A PROJEÇÃO DE UM SETOR
Principais projetos de mineração em curso no Brasil são de classe mundial
Um pouco menos concorridos, embora bem posicionados em termos de grandes investimentos, são os estados de Goiás (GO), Rio Grande do Norte (RN), Ceará (CE) e Mato Grosso (MT). Em Goiás, o ouro é a substância preponderante e os trabalhos concentram-se na pesquisa mineral, em estágios diversos, do menos ao mais avançado. No Rio Grande do Norte, a diversidade inclui desde novas minas de minério de ferro e ouro, comuns aos projetos nacionais, até os ainda pouco explorados tungstênio associado ao molibdênio e scheelita, todos já na fase de implantação.
No Ceará, o destaque são duas novas plantas de siderurgia, uma delas, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), já com licença prévia e de instalação e em obras de terraplanagem. No Mato Grosso, o minério de ouro é objeto da maioria dos projetos, ainda em prospecção e sondagem, sendo que dois deles – Mineração Caraíba e Yamana – foram finalizados neste ano.
Com número similar de grandes projetos em pesquisa, licenciamento ou implantação, estão o Maranhão (MA), Paraíba (PB), Sergipe (SE), Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Piauí (PI), Amapá (AP) e Amazonas (AM). No Rio de Janeiro e Espírito Santo, os novos empreendimentos dividem-se entre a área logística e a industrial com novas usinas siderúrgicas. Os estados com um único projeto de destaque são a Alagoas (AL), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC), enquanto Rondônia (RO) e São Paulo (SP) não possuem, atualmente, nenhum empreendimento de porte quer na área de extração, quer na de beneficiamento. Em Rondônia é importante lembrar que a região de Espigão do Oeste, mesmo sendo alvo de várias pesquisas minerais de cassiterita, não teve projetos para a lavra do minério oficializados até o momento.
Minérios e Mineradoras
O ouro e o minério de ferro, individualmente ou associados a subprodutos como vanádio, titânio e cobre, entre outros, são as substâncias mais contempladas nos projetos atualmente desenvolvidos no Brasil. O fosfato, o cobre e o potássio são a segunda opção de empresas e investidores, seguidos de níquel, bauxita, calcário, zinco e terras raras. Em menor número, há ainda projetos voltados à mineração de urânio, quartzo, diamante, chumbo, fluorita, platina/paládio, sílica, carnalita, silvinita, carvão, cal siderúrgica e, como já foi dito acima, tugstênio/molibdênio e scheelita.
No conjunto, a maioria dos projetos é de implantação de minas com usinas integradas, sendo poucos os de ampliação e reativação. Entre os projetos em implantação, cerca de 40% estão sendo realizados enquanto os 60% restantes encontram-se em fase de estudo, exploração mineral ou obtenção da licença prévia ou de instalação.
Na tabela a seguir, os empreendimentos de destaque pelo valor do investimento, infraestrutura e capacidade de produção.
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