1 - INTRODUÇÃO
As gemas vêm do interesse dos homens há 10000
anos. Ametista, Cristal de rocha, Âmbar, Granada, Jade, Jaspe, Coral,
Lápili-lazúli, Pérola, Serpentina, Esmeralda e Turquesa foram as
primeras a serem conhecidas.
Não existe uma definição aceita por
todos para esse termo, porém há um denominador comum, todas as gemas têm
algo especial, alguma beleza em torno delas. Elas são principalmente
minerais (Safira), minerais agregados (Jaspe), orgâincas (Pérola),
sintéticas (Esmesralda Sintéticas) ou mais raramente rochas
(Lápili-Lazúli). As Gemas podem ser, por algum processo de aprimoramento
de sua cor ou aparência, tratadas.
Algumas gemas são raras e
belas devido a cor, a um fenômeno óptico exclusivo, ou brilho
diferenciado. Outras são especiais devido a sua dureza ou inclusões
excluvisas.
A raridade é outro fator importante na avaliação de
uma gema. Como algumas das características que valorizam as gemas só se
apresentam depois da pedra estar lapidada, o termo gema geralmente
refere-se a uma pedra lapidada. A lapidação é a valorização de um
material que de outra forma poderia passar apenas como um material bruto
insignificante.
Existem centenas de tipos diferentes de gemas e
materiais gemológicos. Como sabemos a atribuição de valor para gemas é
um processo bastante subjetivo. Raridade, cor, tamanho, grau de pureza,
transparência, formas e perfeição de lapidação são alguns fatores que
têm grande influência na avaliação.Além disso, a diversidade de
procedência das gemas, a situação político-econômica do país produtor e a
distância do local de produção aos centros de consumo levam os mercados
envolvidos a estabelecer valores de formas variadas.
Devemos
considerar que outro fator de influência na avaliação de gemas é a
complexidade dos vários níveis de mercados existentes e como são
interpretadas as cotações em cada um desses níveis.
Comercialmente,
as gemas são divididas em pedras coloridas e diamantes (mesmo os que
não são incolores) além de ambas terem seu peso medido em quilate
(1ct=0,2g).
2 – ESMERALDA
O nome vem do grego smaragdos. Ele significa “pedra verde”(Foto 3). É a mais nobre variedade de berilo.
Seu verde é tão incomparável que esta cor tão peculiar passou a ser
chamada de verde-esmeralda. A substancia corante para a esmeralda é o
cromo. A cor é muito resistente à luz e ao calor, não se modificando até
uma temperatura de 700 ou 800°C.
As esmeraldas são formadas pro
processo hidrotermal associado ao magma e metamorfismo. Jazidas são
encontradas em filões de pegmatito ou em seus arredores.
2.1 - Jazidas mais importantes:
Mnia de Muzo (Colômbia) (foto 4), Mina de Chivor (Colômbia), jazidas na
Bahia, Minas Gerais, Goiás; Zimbabue, África do Sul e Russia.
Foto 1: Mina de Muzo. Colômbia. Foto 2: Esmeraldas colombianas. Colômbia.
Unicamente na Colômbia são encontradas as raríssimas esmeraldas
“Trapiche”(foto 5) caracterizado por um crescimento parecido com uma
roda, de vários cristais prismáticos.
As jazidas de Minas Gerais
se extendem desde o norte de Rio Casca até o sul de Guanhães. Nessa
área deve-se destacar as minas Belmont (a maior do Brasil), Piteiras e o
garimpo de capoeirana (cooperativa).
Foto 3: Esmeralda “Trapiche”. Mina Chivor (Colômbia).
Para Schrorcher et al.
(1982), a geologia básica dos terrenos encontrados na região
Itabira/Nova Era é caracterizada por um embsamento cratônico arqueano
composto basicamente por terrenos gnáissicos migmatíticos,
comcaracterísticas poligenéticas e polimetamórficas, incluindo rochas
graniticas do tipo Granito Borrachudos; por um cinturão de rochas verdes
arqueanas pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas; por
metassedimentos do paleoproterozóico do supergrupo Minas; e pelos
metassedimentos do mesoproterozóico, constituído essencialmente por
quartzitos do Supergrupo Espinhaço.
