quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Extraindo até o último grama*

Extraindo até o último grama*
Alcance efetivo de aplicação de técnicas convencionais de processamento de minerais


Conforme o número de descobertas cai, assim como o teor, John Chadwick, publisher da revista International Mining (IM), analisa ideias e tecnologias para extrair o melhor dos depósitos de ouro no mundo

O declínio da taxa de novas descobertas de ouro no mercado global durante a última década acelerou-se nos últimos quatro anos. Dados e análise da IntierraRMG revelam que o período, de 2003 a 2004 foi o melhor na amplitude do estudo, com mais de 400 Moz (milhões de onças) de ouro novo descoberto. Isto inclui onças medidas, indicadas e inferidas com um teor médio de 1,65 g/t. Em contraste, 2005 e 2006 tiveram o número mais baixo, com um pouco mais de 150 Moz de ouro novo descoberto – apesar de um teor médio similar. As descobertas então aumentaram significativamente durante 2007 e 2008, com mais de 390 Moz. O teor médio também aumentou significativamente para 2,65 g/t; o mais alto no período de 10 anos.
 
Durante os dois anos seguintes, pouco mais de 250 Moz foram descobertos com um teor decrescente de 1,25 g/t. Esta deterioração continuou durante 2011 e 2012, com a quantidade de onças de ouro novo descoberto caindo para menos de 225 Moz, com um teor reduzido a 1,17 g/t.


O Grupo de engenharia MDM assinou um contrato EPC para a construção de uma mina de ouro de 2.4 Mt/a, no projeto de expansão da mina Bulyanhulu para a Barrick Gold (ABG) na Tanzânia. A ABG é a maior produtora de ouro na Tanzânia, com um portfólio de quatro minas
em operação, e é a proprietária e operadora da mina de Bulyanhulu. A MDM completou com sucesso o estudo de viabilidade econômica em dezembro de 2011, seguido pela engenharia de valor em março e abril de 2012. Está agora executando o projeto, que inclui a construção de
instalações novas de 2.4 Mt/a de CIL para processar rejeitos estocados.

Neste período de dez anos do estudo, a África liderou as novas descobertas com 4.709 Moz de ouro com um teor médio de 2,8 g/t. Em seguida veio a América do Norte, embora apenas 290 Moz, e com um teor bem mais baixo, de 1,3 g/t.

A Europa foi a terceira em novas descobertas, com 240 Moz, mas com teor mais alto do que a América do Norte, de 2,0 g/t. A América do Sul registrou 188 Moz, enquanto que a Australasia obteve 74 Moz de novas descobertas, com um teor médio de 1,4 g/t.

Glen Jones, Diretor do Hemisfério Ocidental da IntierraRMG concluiu: “Com a atividade de perfuração global declinando, a IntierraRMG prevê que os próximos anos continuarão com a tendência decrescente de novas descobertas de ouro”.

Uma vez que o depósito é descoberto, a Whittle Consulting tem um novo software que ela diz “pode aumentar o NPV da mineração de 5% a 35%, ou mais”. Ela anunciou um upgrade significativo para o seu novo software “Prober”. Depois de mais de três anos de desenvolvimento, fazendo protótipos e testes, a última versão “Prober C” permite modelagem intrincada de múltiplos passos na cadeia de valor da mineração, trazendo tecnologias tais como ‘mine-to-mill’, desmonte seletivo, triagem de minério, e estratégias de cominuição complexas dentro do processo de planejamento estratégico.

‘Novas tecnologias nos processos de caracterização e extração de minério permitem abordagens diferenciadas e economias substanciais. Desenvolvimentos nestas áreas, liderados pelo nosso parceiro JKTech, têm benefícios operacionais significativos, e agora podemos utilizá-los reotimizando as minas / fases ou minas subterrâneas, métodos de mineração, vida útil da mina, teor de corte e estratégias de estocagem, políticas de processamento, estratégias de produto, logística e decisões sobre a programação dos investimentos para aplicar estas tecnologias de uma maneira integrada”, explica o presidente da Whittle Consulting, Gerald Whittle.

Durante a última década, a Whittle Consulting ajudou companhias de mineração a melhorar substancialmente os perfis de fluxo de caixa de projetos e operações através de uma abordagem integrada de “Otimização Empresarial”. “Invariavelmente”, ele diz, “o resultado é um aumento no NPV de 5% a 35%, e às vezes mais. Em muitos casos o fluxo de caixa líquido PE pode ser dobrado nos primeiros três a cinco anos, geralmente com pouco investimento de capital. Como as tendências continuam em direção a um teor menor e corpos de minério problemáticos, custos crescentes, capital escasso e margens reduzidas – a Otimização Empresarial ajudará companhias de mineração a melhorar em termos de competitividade”.

A Otimização Empresarial, também apelidada de  “Mineração de Dinheiro”, é amarrada pelo software Prober desenvolvido por Jeff Whittle, desenvolvedor do software original, que se tornou o padrão da indústria para planejamento de minas durante as últimas três décadas. Jeff, agora com 83 anos, explica: “Estivemos usando a versão anterior Prober B por mais de uma década. Ele prevê três passos na cadeia de valor: mineração, processamento e produção, embora com um pouco mais de modelagem inteligente, mas complicada.. O novo Prober C dá suporte a ilimitados procedimentos sequenciais ou paralelos, tornando ainda mais detalhada, embora mais intuitiva, a modelagem complexa de tecnologias de mineração e processamento possíveis. Isto então é simultaneamente otimizado para maximizar o valor do negócio.”

Desafios de recuperação

A série AMIRA P420 dos projetos da Tecnologia de Processamento de Ouro já entregou resultados de pesquisas focadas na indústria durante 25 anos. O projeto de extensão da P420E propõe novas iniciativas na área de processamento de ouro estabelecidas dentro do contexto  do desenvolvimento técnico e de recursos humanos e desafios ambientais que a mineração de ouro enfrentarão na segunda década do século XXI.

O projeto 420E tenta abordar os desafios do setor de mineração de ouro “com uma abordagem dupla aos minérios de baixo teor; investigar métodos físicos para o descarte precoce contínuo de ganga, com ênfase na caracterização do minério para adequá-lo a uma separação contínua por gravidade de alta massa; e nova pesquisa na produção de lixiviantes de ouro benignos ao meio ambiente, com ênfase em lixiviantes ácidos orgânicos através da produção bacteriana. Estas duas abordagens, uma física e a outra química, buscam reduzir: 1) moagem fina do total do minério minerado; 2) o capital associado e os custos do processamento operacional; e 3) os aspectos ambientais na geração de grandes quantidades de rejeitos que deverão ser tratados”.  O projeto ainda desenvolve a gama dos modelos existentes no site (www.goldknowledge.com).

