quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Um novo gold rush na África do Sul cria, também, uma corrida imobiliária

Um novo gold rush na África do Sul cria, também, uma corrida imobiliária

Por Pedro Jacobi  
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Durante séculos os rejeitos das profundas minas de ouro do Witwatersrand se acumularam nas proximidades de Johannesburg e Pretória, ao longo de quilômetros quadrados de áreas perdidas,  nas margens da bacia sedimentar do Wits. O acúmulo de rejeitos passou a ser uma herança maldita desde a descoberta dos imensos jazimentos de ouro do Witwatersrand, que causou uma das maiores corridas de ouro do mundo, em 1886.
No entanto a visão de uns e a tecnologia de outros está mudando a economia do lugar.
Esses rejeitos contêm quantidades econômicas de ouro que são o resultado da lavra de minérios de alto teor em épocas de menor tecnologia e recuperações mais baixas.
A cidade literalmente envolveu esses tailings e o que se vê é um risco aos milhões de habitantes das redondezas.
Pois bem, hoje, com os avanços tecnológicos, milhões de toneladas de rejeitos, antes um risco, começam a ser tratados e o seu ouro contido recuperado. O processo de recuperação dos rejeitos não só recupera o ouro, mas, também, o meio ambiente, a paisagem e alimenta a mais nova corrida imobiliária da região. Áreas antes ocupadas pelas pilhas de rejeito voltam a ser ocupadas por projetos imobiliários que fazem um novo boom econômico em Johannesburg ao mesmo tempo em que injetam significativas somas nos cofres das mineradoras de ouro do Witwatersrand.
Em alguns casos como em Mogale, os rejeitos ainda tem uma concentração de urânio que deverá ser tratada antes que a área seja entregue à população.
Estima-se que mais de 40% de todo o ouro ainda contido nos rejeitos serão recuperados independente da granulometria.
É a mais nova corrida de ouro da África do Sul e uma interessante lição aos mineradores do mundo todo.

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