Glencore e Sumitomo compram mina da Rio Tinto
A Glencore Xstrata e a Sumitomo compraram da Rio Tinto uma participação controladora na terceira maior mina de carvão
energético australiana. A aquisição é a mais recente iniciativa da
parte de tradings de commodities para garantir maior controle de cadeias
de abastecimento de recursos naturais.
As tradings de commodities estão se expandindo rapidamente a partir de seus negócios tradicionais "de intermediárias" de compra e venda de matérias-primas, em que as margens são extremamente estreitas, para a aquisição de ativos físicos.
Desde que a Glencore concluiu sua compra, por US$ 44 bilhões, da Xstrata, em maio, as tradings gastaram cerca de US$ 1 bilhão ao mês na compra de ativos das mãos de produtoras, segundo a consultoria Oliver Wyman. Elas abocanharam desde minas de zinco e carvão até unidades de esmagamento de soja e moinhos de trigo.
A Glencore e a Sumitomo disseram que concordaram em pagar pouco mais de US$ 1 bilhão por uma participação controladora de 50,1% na mina de carvão energético de Clermont, na região central do Estado de Queensland. Cada uma das empresas deterá uma participação de 25,05%, mas a Glencore vai operar a mina a céu aberto e, o que é decisivo, comercializar seu carvão.
Clermont produziu quase 9 milhões de toneladas de carvão energético, empregado na geração de energia elétrica, nos nove primeiros meses deste ano. Entre os demais acionistas da mina estão a Mitsubishi e a J-Power.
"Esse investimento sintetiza nosso foco em identificar ativos de alta qualidade que complementem nossas operações e nosso potencial de comercialização já existentes", disse Peter Freybeerg, diretor de carvão da Glencore.
Para a Rio Tinto, a venda de Clermont permite depreender que o grupo minerador anglo-australiano levantou mais de US$ 3 bilhões com a venda de ativos este ano, parte de seu esforço para racionalizar sua carteira e quitar dívidas.
A Rio Tinto também vendeu sua mina de cobre de Northparkes, na Austrália, e o projeto de níquel e cobre de Eagle, nos Estados Unidos. Mas tentativas de vender ativos de minério de ferro no Canadá estão em suspenso, enquanto a Rio Tinto decidiu também não vender sua divisão de diamantes e tirou parte de seus ativos de alumínio do mercado.
Analistas disseram que tudo indica que a Glencore pagou o preço cheio por sua participação em Clermont, mas isso pode ser justificado devido aos direitos de comercialização.
"Com base nos fundamentos econômicos, parece caro, mas as sinergias de comercialização vão aumentar a atratividade da operação", disse um deles. A Glencore é a maior trading mundial de carvão energético por via marítima, com uma participação de mercado estimada em mais de 30%, segundo analistas.
A crescente produção da Indonésia e o enfraquecimento da demanda da parte da China deprimiram os preços do carvão australiano, que caíram 15% este ano. As mineradoras reagiram pela diminuição dos custos e pelo fechamento de minas pouco lucrativas.
Mas, em seu recente dia do investidor em Londres, a Glencore se mostrou otimista sobre o carvão, dizendo que a sólida demanda por nova capacidade de geração de energia elétrica na Ásia puxará os preços para cima no médio prazo.
As tradings de commodities estão se expandindo rapidamente a partir de seus negócios tradicionais "de intermediárias" de compra e venda de matérias-primas, em que as margens são extremamente estreitas, para a aquisição de ativos físicos.
Desde que a Glencore concluiu sua compra, por US$ 44 bilhões, da Xstrata, em maio, as tradings gastaram cerca de US$ 1 bilhão ao mês na compra de ativos das mãos de produtoras, segundo a consultoria Oliver Wyman. Elas abocanharam desde minas de zinco e carvão até unidades de esmagamento de soja e moinhos de trigo.
A Glencore e a Sumitomo disseram que concordaram em pagar pouco mais de US$ 1 bilhão por uma participação controladora de 50,1% na mina de carvão energético de Clermont, na região central do Estado de Queensland. Cada uma das empresas deterá uma participação de 25,05%, mas a Glencore vai operar a mina a céu aberto e, o que é decisivo, comercializar seu carvão.
Clermont produziu quase 9 milhões de toneladas de carvão energético, empregado na geração de energia elétrica, nos nove primeiros meses deste ano. Entre os demais acionistas da mina estão a Mitsubishi e a J-Power.
"Esse investimento sintetiza nosso foco em identificar ativos de alta qualidade que complementem nossas operações e nosso potencial de comercialização já existentes", disse Peter Freybeerg, diretor de carvão da Glencore.
Para a Rio Tinto, a venda de Clermont permite depreender que o grupo minerador anglo-australiano levantou mais de US$ 3 bilhões com a venda de ativos este ano, parte de seu esforço para racionalizar sua carteira e quitar dívidas.
A Rio Tinto também vendeu sua mina de cobre de Northparkes, na Austrália, e o projeto de níquel e cobre de Eagle, nos Estados Unidos. Mas tentativas de vender ativos de minério de ferro no Canadá estão em suspenso, enquanto a Rio Tinto decidiu também não vender sua divisão de diamantes e tirou parte de seus ativos de alumínio do mercado.
Analistas disseram que tudo indica que a Glencore pagou o preço cheio por sua participação em Clermont, mas isso pode ser justificado devido aos direitos de comercialização.
"Com base nos fundamentos econômicos, parece caro, mas as sinergias de comercialização vão aumentar a atratividade da operação", disse um deles. A Glencore é a maior trading mundial de carvão energético por via marítima, com uma participação de mercado estimada em mais de 30%, segundo analistas.
A crescente produção da Indonésia e o enfraquecimento da demanda da parte da China deprimiram os preços do carvão australiano, que caíram 15% este ano. As mineradoras reagiram pela diminuição dos custos e pelo fechamento de minas pouco lucrativas.
Mas, em seu recente dia do investidor em Londres, a Glencore se mostrou otimista sobre o carvão, dizendo que a sólida demanda por nova capacidade de geração de energia elétrica na Ásia puxará os preços para cima no médio prazo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário