quinta-feira, 30 de junho de 2016

Como nasce um diamante

Como nasce um diamante
Os diamantes têm muitos milhões de anos de idade. A formação dos diamantes começou há milhões de anos atrás nas profundidades da terra quando o carbono foi cristalizado por intenso calor e pressão. Os diamantes ascenderam à superfície através de erupções vulcânicas. Mais tarde, quando as atividades vulcânicas diminuíram e a era glacial tomou lugar, os diamantes permaneceram encaixados em um magma solidificado conhecido como "blue ground" ou "kimberlite". Há tipos diferentes de minas - incluindo tubos do kimberlite e depósitos aluviais.
Os diamantes encontrados em depósitos aluviais foram às vezes formados em um lugar muito distante de onde estão alojados. Através dos séculos eles têm erudido dos tubos de 'kimberlite' e então carregados, primeiramente pelas águas das chuvas e depois pelos rios.

CRISOBERILO

CRISOBERILO



Uma das mais importantes gemas produzidas no país é o crisoberilo, cujo nome deriva das palavras gregas chrysos (dourado, obviamente em alusão a sua cor) eberyllos (berilo), pois em tempos remotos se imaginava que tratava-se de uma variedade de berilo. Em realidade, o crisoberilo foi identificado como espécie mineral distinta em 1789 e tem em comum com o berilo apenas o fato de ambos apresentarem o elemento berílio em sua composição.
O crisoberilo é a terceira gema de maior dureza (81/2), inferior apenas às do diamante e do coríndon (rubi e safira) e não requer qualquer tipo de tratamento para melhorar seu aspecto, seja para intensificar sua cor ou realçar um efeito óptico. Apresenta densidade elevada (~3,73 g/cm3) e cristaliza-se no sistema ortorrômbico. São frequentes as maclas com formas triangulares ou pseudo-hexagonais cíclicas e menos usuais os cristais estriados de hábito tabular ou os cristais de hábito prismático.
O crisoberilo "propriamente dito" apresenta-se nas cores amarela clara, amarela esverdeada a verde clara, amarela amarronzada a marrom e, em raríssimos casos, azul clara. Este mineral possui duas raras e valorizadas variedades, a alexandrita, que será o tema do nosso próximo artigo, e o olho-de-gato. Este último, também denominado cimofana - derivada dos termos gregos kyma(onda) ephaein(mostrar), apresenta finos canais, tubos de crescimento ou inclusões minerais aciculares ordenados paralelamente; a reflexão total da luz causa o aparecimento de um raio sedoso ondulante, com direção perpendicular à dos canais, nos exemplares adequadamente orientados e lapidados em cabochão. Este exuberante fenômeno óptico é denominado efeito olho-de-gato, chatoyancy ou acatassolamento e é melhor observado sob luz puntual ou à luz do sol, uma vez que a iluminação difusa não o realça de maneira apropriada. Muitas outras gemas podem exibi-lo, mas o termo olho-de-gato sem descrição adicional se reserva apenas ao crisoberilo; as demais devem ser designadas pelo nome da gema, seguido do mencionado termo (ex: turmalina olho-de-gato). Em casos muito raros, o crisoberilo pode apresentar duas faixas luminosas, em vez de uma única, dando lugar a um asterismo com 4 braços.
O olho-de-gato pode confundir-se com algumas gemas de ampla ocorrência no Brasil, sendo o quartzo olho-de-gato seu substituto mais comum, embora não apresente o raio ondulante tão bem definido nem seu polimento alcance a excelência do material genuíno.
Os termos "crisoberilo propriamente dito" e "olho-de-gato" são, às vezes, erroneamente designados por crisólita e crisoberilo, respectivamente. A denominação crisólita era utilizada na antiga nomenclatura mineralógica para designar a espécie mineral olivina, conhecida na gemologia como peridoto.
As principais inclusões encontradas no crisoberilo são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, actinolita acicular, quartzo e apatita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes rasgos internos observados nos crisoberilos.
No Brasil, o crisoberilo ocorre associado a outros minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos.
Esta fascinante gema é conhecida em nosso país desde 1805 e foi lavrada em grandes quantidades em Minas Gerais, nos municípios de Minas Novas, Crisólita e Araçuaí. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Malacacheta/Córrego do Fogo e Padre Paraíso/Vales dos Rios Americana e Santana), Espírito Santo(Colatina, Vila Pancas e Itaguaçú) e Bahia(Jaqueto).
Os principais países produtores de "crisoberilo propriamente dito" e olho-de-gato são, atualmente, Sri Lanka(Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).
ALEXANDRITA 



