segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Vale passa a controlar nova tecnologia de ferro gusa

Vale passa a controlar nova tecnologia de ferro gusa 
Alguns anos atrás uma empresa chamada Tecnored desenvolveu um processo de produção de ferro gusa altamente inovador. Tratava-se do processo Tecnored que usava um forno menor com mais baixa temperatura e, o que é muito importante, poderia queimar não só o coque, mas carvão vegetal, finos de carvão, biomassa e até resíduos de pneus. O forno Tecnored era tudo que os produtores de gusa do Brasil queriam ter. Custos muito inferiores, um tempo de permanência 12 vezes menor e flexibilidade, muita flexibilidade. O forno ficou em operação por algum tempo para que os interessados pudessem estudar e encomendar.
No entanto, assim que viu a chegada de uma séria concorrência, onde os guseiros iriam produzir um gusa muito mais barato a Vale entrou no negócio e comprou 37% da Tecnored em 2009.
A partir desse momento a Tecnored/Vale parou de vender o forno para os interessados e a possível competição nunca chegou a ocorrer. Com isso a produção de gusa no Brasil involuiu décadas até chegar no ponto onde, praticamente todos os  guseiros de Marabá e Açailândia simplesmente quebraram. Será que com o Tecnored eles teriam uma chance? Possivelmente!
Finalmente, hoje o CADE aprovou a tomada do controle da Tecnored pela Vale que irá comprar 31,79% do capital social detidos pelo BNDES.
Talvez agora a Vale possa produzir gusa em maiores quantidades, para exportação, como sugerido, várias vezes, pelo Portal do Geólogo. Pelo menos, já que ela não libera a compra dos fornos para os guseiros brasileiros, ela poderá maximizar as suas exportações, que são, na maioria, de minério sem nenhum valor agregado...

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