Em termos estratigráficos, o
Garimpo de Capoeirana e as Minas Belmont e Piteiras estão localizados
em uma área onde afloram metarcóseos a metagrauvacas com intercalações
concordantes de mica xistos e quartzitos micáceos. Secundariamente, há
rochas anfibolíticas, intercalacões de xistos metaultramáficas e
aparecimento descontínuo de veios pegmatíticos. Nesse contexto, as
metaultramáficas e os veios pegmatíticos são as rochas mais importantes
para mineralização da esmeralda.
Em relação a genese da
esmeralda, todas as jazidas e/ou ocorrências de minas Gerais estão
associados aos xistos derivados de rochas metaultramáficas, em locais de
intensa percolação de fluidos hidrotermais relacionados aos pegmatitos,
devido as condições tectônicas propícias. Esses xistos, representados
essencialmente por biotita/flogopita xisto, clorita xisto,
tremolita/actinolita xisto.
As áreas mineralizadas ocorrem nas
proximidades do contato entre xistos metaultramáficos e as rochas
granitos gnáissicas, do tipo Granito Borrachudos, estéreis em esmeralda.
A formação das esmeraldas mineiras (foto 6) está intimamente associada à
interação química ocorrida entre a fase pegmatítica berilífera e as
rochas metaultramáficas portadoras dos elementos (Cr, V, Fe).
Foto 4: Esmeralda Mineira, Coloração devida ao íons de Cr, V, Fe. Itabira, MG.
3.2 - Aspectos mineralógicos:
De cor verde claro a muito escuro ao verde azulado muito forte,
tranparente a translúcido, brilho vítreo, dureza de Mohs 7,5 a 8,
acatassolamento ou “olho-de-gato e asterismo (raro). Índice de refração
de 1,577 a 1,583(± 0,017), pleocroísmo de moderado a forte, fratura
conchoidal de brilho vítero a resinoso, clivagem basal, inclusões
bifásicas e trifásicas, cristais negativos, “plumas” líquidas e
inclusões minerais (micas da série biotita-flogopita, hornblenda,
actinolita, tremolita, pirita, calcita, cromita, dolomita,
pirrotita); o aspecto geral das inclusões nas esmeraldas é conhecido
como “jardim” que são utilizadas como um “selo de autenticidade” das
esmeraldas naturais diferindo-as das sintéticas.
A explotação da
esmeralda no garimpo de Capoeirana é feita por meio de poços, túneis e
galerias, com técnicas de mineração rudimentar e sem preocupação com o
aproveitamento total das esmeraldas gemológicas e meio ambiente(foto 7).
Foto 5: Garimpo Capoeira. Nova Era, MG.
Na Mina Belmont a elplotação é realizada a céu aberto e subterrânea
(foto 8), contando com sistema mecanizado desde a extração até o
beneficiamento final. Na lavra a céu aberto, o xisto altamente
decomposto favorece, sobremaneira a retirada mecânica do material
esmeraldífero. Todo material explotado, tanto na mina a céu aberto
quanto no subterrâneo, é transportado por meio de caminhões para usina
de beneficiamento, onde o material é deslamado (separação de finos,
<2mm), depois separação granulométrica, separação ótica, onde todo
material verde é separado por uma máquina e por fim catação manual das
esmeraldas (foto 9).
Foto 6: Mina Subterrânea, Mina Belmont. Itabira, MG. Foto 7: Catação Manual, Mina Belmont. Itabira, MG.
Além da Belmont Mineração podemos cita ainda empresas como: Rocha
mineração, Beibra, Garipo de capoerana, Garimpo na Bahia na cidade de
Anagé, Itaobi Campos verde ( GO ), Mineração Alexandrita
Existem muitas esmeraldas de grande valor e fama. A maios famosa das
jóias de esmeralda é um pequeno frasco de unção de 12cm de altura e 2205
quilates talhado de um único cristal de esmeralda.
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