Empresa é investigada por exploração ilegal de ouro em Pitangui
Fábrica de tijolos que funcionava no local era de fachada, diz MP.
Local é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
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O G1 entrou tentou contato por telefone com a empresa e com o dono da mineradora, porém, nenhum responsável foi encontrado para falar sobre o assunto.
Há cerca de três meses a Mineradora teve os alvarás de funcionamento cassados, após a denúncia registrada no Ministério Público, de que estariam usado o pretexto de fabricar tijolos para extrair ouro. Posteriormente, o juiz Daniel Boaventura ordenou a paralisação das atividades. A ordem não foi acatada e, por isso, foi dada ordem de busca e apreensão de materiais e equipamentos no local esta semana. Além do fechamento da suposta fábrica de tijolos. "No dia do cumprimento do mandado não tinha ninguém no local. A polícia, inclusive, arrombou os cadeados para entrarmos. No local ficou constatado que houve danos na vegetação nativa, entre outros," afirmou o assessor de Meio Ambiente, Ricardo Lobato.
Licença para funcionamento
(Foto: Tina Barcelos/ Divulgação)
O assessor de Meio Ambiente informou que os materiais e máquinas já começaram a ser removidos do local. "São equipamentos muito grandes, pesados e não podem ser desmontados por qualquer pessoa. No momento ainda não temos como retirar tudo de lá, mas vamos buscar auxílio nos próximos dias", salientou Ricardo Lobato.
Sítio Arqueológico
O subsolo de Pitangui tem várias galerias de acesso às minas de ouro que funcionariam no fim do século 17 e início do século 18, segundo o pesquisador histórico Vandeir Santos. Ele afirmou que não é possível saber exatamente quantas são porque várias delas foram comprometidas por desabamentos causados por mudanças na superfície. "Uma delas é onde essa empresa funcionava no Morro do Batatal. Com certeza a intenção deles desde o início é extração do ouro que tem no local. Porque para a produção de tijolos não é preciso tantos equipamentos pesados", ressaltou.
Segundo informações da Prefeitura, o caso continua sendo investigado e os responsáveis poderão responder por crime ambiental. "O município agora é o responsável pelos documentos e todo material apreendido até segunda ordem", afirmou Antônio Marcos.
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