domingo, 30 de abril de 2017

Produção de diamantes no Brasil pode crescer até 10 vezes

Produção de diamantes no Brasil pode crescer até 10 vezes

Pedras preciosas

Aumento é resultado da exploração da primeira jazida brasileira de diamantes primários, no município de Nordestina, na Bahia

 
Divulgação/Governo da Bahia Em 2015, a produção brasileira foi em torno de 31,8 mil quilates, ao valor total na ordem de US$ 1,5 milhões
Em 2015, a produção brasileira foi em torno de 31,8 mil quilates, ao valor total na ordem de US$ 1,5 milhões
Com a exploração da primeira jazida de diamantes primários do País, iniciada em 2016, no município baiano de Nordestina, o Brasil deve dobrar a produção e a exportação de pedras neste ano e elevar os valores atuais entre 5 e 10 vezes nos próximos anos.
Em 2015, a produção brasileira de diamantes foi em torno de 31,8 mil quilates, um total de US$ 1,5 milhão. A produção mundial, de acordo com o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (que controla mundialmente os dados de produção, importação e exportação dos países membros), foi de aproximadamente de 127,34 milhões de quilates, no valor de US$ 13,7 bilhões.
No mesmo ano, o Brasil exportou cerca de 34,7 mil quilates ao valor total de aproximadamente US$ 5,7 milhões, ao passo que a exportação mundial foi de 351,4 milhões de quilates ao valor de US$ 42,4 bilhões aproximadamente. 
A diferença entre a produção e a exportação ocorre porque na produção anual não são considerados os estoques remanescentes de anos anteriores.
Boa parte da produção brasileira de diamantes é exportada, principalmente, para os Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Israel.
Jazidas
Além de Nordestina, o Projeto Diamantes do Brasil, em execução pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), tem revelado várias áreas com grandes possibilidades de se encontrar diamantes primários. As jazidas de diamantes primários são aquelas onde se extrai o diamante bruto diretamente da rocha geradora.
Enquanto essas áreas não são totalmente estudadas, os diamantes secundários continuam a ser encontrados por garimpeiros e por pequenos mineradores, principalmente nas regiões de Coromandel e Diamantina, em Minas Gerais, além de algumas áreas nos estados de Goiás, Pará e Roraima. O projeto tem demonstrado que a grande maioria dos estados brasileiros possuem ocorrências de diamantes.
Processo de extração
A rocha primária de diamantes chama-se kimberlito, em homenagem à cidade de Kimberley (África do Sul), onde foram encontrados diamantes pela primeira vez em 1870, resultantes de estudos geológicos, de pesquisa e exploração mineral (e não por garimpos em rios).
Antes disso, de 1725 a 1866, o Brasil foi o maior produtor de diamantes no mundo, sendo o local onde primeiramente se comercializou a pedra preciosa. Em 1860, foi descoberto o diamante Estrela do Sul, considerado um dos maiores do mundo com 128 quilates.

Exploração de diamantes no Brasil

Como anda a exploração de diamantes no Brasil? O Brasil é um país de dimensões continentais e de imensa riqueza tanto em superfície quanto em grandes profundidades. As reservas de minério de ferro de qualidade tornam o país o segundo maior exportador do mundo, atrás da Austrália e seguido por Rússia e China. Dentre as gemas preciosas, destacam-se os diamantes, cristal de alto valor agregado no mercado mundial de grande interesse de companhias multinacionais em explorar nossas terras à procura de minas ou jazidas de diamantes.
Na TV, a exploração de diamantes é lembrada na trama da novela da Rede Globo, “Império”, onde o “comendador Zé Alfredo” (interpretado por Alexandre Nero) acumula fortunas e esbanja vaidades com sua família, vivendo uma série de problemas que envolvem a sua história desde o garimpo, onde foi à procura do sonho da riqueza. É a ficção imitando a realidade, lembrando do caso da Serra dos Carajás, no Pará, em que reuniram-se milhares de pessoas em busca do sonho de se tornarem ricos às custas de muito sofrimento, solidão, doenças, violência, tudo em nome da fama e da riqueza.