O Dr. Will Goodall, Consultor Principal/ Diretor da MinAssist nota que “administração eficiente e otimização de uma usina de processamento de ouro exige um entendimento profundo do material a ser processado, como ele muda através do ciclo de mineração e como ele se comporta. Muitas operações fazem auditorias metalúrgicas de rotina para monitorar o comportamento do processo, mas elas se baseiam em ensaios químicos ou trabalhos básicos de teste, e fornecem pouco entendimento fundamental da mineralogia ou das associações fundamentais do ouro ou dos grãos que contêm ouro. Acrescentar um entendimento mineralógico fundamental aos testes metalúrgicos de rotina pode fornecer boas percepções sobre os resultados, e levar a programas mais eficientes para identificar e abordar problemas mais rapidamente, e reduzir o custo geral.”

A última década testemunhou um avanço rápido no SEM – Microscopia Eletrônica de Varredura baseada em sistemas de mineralogia automatizados, tais como QEMSCAN e o Analisador de Liberação Mineral (MLA). Estes sistemas fornecem uma ferramenta para uma rápida avaliação da composição mineral usando procedimentos de preparação de amostras padronizadas. Populações estatisticamente representativas de partículas podem ser analisadas para gerar mapas minerais de cor falsa e determinar informações importantes, como o tamanho do grão mineral, associações de minerais dentro das partículas, e as características de retenção/liberação mineral. Quando aplicados em análise de fases de traços, tais como metais preciosos e ouro, os sistemas de mineralogia automatizados fornecem a capacidade de localizar rapidamente e identificar grãos com tamanhos maiores do que 1 mícron, e permitem que muito mais partículas sejam examinadas do que seria possível com métodos manuais.

“O uso da caracterização do comportamento do ouro como uma ferramenta para análises de rotina sempre foi prejudicada por dificuldades na localização de populações representativas de partículas de ouro,” continua Goodall. “Tradicionalmente, as técnicas de caracterização do comportamento do ouro se baseiam na concentração das populações através de métodos como a separação de líquidos pesados, hidrosseparação ou superfiltração. Métodos óticos para contar os grãos de ouro então são usados para determinar a distribuição do ouro. Quando estiver presente ouro invisível ou sub-mícron, as técnicas de microssonda, como a TOF-SIMS, podem ser empregadas.

“A velocidade e a confiabilidade dos sistemas de mineralogia automatizados significa que um número maior de partículas pode ser examinado e a dependência da concentração de ouro por métodos por gravidade pode ser menor. Isto leva a uma eficiência maior no processo de caracterização do comportamento do ouro, e a uma determinação muito mais confiável das populações. Além da localização dos grãos de ouro, são coletadas informações sobre a mineralogia do ouro. Isto fornece muito mais informações sobre o comportamento do processo de um minério, e significa que os estudos de caracterização do comportamento do ouro podem ser tornar ferramentas detalhadas de diagnóstico do processo.

“ A MinAssist é líder na aplicação de informações geradas através da caracterização do comportamento do ouro para localização de problemas no processo e otimização. As operações podem se beneficiar muito do uso de metodologias avançadas para a caracterização do comportamento do ouro. Uma avaliação detalhada dos distintos tipos de minério ou misturas na alimentação pode ser usada para guiar o processo de otimização. Entender as populações fundamentais de ouro e associações minerais no material de alimentação pode ser usado para realçar áreas de ineficiência dentro do processo. Uma avaliação focada nas cadeias do processo pode ser usada para a localização de problemas específicos, identificando a causa raiz e reduzindo a necessidade do trabalho de teste  metalúrgico forense. Finalmente, uma avaliação de rotina das cadeias de rejeitos é usada como uma “verificação de saúde” do processo, identificando se perdas de ouro estão ocorrendo, e suas causas.”

O uso destas ferramentas está progressivamente se movendo de uma abordagem reativa para um processo de localização de problemas para um diagnóstico e uma abordagem gerenciável. Isto economiza tempo e dinheiro, levando a uma operação mais regular e a uma redução nas perdas de ouro.

Melhorando o efeito da gravidade

Brenton Fitzgerald, da ‘Mineral Engineering Technical Services’ (METS), explica que “a recuperação de ouro pela gravidade é um método importante para a remoção da moagem livre do ouro, do ouro grosseiro de uma alimentação em uma usina de ouro, resultando em uma redução do ouro passando através do circuito de lixiviação.

“A recuperação de ouro pela gravidade por volta de 20-30% é geralmente considerada suficiente para garantir a instalação de um circuito de ouro por gravidade. Historicamente, mesas de agito e outros métodos de gravidade baixa foram usados, entretanto os concentradores centrífugos, como os concentradores Falcon e Knelson, trouxeram maiores eficiências e recuperações, e agora são mais comuns.

“A motivação chave para o uso da concentração de ouro é evitar a ocorrência de que o ouro faça um circuito curto, onde o ouro grosseiro não é lixiviado antes de deixar o circuito de lixiviação devido a tempo de residência insuficiente.” A remoção de ouro grosseiro de moagem livre da alimentação de lixívia reduz o risco de um circuito curto.

Além disto, um ouro de alto teor no circuito de lixiviação pode resultar em cargas de ouro maiores no carbono ativado. Se isto ocorrer “pode resultar em algum ouro na solução que não foi recuperado pelo carbono e que ele se perca nos rejeitos.”

“Outro problema que pode surgir é um número mais alto de ciclos de eluição, resultando em custos operacionais mais altos. Com a remoção do ouro que pode ser recuperado pela gravidade, a quantidade de ouro passando através do circuito de carbono é menor, reduzindo o risco de perdas de ouro.

E também, claro, a concentração da gravidade foi uma opção boa para o meio ambiente no longo prazo para a separação mineral. Durante o século passado, seu papel na recuperação de minerais foi declinando com o desenvolvimento de outras tecnologias para usar na trituração de finos, circuitos de capacidade mais alta. Entretanto, recentemente a concentração da gravidade foi revisada e, particularmente, como um processo complementar da flotação. Isto, Gekko afirma, reflete em parte os custos crescentes dos produtos químicos da flotação.

