quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mineração no fundo oceânico e conservação ambiental podem coexistir?

Mineração no fundo oceânico e conservação ambiental podem coexistir?
Mais do que nunca se fala em vents hidrotermais e lamas metalíferas de alto teor de cobre, ouro, níquel,  zinco, manganês e outros metais. Grandes projetos já estão em andamento como o da Nautilus Minerals,  noticiado no Portal do Geólogo em outubro.

Alguns jazimentos minerais têm alto teor e baixíssimo custo operacional o que implica em elevados lucros: o sonho dos empreendedores. A consequência é uma nova corrida mineral que visa à descoberta e a lavra do fundo do mar e seus minérios.
As bases deste mundo novo ainda  estão sendo definidas. De um lado os mineradores prontos para iniciar as pesquisas e lavras, do outro lado do espectro os legisladores que tentam normatizar a lavra do fundo do mar, os ambientalistas que querem preservar os oceanos evitando que o fundo do mar possa ser lavrado e o Homem, o consumidor final, que poderá receber produtos de alta qualidade mais baratos e acessíveis. Conseguir o equilíbrio em uma equação complexa como essa não será fácil.
  No caso da lavra em fundo oceânico existe um agravante que é a localização desses depósitos em águas internacionais, consequentemente sujeitos a legislação própria ainda não totalmente acabada, sob responsabilidade da ISA (International Seabed Authority) que foi criada pela ONU em 1982 e que se preparou para a lavra dos nódulos de manganês o que se tornou inviável na economia atual.
No momento, a mineração está andando mais rapidamente do que a legislação e já existem dezenas de operações em andamento. Esta situação coloca em cheque a ISA que deve produzir leis e dispositivos que preservem ao mesmo tempo em que permitam a lavra inteligente desses depósitos.
Essa é a situação onde nos encontramos. Deixar de lado as riquezas do fundo do mar é penalizar toda a população do planeta. Por outro lado, poluir os oceanos e matar a fauna e flora marinha é inaceitável e deve ser evitado a todo o custo.
A solução deste impasse virá do conhecimento. É preciso entender para preservar. Enquanto o fundo oceânico for tratado pela ISA como a superfície terrestre e os novos jazimentos metálicos, associados aos vulcanismos recentes, como nódulos de manganês é pouco provável que veremos soluções duradouras. 


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