segunda-feira, 14 de abril de 2014

Colecionadores disputam em leilão diamante negro de 179 quilates

Da cor do desejo

Colecionadores disputam em leilão
diamante negro de 179 quilates

 
AFP
O Vulc�o: lance m�nimo de 1,2 milh�o de d�lares
O mundo fechado dos colecionadores de diamantes está todo agitado. Uma preciosidade do tamanho de um ovo, cor de Coca-Cola e 35 gramas de peso vai a leilão na cidade francesa de Saint-Amand-Montrond. É um diamante negro de 179 quilates, o maior do gênero comercializado neste ano. Perdeu metade do tamanho original na lapidação até adquirir faces perfeitas, que refletem ao máximo a cor, a transparência e o brilho. A pedra recebeu o nome de Vulcão por exibir em seu interior formações de grafite cristalizado de tom âmbar, que lembram as lavas de uma erupção. O leilão começa com lance mínimo de 1,2 milhão de dólares. Para efeito de comparação, é mais de seis vezes o valor da peça mais cara à venda na filial paulista da joalheria nova-iorquina Tiffany – um colar de platina ornamentado com 63e o brilho. A pedra recebeu o nome de Vulcão por exibir em seu interior formações de grafite cristalizado de tom âmbar, que lembram as lavas de uma erupção. O leilão começa com lance mínimo de 1,2 milhão de dólares. Para efeito de comparação, é mais de seis vezes o valor da peça mais cara à venda na filial paulista da joalheria nova-iorquina Tiffany – um colar de platina ornamentado com 638 diamantes e 30,40 quilates de peso, avaliado em 519.000 reais. O Vulcão alimenta a onda dos diamantes negros. Há um ano, um comprador anônimo pagou 1,7 milhão de dólares por uma pedra dessa cor, com 498 quilates de peso. Um quilate equivale a 0,2 grama. O peso é apenas um dos fatores levados em conta para estipular o preço de mercado de um diamante. Outras características, como a lapidação da pedra original, o grau de pureza, a tonalidade uniforme e a ausência de imperfeições em seu interior, são fundamentais para elevar ou derrubar sua cotação.
 
Divulgação

O colar da Tiffany: poder e beleza
Os valores elevados fazem parte da aura de riqueza, poder e perfeição que sempre cercou os diamantes. Com 3 bilhões de anos, o diamante é a matéria mais velha e também a mais dura que existe – só pode ser riscado por outro diamante. Ao contrário do que se imagina, há relativa fartura de gemas: as minas espalhadas pelo mundo produzem 800 milhões de diamantes por ano. Uma parte é usada para fins industriais, como sondas de perfuração de petróleo e pontas de bisturis cirúrgicos, e o restante segue para lapidação. No total, os diamantes movimentam 50 bilhões de dólares por ano e são, de longe, as pedras preciosas mais procuradas. Quando reúnem numa mesma peça características raras, seu destino em geral é a admiração solitária de colecionadores anônimos, milionários e apaixonados. É o que deve acontecer com o Vulcão. Pedras portentosas como a desfilada pela modelo somali Iman um mês atrás, no Festival de Cannes, hoje em dia só viram jóias para efeito publicitário. Contratada como garota-propaganda da mineradora sul-africana De Beers e do conglomerado LVMH, Iman ostentou um diamante de 203 quilates – o maior já pendurado num pescoço.

O brilho das pedras
A qualidade de um diamante é determinada por um conjunto de quatro fatores
Lapidação O corte em proporções geométricas corretas reflete melhor a luz e realça o brilho do diamante. O brilhante, um corte redondo com 57 facetas, é o mais comum
Pureza Avalia as imperfeições, chamadas de inclusões, encontradas no interior de um diamante. Quanto menor o número, mais pura é a pedra
Cor Os diamantes brancos são os mais comuns; quanto mais translúcidos, mais valem. No caso dos coloridos, a tonalidade forte é fator de valorização
Peso A medida usada é o quilate, equivalente a 0,2 grama. Pedras grandes são raras e caras, mas perdem valor se não tiverem brilho, pureza ou lapidação adequada

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