“O desenvolvimento e aplicação de uma unidade de concentração de gravidade contínua, como a InLine Pressure Jig (IPJ), está no centro deste fluxograma inovador. Diferente de outros dispositivos contínuos de gravidade, como as espirais e dispositivos de separação tradicionais, o IPJ tem a capacidade de recuperar minerais em tamanhos de partículas relativamente finas abaixo de 100 micra. Os concentradores de gravidade de lote são usados na recuperação de ouro livre e sua aplicação mineral mais ampla é limitada devido ao seu rendimento de massa muito baixo.”

A separação pela gravidade de minerais em tamanhos mais grosseiros, assim que ocorre a liberação, pode produzir vantagens significativas para os estágios de tratamento de flotação a seguir devido a uma área de superfície menor, uma retirada de água mais eficiente e a ausência de revestimentos químicos que podem interferir no processamento a seguir. A combinação da concentração da gravidade e da flotação de minerais valiosos foi incorporada com sucesso em muitos circuitos de processamento mineral.

Com uma combinação de concentradores de gravidade e/ou flotação, um concentrado combinado contendo uma proporção significativa de mineral total na alimentação, pode agora ser facilmente recuperado. A concentração da gravidade sozinha ou junto com a flotação pode produzir um concentrado que é capaz de alimentar diretamente unidades de processamento mais intensivas.

A ‘Newcrest Mining’ e a ‘Gekko’ desenvolveram uma pesquisa de três anos e um programa de desenvolvimento focando melhorias na eficiência energética, redução de custos operacionais, maior recuperação e implantação do projeto mais rápida nos projetos planejados futuros e existentes para a ‘Newcrest’. Os benefícios deste programa para a ‘Newcrest’ serão atingidos através da aplicação de conceitos para otimizar o esmagamento e trituração utilizando tecnologias e fluxogramas focados na rejeição da ganga, pré-concentração e liberação de tamanho grosseiro de esmagamento.

Cada vez mais a aliança com a Newcrest está mudando em direção ao apoio a operações já existentes. Estudos importantes e trabalhos estão sendo feitos para apoiar as equipes de metalurgia com um foco particular na Cadia, Telfer, Hidden Valley e Bonikro.

Parte desta colaboração é identificar áreas para melhorias na recuperação do ouro passível de recuperação pela gravidade na ‘Cadia Valley Operations’. Estes esforços focam no tratamento no circuito de gravidade tanto primário quanto secundário. Uma vez que as melhorias sejam identificadas, elas então serão sistematicamente trabalhadas até a resolução.

Outro projeto sendo revisto pela colaboração é a introdução de métodos de rejeição de ganga na mina Telfer. O minério é descrito como tendo uma estrutura “de tijolos e argamassa” devido aos minerais presentes dentro do componente “argamassa” friável da matriz. Isto dá o potencial de separar lixo do mineral valioso por tamanho, densidade e competência. Esta matriz tem o potencial de permitir a rejeição de uma porção significativa do minério para uma perda bem pequena de mineral valioso usando-se os métodos da gravidade.

Relacionamentos estratégicos de longo prazo entre especialistas em processamento de ouro, tais como a ‘Gekko’, e operadores tais como a ‘Newcrest Mining’, permitem uma análise do desempenho do local com base em dados de alta qualidade. Estes estudos não podem ser realizados por períodos curtos de tempo, e exigem uma visão consistente e crítica para atingir os melhores resultados. “Usar um recurso colaborador especialista tal como a ‘Gekko’ é fornecer percepções significativas de oportunidades para uma operação melhorada em vários dos nossos locais” diz Paul Griffin, Gerente de Metalurgia da Newcrest Mining.

Uma estrutura deste tipo permite que a ‘Gekko’ aloque as capacidades metalúrgicas de primeira linha de maneira consistente e sistemática, permitindo assim um investimento de longo prazo em recursos humanos de qualidade. As capacidades metalúrgicas de primeira linha da ‘Gekko’ são apoiadas por engenheiros metalúrgicos custeados pela ‘Newcrest’, que fornecem recursos bem direcionados para o empreendimento de coleta de dados e operação da usina. A equipe da ‘Gekko’ dedicada à ‘Newcrest’ é apoiada em situações extraordinárias por outros membros da Equipe Técnica da Gekko. Os benefícios de tais acordos de colaboração de longo prazo incluem a capacidade de converter ideias e conceitos inovadores em um processamento mais eficiente.


Jig Pressure InLine da Gekko. Usado extensivamente nos circuitos de gravidade contínua instalados em todo o mundo para a recuperação de uma série de minerais.

Recuperação contínua por gravidade

A Gekko diz que o “ciclo virtuoso foi concebido como uma ferramenta para ajudar no desenvolvimento de oportunidades para rejeitar ganga ou recuperar minerais em um tamanho ótimo de esmagamento/ trituração. O objetivo deste modelo é maximizar a produção e minimizar o consumo de energia. Idealmente, as partículas são rejeitadas ou recuperadas no tamanho da liberação. Este processo permite que uma corrente menor de concentrado de alto grau seja criada, a qual pode então ser tratada intensivamente para a recuperação. Os minerais ou a ganga podem ser rejeitados com base no tamanho (peneiramento), densidade (separação pela gravidade), química de superfície (flotação) ou por propriedades magnéticas.

Para otimizar a aplicação deste ciclo usando-se a gravidade contínua no passo da separação, a Gekko desenvolveu um protocolo de trabalho de teste laboratorial de recuperação por gravidade (CGR). Os protocolos CGR são uma alternativa à recuperação por gravidade do programa de trabalho de teste de lote padrão (GRG) oferecido por muitos.

A taxa em declínio no mundo de novas descobertas e teores de ouro


A Gekko explica: “Os testes GRG tipicamente usados para determinar a recuperação do concentrador centrífugo de lote (BCC) em um circuito de moagem; isto produz concentrados de rendimento baixo de massa. As unidades BCC são quase exclusivamente usadas nas aplicações de ouro, enquanto o teste CGR e os concentradores contínuos, como o Jig Pressure InLine (IPJ) podem ser usados em uma variedade de minerais valiosos e em gamas de tamanho mais grosseiro e em tração de massas maiores.

Determinar a recuperação de minerais no seu tamanho de liberação, relações de recuperação de teor, relações de recuperação de tamanho, bem como a recuperação de ouro e prata através de um trabalho de lixiviação intensiva se tornaram parte da especialidade da Gekko em áreas críticas.

