segunda-feira, 3 de março de 2014

Zimbabwe: o triste fim da produção de diamantes

Zimbabwe: o triste fim da produção de diamantes
Os depósitos aluviais de Zimbabwe já foram responsáveis por uma grande produção de diamantes o que colocou o país entre os 10 maiores produtores de diamantes do mundo.
No entanto as coisas mudaram e os aluviões estão praticamente exauridos. As porções mais ricas e maiores já foram lavradas e repassadas em garimpos de baixíssima qualidade.
Restam, agora, somente os kimberlitos, a fonte primária dos diamantes. A lavra e descoberta de kimberlitos, entretanto, é coisa para profissional. Somente empresas com uma equipe de geólogos altamente especializados, tem capacidade de fazer um programa de exploração mineral bem sucedido para diamantes primários. Essas empresas, como a Rio Tinto, já não estão mais prospectando em Zimbabwe.
É o fim da fase do garimpo.
A garimpagem em Zimbabwe atraiu milhares e foi permitida pelo Governo que abocanhava 50% dos lucros das operações. Hoje em dia, com a exaustão dos aluviões, milhares estão sendo desempregados e o Governo está perdendo talvez a sua principal fonte de renda. Os poucos garimpeiros de aluviões reclamam que estão chegando ao ponto de empate com lucros marginais.
Os campos de Marange, uma das maiores ocorrências de diamantes de Zimbabwe, foram rapidamente exauridos com lavras predatórias que desrespeitavam o minerador e o meio ambiente. Em Marange o conglomerado que hospeda o diamante (foto abaixo), foi lavrado a céu aberto e, posteriormente, em lavras subterrâneas. No entanto, devido aos elevados custos, baixa tecnologia, erraticidade na distribuição e baixo preço dos diamantes a tendência é que as minas de Marange, que um dia produziram mais de 20% da produção mundial, sejam fechadas. Um triste fim para uma história que gerou bilhões e pouco ou nada deixou para a população local.

Marange diamante

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