sábado, 26 de abril de 2014

DEPÓSITOS DE ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA (GO)

DEPÓSITOS DE ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA (GO)

A análise microscópica e mesoscópica das deformações que afetaram a Seqüência Santa Terezinha permitiu identificar cinco tipos de corpos mineralizados em esmeraldas: a. minério dobrado de modo complexo, formado pela substituição de rochas afetadas pelas deformações Dn+2, Dn+ 3 e Dn+4; b. minério plano horizontalizado, afetado pelas deformações Dn+3 e Dn+4; c. minério plano verticalizado, que preenche falhas tensionais e anti-Riedel da deformação Dn+4; d. minério em "charutos" e "canoas", formadas nas regiões de dianteiras das dobras Fn+2; e. minério estratirforme, formado pela substituição de níveis litológicos propícios ao hidrotennalismo a partir de falhas. Foram caracterizados mineralogica e qüimicamente dois tipos de minério: o carbonatado (minério rico) e a clorita biotita (minério pobre), e nove tipos diferentes de zonas hidrotermais. O balanço de massa do hidrotennalismo permitiu deduzir que este se desenvolveu em duas etapas: a. percolação das zonas de cisalhamento por águas quentes, ricas em CO2. Nesta fase, os talco xistos foram carbonatados e lixiviados. Suas encaixantes recebem parte das substâncias lixiviadas dos talco xistos e são lixiviadas em F e K2O; e b. o sistema é invadido por um refluxo de águas meteóricas às quais se soma um fluido, provavelmente de derivação granítica, rico em Be e F, talvez também com K2O, S, Na2O e SiO2. Nesta fase, o talco-xisto carbonatado é mineralizado em esmeraldas, forma-se um capeamento de biotita em torno do talco xisto carbonatado, e formam-se as zonas hidrotermais, constituindo o depósito como é atualmente.

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