sexta-feira, 18 de abril de 2014

As turmalinas

As turmalinas, assim como as granadas, são um grupo de gemas que compreende várias espécies, e não uma única espécie com diversas variedades, como é o caso do quartzo.
O nome vem do cingalês turmali, nome dados às gemas que provinham do Ceilão (hoje Sri Lanka).
Entre as características mais marcantes dessas gemas está sem dúvida a grande variedade de cores que apresentam e a grande freqüência com que se vêem duas ou mais cores em um mesmo cristal. O quartzo é também rico em cores, mas normalmente cada gema tem uma só delas.
Os cristais colunares e prismáticas das turmalinas podem ter cores diferentes nas duas extremidades e ainda uma terceira cor no centro. Ou podem ter uma cor na parte externa e outras internamente, distribuídas de modo concêntrico.

Este é o caso da gema popularmente conhecida como turmalina melancia, que é verde externamente e vermelha ou rosa no centro.
Das várias espécies que compõem esse grupo, as mais conhecidas são a schorlita, de cor preta, e a elbaíta. A schorlita é a mais comum de todas, mas não costuma ser lapidada. Já a elbaíta possui a maioria das variedades gemológicas, que recebem nomes de acordo com sua cor: a rubelita é rosa (do lat. rubellus = avermelhado); a verdelita é verde; a indicolita tem cor azul (do grego indikós = índigo) e a acroíta, é incolor (do gr. a = privado + khroma = cor).
As turmalinas com duas cores são chamadas genericamente de turmalinas bicolores.
Das variedades citadas, a rubelita é a mais valiosa, embora costume conter muitas fraturas.

Mas, valiosa mesmo é a variedade conhecida comercialmente como turmalina Paraíba, descoberta em 1989, no estado que lhe dá o nome. Tem uma rara cor azul, classificada ora como azul néon, ora como azul elétrico ou ainda azul fluorescente.
Os cristais de turmalina costumam ter faces curvas e bem estriadas segundo o maior comprimento. Essa morfologia é muito típica do grupo e muito útil na identificação dos cristais no estado bruto. Mas, pode haver turmalinas também com faces planas e sem estrias.
Em 1978, em Minas Gerais, o garimpeiro Jonas de Souza Lima encontrou quatro agregados cristalinos com rubelitas fantásticas. Um, que ele chamou de Flor-de-Lis, tinha 50 kg; outro, o Tarugo, tinha 80 kg; um terceiro, o Foguete, pesou 120 kg e a Joninha, 320 kg.
Os maiores produtores de turmalinas são o Brasil, Namíbia e Estados Unidos.

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