OPINIÃO DE PRIMEIRA: OURO, DIAMANTE, MINÉRIOS: SAI DE TUDO NO GARIMPO ILEGAL
Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão modificar decisão do governo sobre a transposição
De vez em quando o tema volta ao
noticiário, em função de operações específicas da Força Nacional de
Segurança, da Polícia Federal, do Ibama ou até de todos juntos. A
garimpagem ilegal campeia em toda a Amazônia, sem controle, sem que a
União defina regras claras e sem que nossa região, Rondônia
especificamente e o próprio país, recebam um só centavo de impostos de
nossas riquezas que são levadas todos os dias para fora do país. Ouro,
diamante, estanho e até nióbio, um metal utilizado em computadores e
raro no mundo, são contrabandeados. Na Reserva Roosevelt, dos índios
Cinta Larga, os caciques se acertaram com garimpeiros ilegais. Alguns
andam com carrões e celulares com GPS, enquanto a maioria da tribo vive
em condições de penúria. Os contrabandistas enchem o bolso com
diamantes, entre os de melhor qualidade do mundo, fazem fortuna ao levar
nossos minérios embora e nós, brasileiros, que recebemos da natureza
tanta riqueza, ficamos a ver navios. Em Roosevelt, de vez em quando se
ouve falar sobre fechamento de garimpos ilegais dentro da reserva. Não
há prisões, os atravessadores nunca aparecem e nem os chefões que
comandam tudo. Quando índios e garimpeiros não se entendem, ocorrem
tragédias como a de abril de 2004, quando 29 deles foram massacrados em
Roosevelt.
Qualquer país que não vivesse no mundo
dos sonhos, se tivesse as riquezas que temos, já teria criado leis de
controle da produção, com exploração de órgãos oficiais, com cobrança de
impostos e um percentual significativo para os índios, donos das
terras, pelo menos no caso de Roosevelt. Mas isso não acontece,
principalmente por pressões internacionais. Então, lapidam as riquezas
que a terra nos dá e nosso governo só discursa. Quando for tomar alguma
atitude, não haverá mais diamantes em Roosevelt.
NOSSA EDUCAÇÃO
A Escola de Ensino Fundamental Ruth
Rocha, de Ji-Paraná, fez bonito na avaliação do Inep, feita em nível
nacional. Foi considerada a melhor escola de Rondônia em termos de
qualidade de ensino, com uma nota de 6,4, na escala que vai até dez. De
Ji-Paraná, mais dois educandários se destacaram. Da Capital, a única
escola que fez por merecer constar entre as melhores de Rondônia, foi o
Colégio Tiradentes, pertencente à Polícia Militar. Na média nacional,
estamos com a nota 4,7. Na região norte, a média foi de 4,2 e no país
inteiro, nota 5. Estamos, portanto, ainda muito longe do ideal.
PESQUISA
Está no forno e será divulgada nesta
próxima semana, a primeira pesquisa realmente confiável sobre a sucessão
municipal em Porto Velho. Ela dará o retrato do momento e apontará se
há, nestas alturas do campeonato, algum dos nomes que se
destaquem.Várias pesquisas feitas pelos partidos são fajutas, porque
sempre agradam quem as contrata Mas quando vem do Ibope, pode até ter
erros, mas não números a serviço desse ou daquele.
E A BARBÁRIE?
Tem uma pergunta que não quer calar:
porque as Comissões e representantes dos direitos humanos se calaram
sobre a barbárie de três criminosos brasileiros queimados vivos na
Bolívia? Não seria até correto os amigos do presidente Evo Morales – e
os há em profusão, entre esse pessoal dos direitos humanos – irem até
ele e protestar com toda a ênfase, exigindo punição dos que cometeram
uma violência como essa? Fosse no Brasil e o pessoal estaria ameaçando
ir até a ONU., porque aqui ganhar quem grita mais alto. Já na Bolívia,
ninguém dá bola para direitos de bandidos.
PAROU DE NOVO
Empacou de novo a obra do viaduto do
Roque, porque a Eletrobras Rondônia há semanas não emite uma simples
ordem de serviço para a empresa terceirizada realizar uma obra simples,
de transporte de fiação e colocação de postes. O projeto está pronto,
mas sem a ordem não há trabalho. Dezenas de operários estão parados,
esperando a ordem de comando para realizar o serviço que, se não feito,
paralisa toda a obra. Espera-se bom senso e rapidez da Eletrobras. Não
dá mais para perder tempo na construção dos viadutos em Porto Velho.
COMEÇA TERÇA
Mauro Nazif, Mário Português, Lindomar
Garçon, Fátima Cleide, Mariana Carvalho e o médico José Augusto são,
pelo menos até agora, os nomes mais ouvidos na disputa pela Prefeitura.
Não necessariamente nessa ordem, é claro. Mário Sérgio teve dificuldades
iniciais da campanha, mas ao que tudo indica agora engrenou e quer
chegar no segundo turno. Os partidos nanicos PSOL e PSTU só participam
para marcar posição. O momento mais quente da campanha começa nesta
terça-feira, dia 21, com o início do horário eleitoral gratuito no rádio
e TV.
DUAS DÉCADAS
Mais uma semana vai começar com quase
metade do funcionalismo federal parado ou protestando contra o governo.
Até policiais federais e policiais rodoviários fizeram manifestações por
melhores salários e condições de trabalho. Em cada categoria de
funcionários públicos da União, há queixas e protestos contra o governo.
Dilma Rousseff é quem está pagando a conta, mas a defasagem salarial de
grande parte dos servidores já vem há mais de 20 anos. Incluindo os
oito anos do governo Lula.
PERGUNTA
Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o
acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão
modificar decisão do governo sobre a transposição?
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