segunda-feira, 20 de junho de 2022

BERILO AZUL


 

Como se extraem esmeraldas?





Há sistemas de iluminação, de ventilação e de comunicação que ligam a entrada ao fundo do poço. As minas funcionam 24 horas diárias.

Para se chegar a um veio de esmeraldas, é preciso cavar buracos verticais com até 500 metros de profundidade no solo rochoso. Os garimpeiros passam dias a fio dentro dessas minas, dotadas de uma estrutura rústica, mas eficiente. Há sistemas de iluminação, de ventilação e de comunicação que ligam a entrada ao fundo do poço. As minas funcionam 24 horas diárias.
Os trabalhadores manipulam dinamite, respiram fuligem o tempo todo, urinam e defecam em sacos plásticos e estão sujeitos a desabamentos. O risco de morrer é real, mas pode compensar: uma gema de boa qualidade com 1 quilate (2 gramas) é vendida por até 5 mil dólares.
No Brasil, uma das principais áreas de extração de esmeraldas fica na serra da Carnaíba, Bahia, onde o mineral foi descoberto em 1 963. Lá as minas são cavadas dentro de barracões cobertos, sendo invisíveis para quem anda nas ruas do garimpo. Sob a terra, o cenário lembra um formigueiro. Para iniciar a perfuração de uma mina, é preciso instalar bananas de dinamite em fendas feitas com uma britadeira. À medida que se encontram veios de pedra preciosa e a rocha fica mais solta, os garimpeiros se valem de ferramentas mais “delicadas”, como marretas e picaretas. Isolados do resto do mundo, os caçadores de esmeraldas desenvolveram um vocabulário peculiar (leia quadro abaixo).
As primeiras esmeraldas foram descobertas há cerca de 5 mil anos, no Egito. A pedra verde é considerada a quinta gema mais valiosa do mundo – perde apenas para o diamante, o rubi, a alexandrita e a safira. A cor de uma esmeralda varia do um verde pálido ao verde intenso, com tonalidades azuladas ou amareladas. A qualidade da gema depende, fundamentalmente, dessa cor. As mais valiosas e raras são aquelas que têm verde intenso, puro ou com ligeira tonalidade amarelada. O grau de transparência e a presença de rachaduras também influem na avaliação de uma gema.
TERRA DE NINGUÉM
No subsolo, os territórios de cada garimpo não são muito bem definidos. Não existe propriedade da terra. É comum que escavações de minas concorrentes acabem se encontrando
FURO N’ÁGUA
Quando o poço rompe um lençol freático, a água escorre pela parede e se acumula no fundo. É preciso, então, cavar um desvio e abrir um túnel paralelo. Para que a mina não se inunde, os garimpeiros drenam constantemente a água empoçada
LUZ NO FIM DO TÚNEL
Os túneis têm cerca de 2 metros de altura. O ar é bombeado da superfície até o fundo da mina. A fiação também desce para possibilitar a iluminação das galerias
CONTRA DESABAMENTOS
Às vezes é necessário escorar as paredes com “caixas”, ou estruturas de madeira, para prevenir desabamentos. Os garimpeiros usam a marreta para avaliar a segurança do teto: dependendo do som da pancada, a pedra está solta ou segura

Conheça um pouco das estranhas gírias do garimpo

Brasil: a superfície
Japão: o fundo da mina
Malado: quem ganhou muito dinheiro
Massegueiro: ladrão de esmeraldas
Boi: rocha pendurada no teto ou nas paredes da galeria
Canga: boi de xisto com pedras preciosas incrustadas
Indianada: pedras de qualidade inferior, que são vendidas para o mercado indiano
Martelete: tipo de britadeira
Quarta-feira: marreta muito grande e pesada. Tem esse nome porque poucos conseguem operá-la por mais de dois dias seguidos. Ou seja: o garimpeiro agüenta o trabalho na segunda e na terça, mas na quarta já não dá conta do serviço
Vazar: encontrar esmeraldas

Como funciona uma mina de esmeraldas na Bahia

REPESCAGEM
No entulho retirado das escavações, sempre há esmeraldas pequenas e de pouco valor. Isso atrai os “quijilas”, nome dado a quem aproveita os restos do garimpo. Geralmente são crianças, mulheres ou idosos
O ASCENRISTA
Quem controla o que sobe e desce – de pedras a pessoas – é o operador de guincho. A máquina, movida a diesel, tem dois comandos: acelerador e freio. O guincheiro se comunica com o interior da mina por um “telefone”, que, na verdade, não passa de um tubo de PVC


Fonte: GALILEU

domingo, 19 de junho de 2022

QUARTZO AURÍFERO DE SABARÁ - MG



Obsidiana Verde


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OSSOS DE DINOSSAURO CONSERVADOS EM PEDRA PRECIOSA SÃO ENCONTRADOS NA AUSTRÁLIA

 

Pertencentes a um rebanho de gigantes, os fósseis se preservaram em opalas

JOSEANE PEREIRA 

Vértebra fossilizada de Fostoria dhimbangunmal
Vértebra fossilizada de Fostoria dhimbangunmal - Reprodução

Nos anos 80, em uma mina de opala no interior da Austrália, o minerador Robert Foster se deparou com algo curioso: uma enorme quantidade de fósseis brilhantes.

Encontrados próximo à cidade de Lightning Ridge e doados recentemente pelos filhos de Foster ao Australian Opal Centre, os ossos passaram pela análise de uma equipe de cientistas da Universidade da Nova Inglaterra em Armidale, na Austrália, que revelou pertencerem a uma manada de dinossauros até então desconhecidos.

A espécie foi batizada de Fostoria dhimbangunmal, nome que significa Pátio de Ovelhas no idioma local, como tributo à mina de opala Sheepyard onde foram encontrados. A mostra continha quatro indivíduos, alguns juvenis e outros adultos, que poderiam ter até 6 metros de comprimento.


Herbívoros gentis

Segundo Phil Bell, paleontólogo da Universidade da Nova Inglaterra que lidera a pesquisa, o tamanho e quantidade de animais foram identificados com base em quatro diferentes omoplatas. "Todos nós assumimos inicialmente que esta pilha de ossos era de um único indivíduo, até que eu comecei a juntar o esqueleto e examinar cada um dos ossos, um por um, percebendo que algo não se encaixava bem".

Um osso de membro inferior do Fostoria / Créditos: Reprodução

"Como um herbívoro gentil, esses dinossauros não tinham muito em termos de defesa", disse Bell. “Eles não tinham garras afiadas ou chifres, então a segurança em números era provavelmente sua melhor aposta".

Os Fostoria viveram durante o período cretáceo, quando Lightning Ridge era uma planície inundada. Embora a maioria dos fósseis encontrados em Opala seja de animais marinhos, alguns ossos de dinossauros terrestres acabavam escorregando para a água e  interagindo com minerais de sílica como o Opala.

O processo de fossilização consiste no acúmulo de minerais em material orgânico. Com o passar do tempo, o opala foi se acumulando nas cavidades dos ossos de Fostoria, formando essa belas réplicas.

Bell acredita que Lightning Ridge ainda tenha fósseis de dinossauros em suas opalas profundamente enterradas. "É realmente importante reconhecer o trabalho dos mineradores, porque sem eles não saberíamos nada sobre esse misterioso mundo pré-histórico", afirmou o pesquisador.


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Fonte: AH/UOL