A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

TOPÁZIO IMPERIAL

TOPÁZIO IMPERIAL



Algumas teorias procuram explicar a origem do termo topázio e a mais plausível é que derive do vocábulo sânscrito tapas, significando fogo. A designação imperial, por sua vez, foi atribuída à gema em homenagem a D. Pedro I que, segundo relatos históricos, teria se encantado com a exuberância dos matizes e tons de alguns exemplares de topázio que lhe foram oferecidos durante uma estadia na antiga Vila Rica, em Minas Gerais, de onde foram extraídos.
Descoberto por volta de 1760, o topázio imperial é a variedade mais valorizada desta espécie mineral e ocorre unicamente na região de Ouro Preto, em diversos depósitos numa área de aproximadamente 150 km2. Atualmente, as minas mais produtivas são as do Capão do Lana, cuja lavra é inteiramente mecanizada e situa-se na localidade de Rodrigo Silva; e a do Vermelhão, localizada em Saramenha, além de diversos depósitos aluviais nas cabeceiras de alguns córregos e ribeirões da região.
Esta fascinante variedade de topázio ocorre numa ampla gama de cores, do amarelo alaranjado ao laranja-pêssego, do rosa ao vermelho-cereja. A cor mais rara é a roxa, seguida pela roxa rosada, vermelha-cereja e pelas bicolores.
Em termos de composição química, o topázio trata-se de um silicato de alumínio e flúor, incolor em seu estado puro. Acredita-se que as cores do imperial se devam à presença de elementos de transição e de terras raras dispersos na rede cristalina do mineral, entre eles Cr, Cs, Fe, V, Mn e Ti, sendo que os teores dos dois primeiros exibem uma correlação com a intensidade e tonalidades do amarelo ao avermelhado.
Existem topázios de cores algo similares ao imperial provenientes de outras fontes no mundo, porém a produção é pequena e descontínua, como em Katlang (Paquistão) ou apresenta importância apenas histórica, como a outrora proveniente da Rússia, onde o jazimento encontra-se praticamente esgotado.
O topázio imperial ocorre em pequenos cristais prismáticos, apresentando faces estriadas longitudinalmente, quase sempre com uma única terminação. Possui clivagem basal perfeita e sua elevada dureza (8 na escala Mohs) e brilho intenso conferem às gemas lapidadas uma rara beleza.
Acredita-se que o topázio imperial possui origem hidrotermal, relacionada ao último evento vulcânico ocorrido na região; a rocha mineralizada compõe-se de uma argila alterada, cortada por veios de caolinita, que são lavrados por desmonte hidráulico, sendo, em seguida, os espécimes submetidos à cata manual e classificação.
Os minerais associados ao topázio imperial são quartzo, mica, dolomita, especularita, rutilo e, raramente, euclásio, florencita e xenotima. As principais inclusões são as fásicas, os tubos de crescimento, as fraturas parcialmente cicatrizadas e as minerais, sobretudo de ankerita, tremolita, rutilo, goethita, especularita, topázio e pirofilita.
O topázio imperial pode ser submetido a tratamentos, por meio de técnicas amplamente utilizadas e aceitas no mercado internacional de gemas, visando melhorar o seu aspecto e tornar suas cores ainda mais atraentes, com o conseqüente aumento do seu valor monetário.
O método mais usual é o tratamento térmico, através do qual obtém-se gemas rosas a partir de exemplares alaranjados ou amarelos amarronzados, mediante a remoção do centro de cor amarelo. Este tratamento é estável e, geralmente, a melhor coloração é obtida após um lento aquecimento até uma temperatura de aproximadamente 450oC.
Outros tipos de tratamento, mais recentemente aplicados ao topázio imperial, consistem no preenchimento de fraturas com resina, de uso consagrado em diamantes, rubis, safiras e esmeraldas, e o método de difusão superficial, empregado comumente em safiras e rubis.
Como único país produtor da singular variedade imperial, o Brasil ocupa posição privilegiada na exportação do mineral topázio, seguido pela Nigéria, Madagascar, Paquistão, Sri Lanka e Rússia. Atualmente, os principais países de destino do topázio imperial são os Estados Unidos, Taiwan, Japão, Alemanha, Hong-Kong, China, Índia e Itália.

Diamante gigante não alcança preço mínimo em leilão da Sotheby's

Diamante gigante não alcança preço mínimo em leilão da Sotheby's

Lance mais alto foi de US$ 61 milhões e ninguém arrematou o diamante.
Empresa disse que manterá a pedra de 1.109 quilates.

Da Reuters
Lesedi la Rona, de 1.109 quilates, é o maior diamante bruto descoberto em mais de um século (Foto: Reuters)Lesedi la Rona, de 1.109 quilates, é o maior diamante bruto descoberto em mais de um século (Foto: Reuters)
O diamante gigante Lesedi la Rona, da Lucara Diamond Corp, o maior diamante bruto descoberto em mais de um século, não foi vendido em leilão da Sotheby's em Londres na quarta-feira, com os lances ficando abaixo do preço mínimo, disse a empresa.
Como resultado, a Lucara manterá a pedra de 1.109 quilates, disse a empresa em comunicado. A gema do tamanho de uma bola de tênis foi descoberta pela empresa com sede em Vancouver, em sua mina de Botsuana em novembro passado.
A casa de leilões tinha estimado que o diamante seria vendido por mais de US$ 70 milhões. O lance mais alto foi de US$ 61 milhões, de acordo com posts no Twitter.
O Lesedi la Rona, que significa "nossa luz" na língua tsuana falada em Botsuana, é o segundo maior diamante já encontrado e o maior em mais de um século.
O maior diamante é o Cullinan, uma pedra de 3.106 quilates encontrada na África do Sul em 1905.