segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Aura Minerals deve investir US$ 107 milhões em Matupá💎💎

 A Aura Minerals anunciou resultado do estudo de viabilidade do projeto de ouro Matupá, localizado no Mato Grosso, uma mina a céu aberto, situada na Província Aurífera de Alta Floresta. O relatório técnico será arquivado em até 45 dias. Após impostos, a companhia deve investir cerca de US$ 107 milhões no projeto. A produção média anual de ouro é estimada em 54.779 onças ao longo dos primeiros quatro anos, com uma vida útil estimada da mina de sete anos, com base nas reservas minerais estimadas de acordo com o National Instrument 43-101 – Standards for Disclosure for Minerals Projetos (NI 43-101). 

O estudo de viabilidade do projeto de ouro Matupá inclui estimativas atualizadas de recursos e reservas minerais para o depósito X1 compreendendo Reservas Provadas e Prováveis de 309.150 onças de ouro e potencial para expandir a vida útil com dois depósitos adicionais sendo perfurados com resultados apresentando altos teores. “Com a conclusão do estudo de viabilidade, estamos mais perto de atingir nossa meta de produção total de mais de 400 mil onças de ouro em todos os nossos projetos. O depósito X1 de Matupá possui 309 mil onças em Reservas Provadas e Prováveis, o que gera 49,9%de retorno alavancado aos nossos acionistas”, disse Rodrigo Barbosa, presidente e CEO da Aura. 



O projeto está alinhado com o objetivo estratégico da empresa em gerar fluxo de caixa, ao mesmo tempo que expande o footprint mineral. “Enquanto avançamos em X1, continuamos a perfurar em áreas próximas com alto potencial geológico, incluindo perfurações na região de Serrinhas, onde atingimos 81 metros com 3,89 g/t Au e 59 metros adicionais com 3,14 g/t Au. Nossa estratégia é iniciar a construção do projeto o mais rápido possível com os mais altos padrões ESG, ao mesmo tempo em que continuaremos a desenvolver o potencial de exploração em toda a propriedade”. 

O Projeto Matupá abrange uma área no entorno dos municípios de Matupá e Guarantã do Norte, aproximadamente 700 km ao norte de Cuiabá. A Aura adquiriu o projeto em 2018 como resultado da fusão com a Rio Novo Gold Inc., e reiniciou as atividades de exploração em 2019. O projeto foi de propriedade da Vale de 1999 a 2006, e em 2003 a área anômala X1 foi descoberta através de perfuração diamantada. A Aura ampliou os direitos minerários entre 2020 e 2021, de 28.674 hectares para 62.506 hectares, detendo os direitos minerários de nove propriedades, das quais três cobrem uma área de 15 mil hectares localizada dentro de concessão de mineração existente (jazidas X1, Serra do Guarantã e Serrinhas); outras seis propriedades totalizando 47.000 hectares estão sob alvará de exploração, todas na prolífica Província Aurífera Juruena-Teles Pires, onde existem muitas jazidas e ocorrências de ouro.





fonte: Brasil Mineral

FLUORITA💎💎


 

SAFIRA BRUTA💎💎


 

QUARTZO RUTILADO💎💎💎


 

domingo, 9 de outubro de 2022

Um kimberlito que não falha

 





Letseng é um kimberlito excepcional. A jazida está situada no montanhoso Lesotho, um enclave da África do Sul e tem uma história bastante peculiar.

Letseng é um desses kimberlitos de baixíssimo teor.

Imagine só que cem toneladas de minério produzem 3 quilates de diamante, apenas 600 miligramas.

Some a esse problema o fato de que em Letseng o tamanho médio das pedras é elevado e veremos que são necessárias milhares de toneladas para termos alguma produção de diamante.

Foi essa característica ímpar que literalmente matou vários programas de pesquisa efetuados neste kimberlito ao longo de 20 anos. Os geólogos não conseguiam entender qual seria o volume médio a ser amostrado para a obtenção de um teor médio.

Vários tentaram e somente um conseguiu.

A equipe que teve sucesso calculou que seriam necessárias, no mínimo, 1 milhão de toneladas de amostra para se ter um estudo representativo sobre os teores a qualidade e tamanho das pedras de Letseng, parâmetros fundamentais para a construção de um cash flow preciso.

Em outras palavras, o minerador teve que fazer uma lavra piloto para obter esses dados.

Foi essa percepção e enorme investimento que transformaram Letseng em uma das minas mais bem sucedidas de diamantes do mundo.

Eles descobriram que o kimberlito estatisticamente produz pedras enormes com alta qualidade. O sonho de todo o minerador.

Pois foi, mais uma vez, em Letseng que o mundo viu maravilhado a venda de mais uma pedra de grande tamanho.

A foto mostra um diamante branco com 314 quilates, de altíssima qualidade, que foi vendido nesta semana por US$19,3 milhões de dólares. Já é o segundo diamante, maior que 300 quilates, descoberto em Letseng neste ano.

Apesar da idade a mina continua a pleno vapor. Um recente programa de sondagem exploratória ampliou as reservas de Letseng até 350m de profundidade.


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo