais.

A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte. Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha.

Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico.

Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos, através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF). No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo, em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.

Até o ano de 2001, o termo “Turmalina da Paraíba” referia-se à designação comercial das turmalinas da espécie elbaíta, de cores azuis, verdes ou violetas, que contivessem pelo menos 0,1% de CuO e proviessem unicamente do Brasil, precisamente dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Tudo começou a mudar quando, naquele ano, uma nova fonte de turmalinas cupríferas foi descoberta na Nigéria, na localidade de Ilorin (mina de Edeko), voltando a ocorrer quatro anos mais tarde, em meados de 2005, desta vez em Moçambique, na região de Alto Ligonha, a aproximadamente 100 km ao sudoeste da capital Nampula.

De modo geral, as elbaítas com cobre destes países africanos não possuem cores tão vívidas quanto às das brasileiras, embora os melhores exemplares da Nigéria e de Moçambique se assemelhem aos brasileiros.

O achado destes depósitos africanos ocasionou acalorados debates no mercado e entre laboratórios, uma vez que as gemas de cores azuis a verdes saturadas procedentes da Nigéria e de Moçambique não podem ser diferenciadas das produzidas no Brasil por meio de exames usuais e tampouco por análises químicas semi-quantitativas obtidas pela técnica denominada EDXRF.

Há alguns anos, felizmente, constatou-se ser possível determinar a origem das turmalinas destes 3 países por meio de dados geoquímicos quantitativos de elementos presentes como traços, obtidos por uma técnica analítica conhecida por LA-ICP-MS.

Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica.

Esta política é consistente com as normas da CIBJO, que consideram a turmalina da Paraíba uma variedade ou designação comercial, e a definem como dotada de cor azul a verde devida ao cobre, sem qualquer menção ao local de origem. 

Por outro lado, como essas turmalinas cupríferas são cotizadas não apenas de acordo com seu aspecto, mas também segundo sua procedência, tem-se estimulado a divulgação, apesar de opcional, de informações sobre sua origem nos documentos emitidos pelos laboratórios de gemologia, caso disponham dos recursos analíticos necessários.





CANGA DE BERILO DE ESMERALDA DA CARNAÍBA- BAHIA