Segredos que valem ouro

O número de locais com diamantes no Brasil não é divulgado com precisão, mas sabe-se que há reservas gigantescas de diamantes no país, principalmente nos estados de Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Dizem os especialistas que, em reservas indígenas, preservadas por leis da Constituição Brasileira e pela Fundação Nacional do Índio (Funai), há enormes jazidas, mas não estão autorizadas para exploração de diamantes. Não é de hoje que o país sofre com a exploração das suas terras em todos os sentidos, minerais, agrícolas, fauna e flora, desde os tempos do Império. Não se tem a conta de quantos bilhões de dólares já se perderam ao longo dos anos com o envio de pedras preciosas para o exterior.
Para se ter uma idéia das riquezas ocultas no solo brasileiro, em 2014, foi divulgado na internet, em sites especializados, que a exploração de diamantes em terras indígenas do Parque Aripuanã e de Serra Morena, em Rondônia e Mato Grosso, respectivamente, pode render algo em torno de 40 bilhões de dólares por ano, caso seja regulamentada, já que o garimpo em terras indígenas é proibido e, além do que, no Brasil, o que se observa é que, após a extração de minerais preciosos por garimpagem, é uma prática insustentável e que degrada completamente a região explorada, não há políticas de reflorestamento e de revitalização do solo e de programas que beneficiem as populações que vivem acerca da mesma.

Profissionais que brilham

As pesquisas e levantamentos sobre reservas diamantíferas estão a cargo de geólogos e outros especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao Ministério das Minas e Energia junto de empresas multinacionais, como a gigante multinacional De Beers, com sede na Àfrica do Sul. As descobertas levaram a aproximadamente 1.200 pontos de exploração de diamantes no Brasil, entretanto, sem haver informações precisas acerca da quantidade e qualidade dos diamantes.
De acordo com os geólogos envolvidos na pesquisa, atualmente, o país dispõe de reservas de diamantes industriais e de gemas, utilizados para fabrico de jóias. Em média, um diamante no garimpo pode ser comercializado por 2 milhões de reais em forma bruta, mas, depois de lapidada, chega a 20 milhões de reais.
Exploração de diamantes
Exploração de diamantes
Mas a procura por pedras preciosas começou bem antes disso, na era dos desbravamentos dos bandeirantes, no século 17 em diante, tendo as primeiras descobertas no estado das Minas Gerais. O cuidado das reservas e de sua exploração era por conta da chamada Intendência das Minas, quer estava obviamente subordinada à metrópole – já que o Brasil era uma colônia – portuguesa. Como nos dias de hoje, a corrupção e o contrabando das riquezas nacionais eram comuns. Para coibir essas manobras, a Corte Portuguesa criou um núcleo de fiscalização de nome Casa de Fundição ao mesmo tempo em que deixava a extração aos cuidados de “contratadores”.
Ainda que houvesse extração e exportação de ouro e diamante para Lisboa, muitas benfeitorias à época puderam ser vistas com o passar dos anos, mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais.

Como funciona uma exploração de diamantes

A exploração de diamantes em uma jazida descoberta não é diferente no Brasil ou na África do Sul. Geralmente, existem máquinas gigantes que operam escavando altas profundidades – já que as pedras costumam estar localizadas a centenas de metros abaixo da superfície – com a ajuda de explosivos, alta tecnologia e garimpeiros em busca das pedras preciosas. Daí, elas são separadas do cascalho e identificadas por um sistema de raio-X. As minas então são criadas sobre região com alta concentração de kimberlito, rocha formada pelo resfriamento do magma vulcânico. Durante a exploração nas minas, as rochas são pulverizadas como cascalhos por meio de explosões em áreas profundas da mina.
Águas de rios e lençóis freáticos transportam pedras que se concentram em áreas superficiais e por isso são “peneirados” pelos mineradores. Da separação por tamanho, as pedras seguem para flotação. Entra em cena uma máquina de triagem em forma de raio-X que funciona para separar o que é diamante e o que não é, passando em seguida a uma apuração manual de cada pedra.
Muita gente ouve diamante como uma jóia preciosa, é verdade, mas a parte menos valiosa, que não é denominada gema, é destinada à indústria para a fabricação de peças de corte, discos, brocas, serras, bisturis, equipamentos cirúrgicos em geral e termômetros de precisão.

Turquia bloqueia acesso à enciclopédia online Wikipédia

Turquia bloqueia acesso à enciclopédia online Wikipédia


 


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ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia bloqueou a enciclopédia online Wikipédia, disse o órgão regulador das telecomunicações neste sábado, citando uma lei que permite proibir o acesso a sites considerados obscenos ou uma ameaça à segurança nacional. O ação deve preocupar ainda mais os grupos de direitos humanos e os aliados ocidentais da Turquia, que afirmam que Ancara restringiu acentuadamente a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais na repressão que se seguiu ao fracasso do golpe do ano passado. "Depois de análise técnica e consideração jurídica ... uma medida administrativa foi tomada para este site (Wikipedia.Org)", disse o órgão de controle de telecomunicações BTK em um comunicado em seu site. O órgão citou uma lei que lhe permite bloquear o acesso a páginas individuais ou sites inteiros para a proteção da ordem pública, da segurança nacional ou do bem-estar do público. O regulador deve submeter tais medidas a um tribunal dentro de 24 horas. O tribunal tem então dois dias para decidir se a proibição deve ser mantida.