O teste CGR fornece um entendimento melhor e mais preciso da resposta de um minério aos dispositivos de separação pela gravidade registrando graficamente a recuperação em comparação com o rendimento da massa. Durante as últimas décadas a Equipe Técnica da Gekko, liderada por Sandy Gray, diretor Técnico e por Tim Hughes, Gerente do Processo de Engenharia, pesquisou e desenvolveu protocolos para replicar a recuperação pela gravidade contínua de pesados e leves no seu tamanho de liberação nos circuitos de processamento mineral. Isto foi um desenvolvimento importante na avaliação da oportunidade de desenvolvimento dos conceitos de fluxograma da Gekko e nas escolhas de equipamentos nas usinas de processamento.

Há dois programas de trabalho de teste CGR que são projetados para simular um passo único ou projetos de circuito de carga recirculante.

O protocolo do teste de um único passo foi desenvolvido para simular os desempenhos do IPJ de 600µm até o tamanho de esmagamento maior de 12 mm. O teste CGR usa a separação de meio denso (Viking Cone da Gekko e/ou ciclones) para frações de tamanho acima de 1,2 mm e batedouro para frações de tamanho de menos de 1,2 mm.

Os pesados são coletados em rendimentos de massa diferentes e a recuperação dos metais valiosos é determinada. Da curva resultante é possível determinar o rendimento de massa

Ótimo; para recuperar ou rejeitar os pesados ou os leves.

Quando o IPJ é instalado um uma carga circulante de esmagamento ou trituração, o teste é modificado para que os pesados sejam removidos no tamanho mais grosseiro conforme é liberado. Os leves do teste são então passados pela mesa novamente com tamanhos de fino esmagado ou de esmagamento para replicar o ambiente vivenciado nas cargas circulantes.

A Gekko diz que estes programas de trabalho de teste estão se tornando cada vez mais populares no seu laboratório metalúrgico conforme os clientes se focam em estratégias para rejeitar a ganga ou pré-concentrado eles se voltam para seu alvo mineral para reduzir o capital, o consumo de energia e os custos operacionais.

O IPJ da Gekko e a flotação relâmpago são métodos de processamento complementares que removem o ouro e outros minerais de um circuito de fragmentação. Em muitos casos, eles foram usados juntos para maximizar a recuperação do ouro em gamas de tamanho com as quais eles operam. A combinação da flotação relâmpago e da recuperação por gravidade contínua cobre uma gama completa de tamanhos, de 10 µm a 1 milímetro.

Usando ambos, o IPJ e as células de flotação, a Gekko desenvolveu um protocolo de teste utilizando um estágio de esmagamento do Impactador de Eixo Vertical (VSI), seguido de recuperação por gravidade grosseira, então finalmente usando a flotação para recuperar partículas finas não recuperadas pela gravidade. Espera-se que esta técnica recupere os minerais da faixa de tamanhos entre 100 µm e 250 µm, onde há um cruzamento entre as capacidades de recuperação tanto da recuperação pela gravidade quanto por flotação. A separação pela gravidade pode ser usada para recuperar o mineral na faixa de tamanhos de até 100 µm. A flotação relâmpago pode então recuperar as partículas de 150 µm até 10 µm. Isto está claramente demonstrado no gráfico abaixo, adaptado de uma versão original desenvolvida pela Napler-Munn e Wills em 2006.

Este estilo de fluxograma foi usado na usina Python da Gekko e varia desde protocolos de teste convencionais, que recirculam os rejeitos de volta através dos estágios de esmagamento/trituração antes de eles se apresentarem às células de flotação. A Python foi projetada para tratar minérios que têm alta receptividade à combinação de gravidade e flotação. Sua capacidade foi baseada ao redor das separações grosseiras, mas agora está sendo ampliada para aceitar alimentações de mais finos e uma ampla gama de tipos de minerais.

Ish Grewal, Presidente da ‘Met-Solve Laboratories’, em um trabalho recente comentou que “o uso de concentradores de lote fluidificados que produzem taxas muito altas de concentração se tornaram comuns na recuperação do ouro livre dentro dos circuitos de moagem. Estas unidades capitalizam sobre a capacidade dos hidrociclones de agir como unidades mais duras e reterem o ouro recuperável pela gravidade (GRG) dentro do circuito de trituração. Isto permite que as unidades centrífugas de lote de rendimento de massa baixo atinjam tanto porcentagens de alta concentração quanto recuperações altas. Pesquisas e entendimento considerável do comportamento do ouro dentro dos circuitos de trituração e recuperação usando concentradores centrífugos de lote fluidificado avançou o conhecimento exigido para predizer e escalar para cima a partir de resultados laboratoriais.

“A indústria precisa de um entendimento similar e do avanço dos concentrados centrífugos de rendimento de massa alto uma vez que eles:

- Têm o custo de capital e operacional mais baixo do que qualquer dos métodos de beneficiamento mineral

- Não prejudicam o meio ambiente e não exigem a adição de produtos químicos e reagentes, o que torna fácil a obtenção de licenças

- Ampliam significativamente a faixa de tamanhos das partículas receptivas à concentração da gravidade

“A pesquisa também exige um entendimento da interação das várias tecnologias de concentração da gravidade, especialmente quando os fluxogramas são configurados com estágios de desbastamento, lavagem e limpeza, como é feito na flotação de espuma.”

Recentemente ele disse à IM que “nada mudou significativamente. Entretanto, estamos trabalhando em métodos melhorados para avaliar as aplicações da gravidade de rendimento de massa alta”. A Tabela Analítica da Met-Solve (MAT) é uma ferramenta básica que está sendo usada nesta pesquisa. Ela é projetada para determinar a resposta dos minerais e outros materiais particulados misturados à concentração da gravidade. As aplicações são diversas, mas incluem análise quantitativa e a concentração desses elementos, como o ouro, PGMs, áreas minerais, cromita, estanho, tântalo, tungstênio, urânio, minério de ferro, cobalto, e muitos outros metais e minerais.

Há duas plataformas com o MAT. O deck plano é usado para determinar a receptividade à concentração da gravidade de amostras finas e superfinas, de 212 µM a menos de 37µm. Isto é útil para aplicações tais como otimizar a flotação ou os concentrados de gravidade, avaliar a retirada de lodo dos depósitos de minerais pesados, ou a lavagem de ouro fino e sulfitos da lixívia dos rejeitos da flotação.

O deck em V é usado para amostras grosseiras com tamanhos de partículas acima de 200 µm e acima de 2 mm. As aplicações típicas incluem a avaliação da recuperação de ouro livre na lavra ou em depósitos aluviais, limpeza de concentrados, ou lavagem dos rejeitos. Além da oscilação longitudinal encontrada no deck plano, o deck em V emprega um mecanismo de “batida”, que puxa os materiais com uma alta gravidade específica para cima da mesa ao longo da ranhura do V.


