Bahia tem a maior mina de diamantes do Brasil
A maior mina de diamantes do
Brasil foi encontrada no último dia 19 de abril no pequeno Município de
Nordestina, na Bahia. A Agência CNM conversou na manhã desta
terça-feira, 23, com o prefeito Wilson Araújo Matos, que fala das
expectativas de crescimento local após essa recente descoberta.
Desde 2008, a empresa Lipari
Mineração (de origem canadense) iniciou pesquisas em Nordestina, mais
especificamente na mina nomeada de Braúna. “Com a descoberta, a produção
de diamantes no Brasil vai aumentar 495%.”, conta o prefeito. Só no
primeiro, dos 22 lotes, a Lipari vai investir R$ 100 milhões para
produzir 225 mil quilates por ano.
A mina Braúna fica em terras
particulares e a empresa pagará pela exploração. A previsão é de sete
anos de trabalhos na mina. Isso fará de Nordestina o maior produtor de
diamantes brutos da América do Sul. A produção deve começar em 2015.
Licença, arrecadação e investimentos
Nordestina se localiza no
semiárido da Bahia, a 359 Km da capital, Salvador. A população local é
de 12,5 mil habitantes. De acordo com o prefeito, os recursos naturais
não devem ser prejudicados. “Eles têm licença. Não vão agredir o meio
ambiente e nem usar produtos químicos, só água. E eles já fizeram uma
tubulação”, explica Wilson.
Por causa dos diamantes,
Nordestina deve arrecadar R$ 5 milhões por ano de royalties mineral.
“Ainda serão criados no mínimo 500 empregos diretos. Fora a arrecadação
do Imposto Sobre Serviços, entre outros”, diz o gestor.
Além do aumento de receita,
Nordestina deve ganhar em infraestrutura. “A empresa prometeu melhorar
as estradas vicinais. E os empresários se prontificaram a melhorar o
local”. Para o transporte da nova riqueza, a Lipari Mineração deve
construir um aeroporto na cidade.
Os investimentos em
infraestrutura são importantes, porque a descoberta deve atrair novos
moradores. “Não tenho dúvida de que vai inflacionar tudo.” Wilson Araújo
Matos conta que, com os novos recursos, vai potencializar a Educação, a
Saúde e o Saneamento em Nordestina, que também produz ouro.
A economia local era baseada na agricultura, agora é na mineração.
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