sexta-feira, 19 de julho de 2013

RODONITA E RODOCROSITA


RODONITA E RODOCROSITA





Estas duas gemas de tonalidade rósea a vermelha devem sua cor ao manganês e podem, eventualmente, apresentar aspecto similar.

A rodonita ocorre usualmente na forma opaca e, menos frequentemente, nas formas translúcida e transparente; sua cor é geralmente vermelho-rosada a vermelho-alaranjada e vermelho-carne.
Quimicamente constitui-se de um silicato de manganês, de fórmula CaMn4[Si5O15], possui dureza 5 ½ a 6 ½, peso específico 3,40 a 3,74 g/cm3 e índices de refração 1,733 (- 0,017 + 0,005) a 1,744 (- 0,021 a + 0,008), com uma birrefringência de 0,010 a 0,014. O IR médio, obtido pelo método de visão distante, corresponde a aproximadamente 1,73.
A rodonita costuma apresentar aspecto mosqueado, com veios ou inclusões pretos de óxido de manganês. Sua lapidação é difícil, por conta da clivagem perfeita em duas direções.
As ocorrências de rodonita encontram-se amplamente distribuídas, embora poucas fontes forneçam material transparente. No Brasil, até onde sabemos, há produção em Minas Gerais, no município de Conselheiro Lafayete, onde ocorre associada à piroxmangita, e em Urandi, no Estado da Bahia.
Pela semelhança de grafia, é conveniente lembrar que a rodonita não tem qualquer parentesco com a rodolita, um membro intermediário da série de granadas piropo-almandina.
Já a rodocrosita possui cor rósea, normalmente mais clara, mas algumas vezes semelhante à da rodonita; o matiz mais apreciado é o vermelho-groselha; ocorre na forma opaca e, menos frequentemente, na forma translúcida.
Quimicamente constitui-se de um carbonato de manganês, de fórmula MnCO3 e, assim como todos os carbonatos, reage em contato com ácido clorídrico. Esta gema costuma apresentar veios brancos com estrutura fibrosa radial e clivagem romboédrica perfeita.
Possui dureza 3 ½ a 4 ½, portanto inferior à da rodonita; peso específico 3,45 a 3,70 g/cm3 e índices de refração 1,590 (- 0,012 + 0,010) - 1,805 (- 0,019 a + 0,015), com uma birrefringência de 0,208 a 0,220, elevada como convém a um carbonato.
Suas principais ocorrências estão localizadas nos EUA (Colorado), na África do Sul e, principalmente, na Argentina. Neste país, já era trabalhada pelos incas, que a extraiam da localidade montanhosa de San Luís - situada a aproximadamente 230 km a leste de Mendoza - pelo menos desde o século XIII.

Nenhum comentário:

Postar um comentário