Extrac-Tec’s HPC-30 é adequado para mineração aluvial, reprocessamento de rejeitos e como um préconcentrador para melhoria de material após a britagem

“Esperamos montar e estabelecer uma metodologia mais simples e aperfeiçoada, e também desenvolver dados correlacionais com operações em escala plena. Isto exige uma boa dose de coordenação com os locais das minas que têm tais equipamentos (por exemplo, Falcon Continuous, etc.), explica Grewal. Ele espera fornecer mais informações em breve.

A ‘Sepro Mineral Systems Corp.’ se especializou em projeto e fornecimento de equipamentos, sistemas e usinas para concentração de gravidade, esfregação, lavagem, peneiramento, aglomeração, separação por meio denso, esmagamento e trituração. No ano passado ela recebeu um contrato da Hemco Nicarágua, a segunda maior produtora de ouro da Nicarágua, para fornecer um circuito de trituração e recuperação pela gravidade para a sua operação na municipalidade de Bonanza, no noroeste da Nicarágua.

O pedido inclui um concentrador de gravidade para ouro Falcon SB-5200B, uma peneira vibradora de deck único Sepro-Sizetec de 2,1 x 4,9 m, um drive de 330 kW, uma usina com malha de trituração primária de descarga com uma capacidade de alimentação de 50 t/h e bombas associadas, ciclones, sala de controle, MCC e aço estrutural.


Fornos de regeneração de carbono indiretamente aquecido FLSmidth de 5 t

Este é um pacote de engenharia completo que exige que o cliente forneça apenas as lajes, a transportadora de alimentação, um prédio adequado, e integração com o processo existente. A Sepro está envolvida com o cliente desde o projeto conceitual até a engenharia detalhada, e fornecerá pessoal de apoio durante o processo de comissionamento, que é esperado para o início de 2013.

O gerente geral da Hemco, Alvaro Peralta, comentou que “a capacidade da Sepro de fornecer todos os principais equipamentos em um único pacote de engenharia é um tremendo benefício para um operador relativamente pequeno como nós, com recursos de engenharia limitados em nossas instalações.”

A FLSmidth Knelson diz que fez “diversas descobertas significativas” recentemente na tecnologia de cone de concentrado, inclusive o sistema de seleção de cone de concentrado CONE*Logic. O CONE*Logic avalia as características metalúrgicas específicas do minério e as condições chave do local para produzir um cone de concentrado que melhor sirva à aplicação. “Começamos a desenvolver o sistema CONE*Logic em 2003, e durante os últimos nove anos trabalhamos de maneira próxima a muitos de nossos clientes para analisar um método de seleção de cone que observasse os cinco fatores fundamentais da operação, inclusive dados de testes de mineralogia, tamanho e forma da partícula pretendida, limites da água do circuito, qualidade da água e abrasividade do minério”, disse Doug Corsan, Diretor Global de Produto da FLSmidth Knelson.

Na busca da criação da primeira solução de cone de concentrado totalmente customizado, a FLSmidth Knelson desenvolveu uma inovadora e nova plataforma de fabricação do cone, a Matrix Cone. Durante os extensivos testes em campo nesses três últimos anos, o grupo diz que a Matrix Cone forneceu uma recuperação metalúrgica superior, recuperação aperfeiçoada de partículas finas e, em média, aumentou os intervalos de limpeza do cone em um fator de cinco vezes. “Uma das principais vantagens desta nova Matrix Cone é a capacidade de realimentar estas unidades nas máquinas existentes atualmente em operação ao redor do mundo”, acrescentou Corsan.

Ouro da Summit Valley

A FLSmidth também está recebendo um aumento de consultas da África do Sul por sua abrangente e inovadora faixa de soluções para extração de metais preciosos.

A sua oferta nesta área foi significativamente aperfeiçoada em 2009, quando a companhia adquiriu o negócio da Summit Valley baseada em Utah, especialistas no projeto e fabricação de plantas e equipamentos modulares para extração de ouro e prata. Esta tecnologia inclui a célula EW de mais alta capacidade da indústria usada na recuperação de metais preciosos.

“A nossa posição no grupo FLSmidth se especializa em componentes individuais, porém também possuímos recursos de primeira linha em termos de combinar esses componentes em espaços de ouro e acondicionamento na planta,” o especialista em equipamentos da Summit Valley, Cameron Barton explicou durante uma visita recente à África do Sul. “Nós lideramos o mundo em eletrólise do ouro e destilação a vácuo do mercúrio e estamos entre as principais companhias globais que oferecem fornos rotativos com combustão indireta e sistemas integrados de tira de carbono.”

A FLSmidth oferece um catodo sem cesto patenteado da nova célula EW desenhado para diminuir o tempo de serviço do operador e diminuir o inventário de ouro nas células, enquanto fornece a alta eficiência continuada da célula, característica das células da Summit Valley. A remoção do lodo do ouro é feita na célula lavando o lodo do metal precioso dos catodos com um jato de pressão e o lodo é bombeado do fundo da célula através do flange de saída do lodo para um filtro de lodo. Como os catodos são assistidos na célula, menos manuseio do catodo é exigido durante a assistência e isso minimiza a exposição do operador a metais tóxicos quando metais tais como mercúrio, arsênico e cádmio estão presentes em soluções EW. Os novos eletrodos eliminam a necessidade de cestos de catodo.

O processo inovador e patenteado de eluição de carbono Zadra da FLSmidth arma o tempo de válvula variável e um recipiente de tira adicional para reforçar os níveis de produção até 30% em plantas existentes e reduzir o custo de uma nova planta pela mesma porcentagem.

Sandra K parte das operações de Segovia da Colombia Gold. Historicamente, os graus de qualidade em Segovia, uma das dez principais minas de produção por teor de qualidade no mundo, tiveram uma média na faixa de 12 a 14 g/t. No entanto, no terceiro e quarto trimestres de 2012, os teores tiveram uma média de aproximadamente 9 g/t devido à depleção temporária de zonas de teores mais altos nos níveis atualmente sendo minerados em ‘Providencia’ e ‘El Silencio’ e, em menor quantidade, o processamento de alguns estoques de teor de menor qualidade. Através da metade de Março de 2013, os teores principais continuam a apresentar uma média de aproximadamente 9 g/t à medida que avançam as atividades de desenvolvimento da mina, espera-se que os teores principais começarão a mostrar alguma melhora no segundo trimestre, aumentando para uma média de aproximadamente 10 g/t na segunda metade de 2013

A companhia também projeta e fabrica fornos e calcinadores de regeneração de carbono indiretamente aquecido a partir de 0.5 t/d ou maior. Esses fornos e calcinadores podem ser alimentados a gás, óleo ou eletricidade, e são montados em deslizadores, e pré- equipados com fiação e tubos.