Eike Batista deixa Bangu e segue para prisão domiciliar até julgamento

Eike Batista deixa Bangu e segue para prisão domiciliar até julgamento

domingo, 30 de abril de 2017 12:42 BRT
 


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Por Brad Brooks SÃO PAULO (Reuters) - O empresário Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil, deixou neste domingo o presídio de Bangu para cumprir prisão domiciliar antes do julgamento por corrupção. Ele estava detido desde 30 de janeiro, após passar quatro dias em Nova York como fugitivo. Eike será julgado junto com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que supostamente teria recebido do empresário milhões de dólares em subornos. Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu soltar Eike sob a justificativa de que os crimes cometidos por ele não envolviam violência nem consistiam ameaça a outros. Cinco anos atrás, Eike, atualmente com 60 anos, tinha uma fortuna de mais de 30 bilhões de dólares e figurava entre os 10 homens mais ricos do mundo, de acordo com a Forbes. Ele fora preso no curso da operação Eficiência após ter sido acusado por dois doleiros de ter pago 16,5 milhões de dólares a Cabral, supostamente em troca de obter contratos com a gestão estadual. (Por Brad Brooks)

Lula amplia liderança e Bolsonaro tem chance de chegar ao 2º turno, diz Datafolha

Lula amplia liderança e Bolsonaro tem chance de chegar ao 2º turno, diz Datafolha

domingo, 30 de abril de 2017
 


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SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou liderança em cenários possíveis para a eleição presidencial de 2018 na primeira pesquisa de intenção de voto feita pelo instituto Datafolha após a divulgação de detalhes da delação da Odebrecht, enquanto o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) avançou nas intenções de voto, com chances de chegar ao segundo turno.      Conforme o levantamento publicado neste domingo no jornal Folha de S.Paulo, Lula lidera em todos os cenários aferíveis, oscilando entre 29 e 31 por cento das intenções de voto, apesar das menções de seu nome no noticiário recente da Lava Jato.     O deputado Jair Bolsonaro aparece em empate técnico em segundo lugar com a ex-senadora Marina Silva (Rede), superando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de São Paulo, Gerando Alckmim (PSDB).  No cenário em que Aécio é o candidato tucano, Bolsonaro subiu de 9 por cento na pesquisa realizada em dezembro para 15 por cento, e contra Alckmin subiu de 8 para 14 por cento.  O Datafolha entrevistou 2.781 pessoas em 172 municípios nos dias 26 e 27 de abril, antes da greve geral contra as reformas propostas pelo governo Temer.     Em disputa presidencial tendo o prefeito de São Paulo João Dória como candidato tucano, Lula ocupa a primeira posição, com 31 por cento, enquanto Marina teria 16 por cento, Bolsonaro 13 por cento e Dória 9 por cento. O prefeito sobe para 11 por cento em um cenário sem o ex-presidente, em empate técnico em segundo lugar com Bolsonaro (14 por cento) e Ciro Gomes (PDT), que aparece com 12 por cento. Nos cenários sem Lula, Marina lidera com 25 por cento.      O instituto apurou ainda que o presidente Michel Temer é o mais rejeitado no primeiro turno: 64 por cento dos entrevistados não votariam nele. Lula aparece em segundo lugar, com 45 por cento, seguido por Aécio, que viu sua rejeição subir de 30 por cento para 44 por cento. Entre os demais tucanos, Alckmin agora é rejeitado por 28 por cento, ante 17 por cento na pesquisa de dezembro, e Dória por 16 por cento.     Na pesquisa de segundo turno, o petista derrota todos, com exceção de Marina e do juiz Sergio Moro, que comanda os processos em primeira instância da Lava Jato em Curitiba. Sem partido, Moro aparece 42 por cento dos votos, ante 40 de Lula. Na disputa com Marina em segundo turno, Lula aparece com 38 por cento, ante 41 por cento da ex-senadora.               APROVAÇÃO DE TEMER     A Pesquisa Datafolha também mostrou que a aprovação ao governo do presidente Michel Temer piorou e já é comparável à de sua antecessora, Dilma Rousseff, antes da abertura do processo de impeachment.      Conforme o levantamento, 61 por cento dos entrevistados avaliam a gestão de Temer como ruim ou péssima, 28 por cento a consideram regular e apenas 9 por cento a classificam como ótima ou boa.     Em abril do ano passado, antes do impeachment, Dilma tinha rejeição de 63 por cento e aprovação de 13 por cento. (Edição de Raquel Stenzel)