quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Parque Nacional da Chapada Diamantina


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Parque Nacional da Chapada Diamantina – no caminho para o Vale do Capão podemos ver o imponente Morrão.
A Chapada Diamantina, localizada na região central da Bahia, é um dos destinos de ecoturismo e turismo de aventura mais conhecidos do Brasil. Nos próximos posts vamos explorar um pouquinho desta região de serra e escarpas que abriga um dos mais fascinantes parques nacionais brasileiros. Os inúmeros canyons, cavernas, grutas, rios e cachoeiras da Chapada Diamantina revelam belezas cênicas surpreendentes e fazem da região um lugar maravilhoso para caminhadas e atividades outdoor.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985 e abrange uma área de 1.520 km2 incluindo áreas dos municípios de Andaraí, Ibicoara, Lençóis, Mucugê, Itaetê e Palmeiras. Ainda não há controle efetivo de visitação e o turista pode conhecer o parque a partir de diversas localidades sendo que Lençóis, cidade colonial localizada a cerca de 400 km de Salvador, é a principal porta de entrada. Outras cidades bem visitadas são Igatu, que chama a atenção pelas suas casas de pedra remanescentes da época do garimpo e o Vale do Capão com seu estilo de vida alternativo e belíssimas paisagens.
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Cachoeira do Buracão em Ibicoara – parte sul do parque
Entre as atividades praticadas no parque estão trekking, rapel, caminhadas, espeleologia, escaladas, mergulho e canyoning. São diferentes opções de trilhas para diversos gostos e diferentes níveis de preparo físico que podem durar horas, como a trilha de Lençóis até a cachoeira do Sossego, ou muitos dias, como a travessia do Vale do Paty. Paisagens exuberantes que incluem campos rupestres, caatingas, cerrados e mata atlântica brindam o turista com inúmeros vales, mirantes, rochedos, grutas, cavernas com fantásticas formações e incríveis poços azulados de águas translúcidas.
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Morrões de cima do Morro do Pai Inácio
Além dos atrativos naturais e da beleza cênica, a Chapada Diamantina possui um legado histórico e cultural muito interessante que remonta a um passado de garimpo tanto do ouro quanto do diamante. Foi durante o século XVII que a Chapada Diamantina começou a ser povoada por grandes fazendeiros portugueses e seus escravos que, tempos depois, fundaram comunidades quilombolas, algumas existentes até os dias de hoje. No início a economia era baseada na agropecuária, porém, a região ganhou destaque e começou a ser mais densamente povoada graças às jazidas de ouro descobertas na região sul. Nessa época, foi construída a Estrada Real para transportar o minério, que ligava a Chapada de Norte a Sul, de Jacobina a Rio de Contas e seguia até Minas Gerais. Com o declínio da produção do ouro, a exploração dos diamantes teve início em Mucugê e logo se expandiu para o norte e para o sul criando municípios como Rio de Contas, Andaraí, Lençóis e Igatu. Foi com essa expansão do garimpo de diamante que a região passou a ser conhecida como Chapada Diamantina. Em 1985, com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o garimpo manual e mecanizado do diamante foi proibido, dando início ao ciclo turístico na região.

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