A vedação do forno com fole patenteado comprovou ser eficaz em eliminar a entrada do ar e saída de gás do processo e pode ser aperfeiçoada para fornos de outros fabricantes. A FLSmidth diz que ela “detém o recorde mundial como tendo as mais baixas emissões em uma planta de carbono.”

As capacidades da planta Merrill Crowe da companhia variam de plantas modulares de 3.4 m³/h montadas em deslizadores até o tamanho máximo de 2,100 m³/h.  O alcance de fornecimento das plantas inclui filtros de clarificação, torres de desaeração, bombas de vácuo, alimentadores de pó de zinco, alimentadores de nitrato de chumbo e cones de zinco, bombas de alimentação do filtro de precipitado, sistemas de pré-revestimento do filtro e alimentação do corpo, além de filtros de precipitado usados pela refinaria e instalações de derretimento para produção de ouro em barras.

Essas plantas incorporam um sistema proprietário de cone misturador e um alimentador de nitrato de chumbo / pó de zinco.  A companhia oferece componentes individuais e parciais da planta ou pacotes de equipamentos completos da planta, junto com o projeto total da planta.

Tratamento refratário do ouro

No Boletim de Inverno ‘Xstrata Process Support’ (XPS), Arthur Barnes e Rajan Pandher examinaram os desafios dos minérios refratários.

“O primeiro desafio é determinar o motivo da fraca recuperação pela cianetação direta que pode ser causada por uma ou mais contribuições. A mais antiga e melhor compreendida é o ouro preso ao sulfeto, e a mais frequente é a pirita.

A segunda contribuição ao comportamento refratário é o arsênico na forma de arsenopirita ou antimônio na forma de estibinita, a qual causa pouca recuperação mesmo em baixas concentrações.

A presença de carbono no minério também é uma causa frequente de fraca recuperação, não porque faz com que o ouro não responda à cianetação, mas porque ele absorve prontamente o ouro em solução e leva à “perda de ouro”. Quando essas contribuições refratárias se apresentam em combinação, a obtenção satisfatória de recuperações do ouro pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça. Felizmente, existem curas para isso.

“Uma chave para o sucesso é o diagnóstico adequado da causa. Primeiro, a XPS executa uma técnica de lixiviação sequencial bastante sistemática conhecida como “Lixívia de Diagnóstico” que identifica claramente onde está o ouro no minério, destruindo sistematicamente minerais chave, seguido de lixiviação com cianeto do resíduo até que todo o ouro tenha sido recuperado. Além disso, é realizada a mineralogia quantitativa para estabelecer a abundância modal das espécies de mineral e algumas vezes até identificar o comportamento do ouro. Com o novo ‘Qemscan FEG’ um maior número de partículas de ouro pode ser encontrado, melhorando assim as estatísticas de comportamento.

“Uma vez que a causa tenha sido identificada, existem várias alternativas para tratar o minério.

O ouro pode ser moldado para ser mais receptivo à cianetação pela moagem ultra-fina, seguida por uma lixívia atmosférica quente – o Processo Albion. Uma segunda solução é uma completa oxidação por pressão (POX), que é efetiva para todas as condições, com exceção do carbono. O terceiro método é a torrefação – a simples e bem estabelecida torrefação total para converter pirita em hematita enquanto oxida qualquer carbono presente, ou a torrefação em dois estágios para primeiro remover o arsênico com a torrefação parcial seguida da torrefação total.

“Como a XPS tem especialidade em moagem fina, hidrometalurgia e pirometalurgia de pressão, essas especialidades foram reunidas em um só local.”

A XPS pode realizar a lixívia de diagnóstico para clientes para determinar a causa de um determinado comportamento refratário com mineralogia quantitativa usando o ‘Qemscan’.  Isto é seguido por uma revisão das opções e pela recomendação em relação às melhores alternativas que sirvam para as necessidades do cliente, seguido por testes apropriados nos laboratórios totalmente equipados da XPS.

A torrefação de leito fluido pode ser concluída com torrefadores de leito fluido contínuo de 51 mm ou 102 mm de diâmetro, cada um equipado com um ciclone, incinerador traseiro para combustão de vapor de arsênico e/ou enxofre, condensador e depurador.

Tipicamente, 1-5 kg de material são suficientes para uma avaliação comparativa preliminar usando um torrefador pequeno, enquanto que 20-50 kg podem ser suficientes para testes de duração maior usando o torrefador de 102-mm. Os dois torrefadores são inteiramente equipados com termopares, medidores de pressão, e analisadores de gás para assegurar a coleta de dados confiáveis.

Testes de oxidação por pressão são realizados em autoclave de balança de bancada Parr de 2 litros, que tipicamente suporta cargas de aproximadamente 1 kg.

A autoclave é construída com titânio e pode ser operada com um revestimento de vidro opcional. É totalmente automatizada para medir e controlar a temperatura e pressão dentro da autoclave e o fluxo de gás no interior da autoclave. As medições do processo são capturadas continuamente em um servidor PI.

A configuração do Processo Albion na XPS compreende um ‘M4 IsaMill’ para produzir o minério com trituração ultra fina ou concentrado, seguido de lixiviação em um tanque agitado à pressão atmosférica. Aproximadamente 15 kg de material são necessários para determinar o lote de assinatura no IsaMill, entretanto, um único teste de lixívia Albion pode ser realizado com 1 kg de material triturado.

Cianetação: tendo removido os elementos danosos por um dos processos acima, o resíduo do estágio de pré-tratamento, uma solução de cianeto, é usado para lixiviar e recuperar o ouro. Isto é feito usando testes rotativos com garrafas padrão, que pode ser executado por até 72 horas. Os dados principais como pH da borra, teor de oxigênio dissolvido e concentrações de cianeto são gravados e/ou mantidos durante todo o experimento.

Amostras são tomadas ao mesmo tempo, de modo que a cinética da lixívia em toda a experimentação possa ser subsequentemente determinada. Testes giratórios com múltiplas garrafas podem ser feitos simultaneamente. Depois dos testes de cianetação, as amostras são analisadas para determinar o ouro na solução e no resíduo, para que a recuperação do ouro possa ser calculada.

