quinta-feira, 29 de junho de 2017

Nova forma de carbono é dura como pedra e elástica como borracha

Nova forma de carbono é dura como pedra e elástica como borracha


Nova forma de carbono é duro como pedra e elástica como borracha
Visualização do carbono vítreo ultraforte, duro e elástico. A estrutura ilustrada está sobreposta em uma imagem do material feita por microscópio eletrônico. [Imagem: Timothy Strobel]

Muitos carbonos
O carbono é um elemento químico cujas possibilidades de rearranjo parecem ser infinitas.
Por exemplo, os diamantes transparentes e superduros, o grafite opaco e desmanchadiço, o espetacular grafeno, todos são compostos exclusivamente por carbono.
E, claro, temos nós, os seres humanos, formados em uma estrutura de carbono. E tem também o diamano, o aerografite e, agora, uma nova forma que parece ser um misto de tudo isso.
Meng Hu e seus colegas das universidades Yanshan (China) e Carnegie Mellon (EUA) criaram uma forma de carbono que é, ao mesmo tempo, dura como pedra e elástica como uma borracha - e ainda conduz eletricidade.
Essas infinitas possibilidades do carbono parecem ser possíveis porque a configuração dos seus elétrons permite inúmeras combinações de autoligação, dando origem a uma ampla gama de materiais com propriedades variáveis - ou seja, muito mais ainda pode estar por vir. O segredo está em descobrir o método adequado para sintetizar novas variações.
Carbono ultraforte
Meng Hu e seus colegas produziram o material pressurizando e aquecendo uma forma estruturalmente desordenada de carbono, chamada carbono vítreo. Esse material inicial foi submetido a cerca de 250 mil vezes a pressão atmosférica normal e aquecido a aproximadamente 980º C para criar o novo carbono forte e elástico.
O carbono recém-criado é composto tanto de ligações químicas similares às do grafite quanto de ligações semelhantes às do diamante, o que pode explicar sua combinação única de propriedades. Sob as condições de síntese de alta pressão, camadas desordenadas dentro do carbono vítreo se mesclaram e reconectaram de várias maneiras. Esse processo criou uma estrutura geral que não possui uma ordem espacial de longo alcance, mas apresenta uma organização cristalina na escala nanométrica.
A nova forma de carbono é ultraforte, leve, elástica e eletricamente condutora.
Nova forma de carbono é duro como pedra e elástica como borracha
Visualização dos diferentes tipos de ligações tipo diamante (esferas vermelhas) formadas em superfícies curvas ou entre as camadas de grafeno (esferas pretas) neste novo tipo de carbono vítreo comprimido. [Imagem: Timothy Strobel]
Um material com uma combinação tão única de propriedades poderá atender a uma grande variedade de aplicações - a equipe não se arrisca a fazer uma lista, mas afirma que começará a explorar o material para uso na indústria aeroespacial.
"Materiais leves com elevada resistência e elasticidade e robustos como este são muito desejáveis para aplicações onde a economia de peso é de extrema importância, mesmo mais do que o custo do material," explicou o professor Zhisheng Zhao. "Além disso, acreditamos que este método de síntese pode ser aprimorado para criar outras formas extraordinárias de carbono e classes de materiais inteiramente diferentes".

Bibliografia:

Compressed glassy carbon: An ultrastrong and elastic interpenetrating graphene network
Meng Hu, Julong He, Zhisheng Zhao, Timothy A. Strobel, Wentao Hu, Dongli Yu, Hao Sun, Lingyu Liu, Zihe Li, Mengdong Ma, Yoshio Kono, Jinfu Shu, Ho-kwang Mao, Yingwei Fei, Guoyin Shen, Yanbin Wang, Stephen J. Juhl, Jian Yu Huang, Zhongyuan Liu, Bo Xu, Yongjun Tian
Science Advances
Vol.: 3, no. 6, e1603213
DOI: 10.1126/sciadv.1603213

