sábado, 12 de abril de 2014

anakil, o potássio que irá alimentar milhões

Danakil, o potássio que irá alimentar milhões
Danakil, uma depressão no meio da Etiópia, um dos países mais pobres do mundo, hospeda o jazimento de potássio de Dallol, que irá matar a fome de milhões de africanos. A Depressão Danakil é considerada o lugar mais quente do planeta e onde arqueólogos encontraram os fósseis de hominídeo e a famosa Lucy, de 3,2 milhões de anos. Pois é nesse lugar especial, cheio de lagos vulcânicos salgados, um dos pontos mais profundos da superfície, que a mineradora Allana Potash vai lavrar o potássio que irá salvar milhões (foto). A mineração de sal em Danakil data de milhares de anos e ainda é feita pelo povo Afari.
O mineral a ser lavrado é a silvinita, ( cloreto de potássio) um dos mais importantes fertilizantes, fundamental para aumentar a produção e o desenvolvimento das plantações. A mina deverá suprir 1 milhão de toneladas de silvinita por ano que será distribuída para a Etiópia e para o resto da África, por 25 anos. Os recursos de Danakil são de 100 milhões de toneladas com 40% de KCL.
O processo a ser utilizado para a lavra é engenhoso e usa o aquecimento solar, natural em Danakil, para a evaporação de solução salina. O método reduz o Capex em mais de 50% para $642 milhões ao invés de bilhões de dólares como nas minas convencionais. O custo operacional total, no porto será de US$98,75/t  o que é menos do que ¼ do preço do potássio de US$430/t. Essa situação favorável propicia um NPV10% de US$1,32 bilhões para o projeto.
A mina será controlada pela Allana e pela israelense ICL a sexta maior produtora de potássio do mundo que opera minas em Israel, Espanha e Grã Bretanha.
A produção de Danakil deve começar em 2017 e vem de encontro com os objetivos da ONU de mitigar a fome no continente africano.

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