Lixiviação

Em seu boletim Efeito do tamanho da partícula de minério na dissolução do ouro em uma solução de cianeto apresentado na Reunião Anual da SME em Denver em Fevereiro, J. Egan e C. Bazin estão propondo um procedimento experimental para estimar a dissolução do ouro a partir do minério, dentro de intervalos de tamanhos diferentes usando testes de lixiviação feitos com um minério de larga escala no lugar de amostras tamanho único.  Eles reportam que o “procedimento reduz significativamente o trabalho do teste experimental e também elimina as incertezas relativas a possíveis interações entre partículas de diferentes tamanhos durante a lixiviação. A aplicação da reconciliação de dados ajuda na filtração de alguns dos erros  inerentes à mensuração, associados com as análises do ouro.

“Os resultados da análise mostram que a dissolução do ouro aumenta com a diminuição do tamanho da partícula do minério. O histórico da produção de partículas dentro de um intervalo de tamanhos pode ter um efeito na dissolução do ouro. No entanto, o efeito deverá ser confirmado por outros testes de lixiviação. Os parâmetros estimados do modelo de dissolução do ouro podem ser usados para  prognosticar a recuperação do ouro seguindo várias intensidades de trituração.  O trabalho continua com o objetivo de desenvolver um simulador integrado de lixiviação e trituração do minério de ouro.”

Também no SME, no boletim Estimando o inventário residual da lixiviação de uma grande quantidade de ouro, J. Winterton da empresa de mineração “Cripple Creek & Victor Gold Mining Co” denota que esta estimativa “é desejável por várias razões. Vários métodos foram tentados com sucesso limitado. A coleta de dados da “Valley Leach Facility” (VLF) na mina ‘Cripple Creek and Victor’ da AngloGold Ashanti, tem sido usada para desenvolver uma robusta técnica de estimativa do inventário.”  A técnica foi apresentada juntamente com a discussão sobre metodologias de avaliação e componentes de inventário.

As conclusões foram que “estimar o inventário em uma operação de lixiviação ativa a partir de amostras de experimentações é uma tarefa arriscada.  A integridade das estimativas depende enormemente de como as amostras são obtidas e como as estimativas de teor resultante são desenvolvidas e aplicadas.

A abordagem nunca suplantará as estratégias baseadas em amostras dedicadas e protocolos de testes metalúrgicos em termos de confiabilidade ou credibilidade. Os métodos de estimativa descritos foram desenvolvidos usando conjuntos de dados de experimentação múltipla obtidos no VLF na última década.

Os métodos melhoram substancialmente a habilidade de aferir o inventário em quantidades ativas e podem ser estendidos a qualquer estrutura similar não consolidada.”

Da mesma mina, S. Leichliter e D. Larson apresentaram Geometalurgia para uma operação de processo de recuperação dupla – mina de ouro ‘Cripple Creek and Victor’, do Colorado. Aqui, operações de superfície continuam juntamente com uma expansão de moagem no site para ser concretizada nos próximos dois anos. A mina está atualmente avançando para baixo a partir de uma zona oxidada para uma zona transicional, mais rica em sulfeto / telureto. A mineralização do ouro inclui ouro nativo, electrum, e teluretos.  A lixiviação do cianeto é o processo de recuperação do minério oxidado com o minério rico em telureto e sulfeto a ser processado na nova moenda. Os autores declaram que a “caracterização do minério antes da escavação é vital quando existem dois processos possíveis de recuperação. Esta caracterização é dependente da geometalurgia.

Para identificar as causas da variabilidade, múltiplos parâmetros são analisados e testados. Esses parâmetros são medidos por uma variedade de trabalhos de teste analítico. O trabalho analítico fornece as medições para os parâmetros desejados.  Modelos geometalúrgicos são desenvolvidos para os parâmetros pelo processo de recuperação, para que as estimativas possam ser inseridas no modelo do recurso para otimizar as operações e recuperações.”

Escala da Planta PIONERA F-100 – dados experimentais de um circuito de lixiviação, Julho de 2011


Eles concluem que “parâmetros tais como dureza, gravidade e flotabilidade, ajudam na construção de modelos geometalúrgicos robustos.  Esses modelos são então inseridos no modelo do bloco do recurso para ajudar a planejar e prever a produção.”

A ‘PIONERA’ diz que a recuperação do ouro, cobre, níquel, zinco e outros metais pode ser aumentada através do uso do seu BioPolímero. “Modificando a reologia do concentrado, a ‘PIONERA’ melhora a viscosidade e a cinética do sistema, resultando em um aumento da produção.”

Outras vantagens reportadas incluem:

- Vantagens ambientais sobre reagentes sintéticos (incluindo regulações mínimas para armazenagem e manuseio, e mínimos danos ao meio ambiente e nível de toxicidade.  Além disso, são isentas do registro REACH)

- Com a inibição da formação de crostas, a transferência positiva de calor é mantida com melhor eficácia

- Propriedades catalíticas podem entregar cinética de reação mais rápida para oxidação do sulfeto

- Não interfere com o processo SX/EW.

- Alta tolerância ao sal.

A companhia diz que tem se dedicado a consideráveis esforços de pesquisa e desenvolvimento para identificar os biopolímeros mais adequados para usar em aplicações de lixiviação por pressão. Avaliações, tanto internas como externas, com consultores e clientes, têm demonstrado uma boa performance em vários minérios. “Esses esforços levaram ao desenvolvimento de polímeros naturais superiores que são otimizados para performance sob várias condições de recuperação do metal.”

A ‘PIONERA’ diz que várias experimentações têm demonstrado o potencial do seu BioPolímero para aumentar a recuperação do metal em circuitos de lixiviação. Isto é especialmente relevante em circuitos CIL/CIP, e os benefícios também são observados no processo ‘Merrill Crowe’. “Uma experimentação recente na escala da planta na mina de ouro no Canadá mostrou um aumento na recuperação de ouro de aproximadamente 1% sobre a faixa de diferentes teores principais de material.

Carbono-em-pasta

No boletim da SME Anti-incrustantes para aplicações de processamento do ouro, W. H. Dickinson da Kemira reportou na avaliação de sete anti-incrustantes, abrangendo uma faixa de químicos “para controle da formação do carbonato de cálcio (CaCO3) em aplicações de processamento do ouro. Três químicos preferidos foram identificados e forneceram até 100% de inibição nos testes de jarra estática quando aplicados em dosagem de 30 ppm. Os três produtos foram adicionalmente avaliados usando um modelo de circuito de extração do carbono desenvolvido para esta aplicação. O circuito de teste permitiu a mensuração direta do carbonato de cálcio formado no carbono a partir de uma solução super saturada sob condições dinâmicas.  Os anti-incrustantes diminuíram o desenvolvimento de CaCO3 nas colunas em 15–26% comparados com os controles não tratados.  O impacto dos anti-incrustantes sobre a taxa e teor da carga do ouro no adsorvente de carbono foi avaliado nos estudos CIP em laboratório.  Os anti-incrustantes geraram um aumento de 25 - 35% de carga de ouro e eficácia na extração de ouro de até 65%. Testes no local em uma instalação de processamento de ouro demonstraram que 10 ppm de anti-incrustante preferido foi capaz de suprimir totalmente a formação de CaCO3 em águas de abundância mais elevada.

