quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As algas, a geologia e a carne

As algas, a geologia e a carne
Você já ouviu falar em tripolita ou o bann clay ou o kieselgur? Talvez não,  mas você já deve ter ouvido falar sobre as diatomáceas, algas unicelulares  envoltas em uma carapaça de sílica de alta pureza.
São essas diatomáceas que podem ligar um processo geológico ao prato seu de cada dia. Em condições ideais, em ambientes subaquáticos, geralmente perto de depósitos  de cinzas vulcânicas, pode ocorrer a superpopulação de diatomáceas. Quando essas camadas de diatomáceas se fossilizam elas formam os diatomitos, ou as terras diatomáceas também  chamadas de kieselgur ou de tripolita.
Essas rochas pouco conhecidas da maioria dos geólogos, são utilizadas,  frequentemente na alimentação do gado de corte e em vários usos industriais.
Terras diatomáceas (diatomaceous earth) são formadas por partículas de  3 micras a um pouco mais de 1 mm constituídas por fragmentos e carapaças de  diatomáceas fossilizadas. É uma rocha branca, pulverulenta, porosa, e muito leve. A rocha tem uma baixa densidade que a caracteriza sendo, basicamente,  constituída por sílica.
Os usos de diatomitos, ou tripolita ou kieselgur, são muitos e variados.  Diatomitos são usados em filtros de alta qualidade como os de cervejarias, em  inseticidas, absorventes, em dinamite, como isolantes térmicos, na agricultura e  na indústria de alimentos.
Um dos usos mais importante é na alimentação do gado de corte. As diatomitas  secas sem calcinação são usadas no lugar do óxido de cromo que é cancerígeno, nas  rações animais. Em alguns casos esses diatomitos de alto grau de pureza são  usados não só na alimentação do gado como na dos animais domésticos e até mesmo  por humanos.
Na medicina os diatomitos são usados para baixar a pressão sanguínea, o  colesterol e como acelerador da absorção do cálcio em casos de osteoporose.
Fica o recado: aquela rocha branca, leve, que você já viu mas não deu nenhuma  atenção pode ter sito uma tripolita de elevado valor econômico.

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