terça-feira, 30 de julho de 2019

A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários

A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários





A pesquisa de diamantes em fontes primárias como kimberlitos e lamproitos, não é para qualquer um. É um trabalho altamente técnico, incrivelmente caro e se não for adequadamente conduzido, há o risco de se perder uma jazida ou de investir onde não existe depósito econômico.

Quando os teores são baixos, o que é o caso da maioria dos kimberlitos, uma amostra de pequeno volume não tem nenhuma representatividade e qualquer que seja o teor obtido não deve ser considerado. Para entender essa premissa é necessário ler os próximos parágrafos.

 A concentração dos diamantes na rocha fonte é, frequentemente muito pequena, de apenas algumas miligramas por tonelada. Isso obriga o pesquisador fazer verdadeiras minas piloto para obter dados fidedignos como teor, qualidade, preço e tamanho médio dos diamantes.

Um bom exemplo é a mina de Letseng no Lesotho. Ela é uma das mais importantes minas de diamante primário do mundo.

No kimberlito de Letseng o teor médio é de apenas 3 quilates (600 miligramas) por tonelada de minério.

Com teores tão baixos as amostras pequenas, de 50kgs, por exemplo, irão quase sempre dar resultados negativos para diamante. Se você fizer esse erro poderá simplesmente perder uma jazida de bilhões de dólares. Ou, gastar muito em um prospecto sem nenhum valor...

A pergunta que se deve fazer é: qual o tamanho mínimo de uma amostra que seja representativa do teor, qualidade, preço e tamanho do diamante de Letseng?

Lembre-se que o investimento em Capex para uma mina destas pode chegar e ultrapassar a 1 bilhão de dólares, o que nos obriga a ter muita confiança nos dados obtidos na pesquisa. Na realidade antes da viabilidade econômica o nível de confiança deve estar próximo dos 97,5%, mas isso é uma outra história...

Sem entrar em cálculos estatísticos complexos a resposta mais utilizada pelos pesquisadores é que é necessário coletar um mínimo de 2.000 quilates de diamante (por amostra) para que essa tenha alguma representatividade de teor.

Por este cálculo simples seria necessário uma amostra mínima de 67.000 toneladas. Ocorre que em Letseng os diamantes médios são os maiores do mundo. Este kimberlito é o que produz mais diamantes acima de 10 quilates, o que faz o preço médio do diamante de Letseng ser um dos mais elevados.

Estas características fazem com que uma amostra representativa tenha que ser, no mínimo, de 1 milhão de toneladas.

Assustado?

Lembre-se que dependendo do kimberlito existem imensas variações faciológicas o que vai aumentar em muito o número de amostras a serem coletadas. O pior é que cada fácie tem um teor diferente e alguns, no mesmo pipe, podem ser estéreis.

Ou seja, é necessário uma verdadeira mina para que o investidor tenha a certeza de que o projeto é viável.

É por essas características da jazida que várias empresas amostraram o kimberlito e nunca conseguiram entender os teores, qualidade e tamanhos médios reais. Alguns anos atrás eu debati esse assunto com um “expert” em diamantes Sul-Africano. Ele me confidenciou que a empresa dele havia investido milhões em Letseng sem conseguir ver a viabilidade do projeto, pois nunca amostraram grandes volumes, como necessário.

Como se vê, essas particularidades fazem a pesquisa em Letseng ser caríssima. Foi por isso que entre a descoberta em 1957 e a mina se passaram 20 anos e muitos perderam dinheiro em uma das jazidas mais rentáveis da África.

A sorte é que a garimpagem feita ao longo destes 20 anos produziu dezenas de milhares de quilates o que permitiu, aos mais espertos, uma avaliação preliminar dos teores, qualidade, preço e tamanho.

O histórico de produção serviu como uma mina piloto e orientou os geólogos quanto ao tamanho mínimo da amostra de Letseng.

Lembre-se deste exemplo quando for avaliar os teores de um kimberlito. Talvez a resposta só seja possível se a sua empresa estiver disposta a investir dezenas de milhões na pesquisa.




A mina é famosa por seus diamantes enormes como o Lesotho Promise de 603 quilates (foto – Gem Diamonds) 




Fonte: O Portal do Geólogo



Tucson Gem Shows 2019

11 COISAS INACREDITÁVEIS ENCONTRADAS NO QUINTAL DE CASA

Cesp, B2W, NotreDame, Iochpe Maxion e Cosan são as novas recomendações da Necton para a semana

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Diana Cheng - 29/07/2019 - 
A carteira está acumulada em 97,2% contra os 47,6% do Ibovespa
A Necton divulgou nesta segunda-feira (29) a composição da sua carteira recomendada semanal, tendo escolhido desta vez as ações da Cesp (CESP6), B2W Digital (BTOW3), NotreDame Intermédica (GNDI3), Iochpe Maxion (MYPK3) e Cosan(CSAN3)
A carteira está acumulada em 97,2% contra os 47,6% do Ibovespa.

Fonte MONEY  TIMES

Guide substitui Bradesco e CVC Brasil por CSN e Lojas Renner em carteira semanal

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Diana Cheng - 29/07/2019 - 
Em relação à Lojas Renner, a Guide espera que o desempenho da empresa permaneça robusta devido à inflação controlada
A Guide Investimentos optou por trocar as ações do banco Bradesco (BBDC4) e da CVC Brasil (CVCB3) pelas da CSN (CSNA3) e da Lojas Renner (LREN3) em sua carteira recomendada semanal, divulgada a clientes nesta segunda-feira (29).
Sobre a CSN, a corretora acredita que uma aceleração da atividade econômica doméstica e o aumento da demanda por aço podem contribuir positivamente para a empresa nos próximos trimestres.
Já em relação à Lojas Renner, a Guide espera que o desempenho da empresa permaneça robusta devido à inflação controlada e à taxa de juros em patamares mais baixos, além da queda na taxa de inadimplência.
Para esta semana, a Guide chama a atenção para a divulgação de mais uma rodada de resultados corporativos e à reunião do Copom para discutir sobre a taxa Selic, prevista para acontecer nesta quarta-feira (31).
A carteira da semana passada fechou quase que equivalente ao Ibovespa, tendo a primeira encerrado com queda de 0,60% e o segundo com desempenho negativo de 0,61%.

Fonte: MONEY  TIMES