DEPÓSITOS DE ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA (GO)
A análise microscópica e mesoscópica das deformações que
afetaram a Seqüência Santa Terezinha permitiu identificar cinco tipos de
corpos mineralizados em esmeraldas: a. minério dobrado de modo
complexo, formado pela substituição de rochas afetadas pelas deformações
Dn+2, Dn+ 3 e Dn+4; b. minério plano horizontalizado, afetado pelas
deformações Dn+3 e Dn+4; c. minério plano verticalizado, que preenche
falhas tensionais e anti-Riedel da deformação Dn+4; d. minério em
"charutos" e "canoas", formadas nas regiões de dianteiras das dobras
Fn+2; e. minério estratirforme, formado pela substituição de níveis
litológicos propícios ao hidrotennalismo a partir de falhas. Foram
caracterizados mineralogica e qüimicamente dois tipos de minério: o
carbonatado (minério rico) e a clorita biotita (minério pobre), e nove
tipos diferentes de zonas hidrotermais. O balanço de massa do
hidrotennalismo permitiu deduzir que este se desenvolveu em duas etapas:
a. percolação das zonas de cisalhamento por águas quentes, ricas em
CO2. Nesta fase, os talco xistos foram carbonatados e lixiviados. Suas
encaixantes recebem parte das substâncias lixiviadas dos talco xistos e
são lixiviadas em F e K2O; e b. o sistema é invadido por um refluxo de
águas meteóricas às quais se soma um fluido, provavelmente de derivação
granítica, rico em Be e F, talvez também com K2O, S, Na2O e SiO2. Nesta
fase, o talco-xisto carbonatado é mineralizado em esmeraldas, forma-se
um capeamento de biotita em torno do talco xisto carbonatado, e
formam-se as zonas hidrotermais, constituindo o depósito como é
atualmente.
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