Fundo Brasil-China começa a operar com US$ 20 bilhões

Fundo Brasil-China começa a operar com US$ 20 bilhões



Fundo FUNDO
O Fundo de Cooperação Brasil-China para a Expansão da Capacidade Produtiva (FUNDO) começou a operar disponibilizando US$ 20 bilhões em créditos para projetos nas áreas de infraestrutura, manufatura, tecnologia e agronegócio.
Os interessados já podem submeter propostas à análise de um grupo técnico e de um Comitê Diretivo formado por autoridades brasileiras e chinesas.
O fundo financiará exclusivamente projetos brasileiros e terá aporte US$ 15 bilhões da China, por meio do Claifund, o Fundo de Cooperação Chinês para Investimento na América Latina. Mais US$ 5 bilhões correspondem à parte que cabe ao Brasil. Ao longo da operação, será mantida uma proporção de R$ 3 da China para cada R$ 1 brasileiro.
O crédito brasileiro virá preferencialmente da Caixa Econômica Federal (Caixa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, segundo Jorge Arbache, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, isso não impede a participação de outros bancos do país com interesse em conceder o financiamento.
"Com o objetivo de criar competição, demos a preferência para BNDES e a Caixa, mas não exclusividade. Se o projeto adentrar [para análise] tendo o Banco do Brasil como apoiador, não terá BNDES nem Caixa", explicou.
Recursos compartilhados
Os prazos, taxas de juros e o tipo de crédito concedido dependerão do perfil de cada projeto. "Os bancos dos dois lados [Brasil e China] sentarão à mesa e farão toda a análise dos projetos," explicou Arbache. Antes de chegar para análise dos bancos, as propostas passarão pelo crivo do Comitê Diretivo, que conferirá ou não o selo de prioridade.
Segundo Arbache, o fundo tem características especiais em relação aos mantidos pela China com outros países. O país asiático mantém outros 16 fundos, mas todos são unilaterais, ou seja, os recursos são integralmente chineses. Com o compartilhamento dos aportes por China e Brasil, as decisões também serão compartilhadas, o que, segundo ele, é uma "singularidade".
Além disso, não haverá condicionantes como exigência de participação de empresas chinesas ou de compra de material do país asiático para que os projetos sejam viabilizados. Para o secretário, além do financiamento de projetos, o fundo favorecerá a aproximação entre os dois países.
"O fundo vai criar oportunidades de aproximação, de diálogo entre os dois governos e os bancos dos dois lados, que, de outra forma, a gente talvez demorasse muito tempo para ver acontecer. Achamos que as consequências dessa aproximação irão muito além do financiamento de projetos".
Submissão de projetos
Para submeter um projeto à análise é aconselhável que o interessado leia primeiro um manual operacional disponibilizado pelo Ministério Planejamento. O próximo passo é preencher uma carta consulta diretamente na página do Fundo Brasil-China na internet. Todas as informações podem ser obtidas no endereço http://www.sigs.planejamento.gov.br/sgs/fbc/.
"A gente espera que ao longo das próximas semanas [o Fundo] receba os primeiros projetos. Já sabemos que há muitos interessados. Bancos brasileiros já informaram que têm projetos vinculados aos seus clientes com interesse de entrar," informou Jorge Arbache. Segundo ele, não está descartada a disponibilização de recursos superiores aos US$ 20 bilhões iniciais, dependendo da demanda.


Com destinos políticos entrelaçados, Trump e Putin irão se encontrar pela 1ª vez semana que vem

Com destinos políticos entrelaçados, Trump e Putin irão se encontrar pela 1ª vez semana que vem

quinta-feira, 29 de junho de 2017 18:36 BRT
 


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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá se reunir na semana que vem com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma cúpula na Alemanha que colocará frente a frente pela primeira vez dois líderes cujos destinos políticos se tornaram entrelaçados. O Kremlin e a Casa Branca anunciaram nesta quinta-feira que os dois líderes irão se reunir num encontro separado durante a cúpula das nações do G20 em Hamburgo nos dias 7 e 8 de julho.     O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, H.R. McMaster, disse a repórteres que nenhuma agenda foi definida para o encontro, que é repleto de dificuldades para Trump.     Acusações de que a Rússia interferiu na eleição presidencial norte-americana do ano passado e conspirou com a campanha republicana ofuscaram a inesperada vitória do empresário e persistiram em seus cinco primeiros meses no cargo.     A Rússia e os Estados Unidos também estão em desacordo sobre a Ucrânia, expansão da Otan e a guerra civil na Síria, onde Moscou apoia o presidente Bashar al-Assad.     Trump tem frequentemente pedido melhores relações com a Rússia, mas parlamentares dentro de seu próprio partido, o Partido Republicano, estão pedindo cautela em relação a Moscou.     “Como o presidente deixou claro, ele gostaria que os Estados Unidos e o Ocidente inteiro desenvolvessem uma relação mais construtiva com a Rússia, mas ele também deixou claro que irá fazer o que for necessário para confrontar o comportamento desestabilizador da Rússia”, disse McMaster.  (Por Roberta Rampton)
 

Vale pretende disponibilizar à Samarco linhas de crédito de até US$76 mi

Vale pretende disponibilizar à Samarco linhas de crédito de até US$76 mi

quinta-feira, 29 de junho de 2017 18:33 BRT
 

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora brasileira Vale (VALE5.SA: Cotações) informou nesta quinta-feira que pretende disponibilizar à Samarco linhas de crédito de curto prazo de até 76 milhões de dólares para apoiar suas operações no segundo semestre de 2017, sem que isso configure uma obrigação da Vale para com a Samarco. A Samarco, joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP Billiton (BHP.AX: Cotações) (BLT.L: Cotações), está com suas operações interrompidas desde novembro de 2015, quando uma de suas barragens de rejeitos se rompeu, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e poluindo o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo. Em comunicado ao mercado, a mineradora explicou que os fundos serão liberados à medida que forem necessários e que a BHP Billiton também pretende tornar disponível para Samarco linhas de crédito de curto prazo em termos e condições similares. Adicionalmente, a Vale informou que é provável que os acionistas da Samarco sejam chamados a cumprir obrigações de um acordo assinado em 2 de março de 2016 para restauração do meio ambiente e das comunidades afetadas pela ruptura da barragem. "Por conseguinte, a Vale estima contribuir em torno de 174 milhões de dólares no segundo semestre de 2017. Esta quantia será descontada da provisão de 3,7 bilhões de reais registrada no segundo trimestre de 2016", informou a mineradora. (Por Marta Nogueira)

Ibovespa tem leve alta após reforma trabalhista avançar, mas cautela e exterior limitam movimento

Ibovespa tem leve alta após reforma trabalhista avançar, mas cautela e exterior limitam movimento

quinta-feira, 29 de junho de 2017 17:02 BRT
 


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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou a quinta-feira em leve alta, após o avanço da reforma trabalhista no Senado, mas com a persistente cautela diante cenário político e a pressão com a baixa em Wall Street limitando os ganhos. Considerando dados preliminares, o Ibovespa fechou em alta de 0,25 por cento, a 62.171 pontos. O giro financeiro era de 5,56 bilhões de reais. (Por Flavia Bohone)