“Todos os anti-incrustantes foram capazes de reduzir significativamente a formação de CaCO3 e o controle do CaCO3 melhorou com o aumento da dosagem do produto sobre a faixa de 5–30 ppm.  Uma composição química de policarboxilato sulfonado conseguiu 100% de inibição quando aplicada em 30 ppm sob condições de teste estático.

“A química de poliacrilato foi capaz de obter uma inibição maior do que 95% em 15 ppm, porém a incrustação foi agravada quando o anti-incrustante foi sub-alimentado.”

Eletro-extração

Na reunião anual de SME de Denver em fevereiro, Michael Mooiman, da Universidade Franklin Pierce, NH & Argo Advisors International e Ian Ewart e Jeremy Robinson da Electrometals apresentaram o boletim Eletro-extração de metais preciosos a partir de solução de cianeto usando a tecnologia EMEW. O boletim revisa a recuperação de ouro e prata a partir de soluções de cianeto usando a tecnologia EW desenhada pela “Electrometals Technologies”. Eles dizem que “a tecnologia pode ser considerada como uma reposição completa ou parcial da tecnologia ‘Merrill Crowe’ e oferece várias vantagens no processamento de soluções de alto teor.”

Eles concluem que a célula cilíndrica EMEW EW, desenhada, desenvolvida e implementada pela Electrometals, “foi implementada com sucesso para a recuperação eletrolítica de uma variedade de metais básicos e preciosos. Notadamente, a eletro-extração da prata e ouro a partir de uma solução de cianeto foi implementada com sucesso em uma balança da planta e como resultado, milhões de onças-troy de prata (assim como algum ouro) são recuperadas a cada ano usando a tecnologia EMEW.

“A operação EMEW resulta em reduções substanciais em custos operacionais, ela produz um dourado mais limpo do metal precioso, e permite um colhimento automático do produto de prata.

“Em alguns casos, o processo EMEW pode ser visto como uma substituição do processo de cementação com zinco de ‘Merrill Crowe’, mas a experiência da planta tem demonstrado que algumas circunstâncias podem exigir tanto a implementação da eletro-extração como o processo ‘Merrill Crowe’ para operar de uma maneira complementar. A maior parte da recuperação de metais preciosos é feita eletroliticamente para produzir um custo baixo, uma concentração mais alta de metais preciosos e o processo ‘Merrill Crowe’ é usado para recuperar as quantidades residuais dos metais preciosos em solução e para atuar, quando necessário, como um segundo processo para aumentar o rendimento de todos os metais preciosos.


Planta de processamento da ‘IAMGOLD’ na mina Westwood em Quebec iniciada em Março.vInicialmente processando as reservas de minério da mina adjacente Mouska, em 2013, é esperado que a planta produza aproximadamente 140.000 onças de ouro, 60.000 onças da mina
Mouska de 30 anos de idade e aproximadamente 80.000 onças da nova mina de Westwood. A primeira vertente de ouro era esperada para o final de março. O Presidente e CEO, Steve Letwin, disse: “O mesmo time de engenharia interno, que construiu Essakane, agora completou
o desenvolvimento da mina de Westwood e a reforma da antiga planta Doyon para processar o minério de Westwood”

“Ainda que a implementação tenha sido um sucesso, ainda restam muitas oportunidades para o aperfeiçoamento e otimização do processo.  Estas incluem o monitoramento da voltagem das células individuais, aumentos nas densidades atuais e a determinação das constantes do circuito de primeira ordem que podem ser usadas para monitorar a performance de um circuito EMEW.

Em seu boletim, Permuta de íons como técnica de produção primária na hidrometalurgia, apresentado na Reunião Anual de SME em  Denver no mês de Fevereiro, D. R. Shaw, S. Arnold e J. D. Illescas da Fenix Hydromet, denotaram que “pressões crescentes sobre a aceitabilidade ambiental da lixiviação do cianeto força as companhias de mineração de ouro em observar reagentes de lixiviação alternativos mais amigáveis para o meio ambiente. O desenvolvimento da lixiviação de tiosulfato e a recuperação usando resinas de troca de ânions de base forte em um processo RIL (resina em lixiviação) foram testados no projeto ‘Homestake’ da ‘Barrick Gold’ em Nevada, Estados Unidos, e está avançando para a conversão da planta em escala total. Esta mudança de abordagem tem o  potencial de levar a uma mudança na abordagem da indústria com o aumento do uso da troca de íons sobre o carbono no mundo ocidental.

“O uso de carbono como absorvente para a recuperação de ouro tem predominado sobre o uso de resinas, especialmente nos países ocidentais. As resinas oferecem um número de características que apresentam vantagens sobre o carbono;

- Resinas podem ter a sua funcionalidade química modificada para obter ótima seletividade

- Resinas são menos susceptíveis a envenenamento por componentes orgânicos ou cálcio

- Resinas apresentam uma cinética mais rápida e capacidades de carga superiores

A eluição da resina pode ser obtida em temperatura ambiente e não requer regeneração térmica

- Resinas podem ser eficientemente operadas em altas porcentagens nos circuitos RIP, tão altas quanto 20-25% comparadas com concentrações de carbono mais típicas de 3-5%

- Resinas também oferecem o potencial para a recuperação do cianeto e outros complexos de cianeto do metal.

“Estas vantagens das resinas oferecem o potencial de melhora nas recuperações, menor área útil da planta, redução nos custos de capital e melhora dos resultados ambientais. As resinas, apesar de tudo, apresentam algumas desvantagens, e a principal é que as resinas têm um tamanho de grânulo físico máximo acima do qual a integridade mecânica do grânulo é comprometida.

Os grânulos da resina são, portanto, tipicamente menores do que o carbono, o que requer telas de menor abertura no circuito RIP, a conversão de carbono para resinas requer modificações no equipamento existente na planta.

O custo da resina é significativamente mais alto do que o carbono, no entanto, as resinas são mecanicamente mais robustas, sem cantos angulares a serem perdidos e assim, duram muito mais.”
 

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