sábado, 26 de abril de 2014

AMETISTA

Uma das pedras preciosas mais conhecidas e apreciadas, a ametista é uma variedade de quartzo de cor roxa, devida à presença de ferro como impureza. Essa cor varia de um roxo bem claro até o bem escuro, e quanto mais escura a cor mais valiosa é a ametista. Exposta ao Sol por tempo prolongado, o colorido da ametista enfraquece.

Geodo de ametista com 35 cm de altura, serrado ao meio.
Acervo do Museu de Geologia. (Foto: P. M. Branco)
Aquecida a uma temperatura adequada, em torno de 475 ºC, esta gema adquire cor amarela ou alaranjada, excepcionalmente vermelha, transformando-se, assim, em citrino, outra pedra preciosa muito apreciada (ver fotos ao lado e abaixo). O citrino, porém, pode ser encontrado também na natureza e deve-se alertar que, seja natural ou produto de tratamento térmico da ametista, seu preço de mercado é o mesmo.




A ametista é em geral transparente, às vezes semitransparente, com brilho vítreo. Não tem clivagem, o que facilita sua lapidação.
Ocorre em cavidades de rochas vulcânicas e em pegmatitos. Seu maior produtor mundial é o Brasil (Rio Grande do Sul e Bahia, principalmente), seguindo-se Rússia (Sibéria), Sri Lanka, Índia, Madagascar, Uruguai, Paraguai e México.
Os geodos com cristais de ametista extraídos no norte do Rio Grande do Sul podem atingir 2 m de comprimento, e já se encontrou um medindo 10 x 5 x 3 m, com 35 t. No Museu Britânico, há um cristal com cerca de 250 kg. Na coleção particular de Dom Pedro II, Imperador do Brasil, havia um cristal de 80 x 30 cm procedente do Rio Grande do Sul.

Cristais de ametista desenvolvidos sobre cristal de calcita.
Coleção Pércio M. Branco (Foto P. M. Branco)


Ametista Parque Museu, em Ametista do Sul (RS).
(Foto: P. M. Branco)

Ametistas sintéticas de ótima qualidade vêm sendo produzidas na Rússia, por processo hidrotermal e já são abundantes no mercado internacional.
Na lapidação, recomenda-se os estilos cabuchão, pêra ou brilhante.

Em Ametista do Sul, município responsável pela maior parte da ametista gaúcha, há um interessante museu, o Ametista Parque Museu, que, além de exibir belas gemas e outros minerais da região, permite aos visitantes entrar em galerias que foram abertas para extração daquela gema, e vê-la ainda na rocha, exatamente como ocorre na natureza.

Pirâmide na praça principal de Ametista do Sul.
(Foto: P.M. Branco)


Jóia com ametista, circundada por ametistas marteladas, (prontas para lapidar). Fonte: Brasil Paraíso das Pedras Preciosas, de Jules Sauer

Geodos de ametista com 2 m de altura, no Ametista Parque Museu

Pórtico interno do Ametista Parque Museu que leva às galerias onde houve extração de ametista

A igreja da cidade está sendo revestida internamente de ametista e no centro da praça principal, há uma grande pirâmide de vidro de cor roxa, cuja base, de alvenaria, é também parcialmente revestida por essa gema internamente.
O nome da ametista tem uma origem curiosa. Amethystos, em grego, significa não ébrio, porque se acreditava, na Idade Média, que a bebida alcoólica servida em cálice feito com essa gema não provocava embriaguez. Ametisto é forma mais correta, mas não é usada.

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