sexta-feira, 7 de março de 2014

mudanças chinesas irão afetar a mineração

mudanças chinesas irão afetar a mineração
As reformas prometidas pelo Governo Chinês serão intensas, verdadeiras guerras, como os combates contra a pobreza e contra a poluição. Isso é o que o Premier Li Keqiang está prometendo e, como não poderia deixar de ocorrer, fazendo.
No seu primeiro ano de governo Li estabeleceu que o crescimento da China será de 7,5%. Por trás dessa decisão existe um planejamento e grandes implicações econômicas. Com essa estratégia ele pensa manter um equilíbrio no mercado enquanto acelera a reestruturação econômica e as reformas que o país deve enfrentar.
A palavra da ordem, portanto, é: desenvolvimento econômico.
Com o desenvolvimento milhões de chineses irão cruzar a linha da pobreza passando a consumir os produtos  locais, fortalecendo a economia interna. Este é um dos principais objetivos do governo, pois é através do fortalecimento da demanda doméstica que serão lançadas as bases do desenvolvimento chinês da década.
Em 2014 alguns alvos deverão ser atingidos:

-uma expansão nos investimentos em ativos fixos de 17,5%
-aumentar o peso dos serviços nas áreas  de saúde, turismo, cultura e suporte geriátrico que tem potencial de crescer e acelerar a economia.
-manter a inflação abaixo de 3,5%
-criar 10 milhões de novos empregos
-reduzir a taxa de desemprego para menos de 4,6%
-fazer uma reforma cambial abrindo novas oportunidades para investimentos estrangeiros
-fazer com que a renda per capita do povo cresça na mesma proporção do crescimento do PIB

Todos esses são pontos positivos que irão fomentar o desenvolvimento da China que para crescer continuará a depender da importação de commodities como o minério de ferro, o cobre e os metais básicos. São boas notícias para os mineradores. O que se espera dessas políticas é que haja uma manutenção dos preços das commodities em 2014.
Os objetivos de Li são nobres, mas o Governo terá que enfrentar grandes desafios para ter sucesso nesta empreitada, como o débito do governo, supercapacidade de algumas indústrias como a do aço, uma falta de novos objetivos econômicos e a eterna poluição que ameaça o desenvolvimento da China como um todo.
O que pode, e possivelmente, vai dar errado é o combate à poluição. A poluição está diretamente ligada ao crescimento da China. Manter ou reduzir as taxas de poluição sem reduzir o crescimento econômico é uma mágica que, possivelmente, o Governo Chinês não vai conseguir produzir.
Essas mudanças são estruturais e só irão ocorrer após a implantação de novas plantas, mais eficientes e menos poluidoras, o que vai levar décadas... Até lá as indústrias continuarão poluindo o ar chinês até que uma reforma mais drástica venha a ocorrer o que pode acabar com o crescimento e com os planos do governo.
Os preços do minério de ferro, por exemplo, caíram ao menor patamar desde 2013, graças a uma menor importação das siderúrgicas, pois essas estão sendo paralisadas graças à poluição.
É um “catch 22” ou no jargão tupiniquim se ficar o bicho come e se correr o bicho pega.

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