sexta-feira, 16 de maio de 2014

Água mais velha do mundo pode conter vida

Água mais velha do mundo pode conter vida

Colônia de Volvox - organismo unicelular em colônia (Imagem de Walker/Science Photo Library)
Colônia de Volvox – organismo unicelular (Imagem de Walker/Science Photo Library)
A imagem acima é apenas uma ilustração da forma básica da vida, que retrata um grande passo na evolução da vida na Terra em seus tempos mais remotos, seres unicelulares convivendo em colônias. Porque falamos disto neste Post? Porque ele é justamente sobre a vida e também sobre tempo, ou melhor, muito tempo atrás!
Neste dia 15 de maio, cientistas do Canadá e do Reino Unido encontraram a água mais velha do mundo! Isto mesmo, a água foi encontrada em rochas do escudo pré-cambriano do Canadá com idades de até 2,6 bilhões de anos e os estudiosos pretendem confirmar a existência de micro organismos! Análises confirmaram uma idade mínima para a água de 1,5bilhões de anos, mas segundo os cientistas pode ser muito mais velha. O grande achado ocorreu a 2,4km da superfície, em uma mina de ouro subterrânea na cidade de Timmins, norte da província de Ontario, no Canadá.
Fluídos podem penetrar na crosta terrestre e ficar presos de modo especial, como uma ‘cápsula do tempo’, onde podem preservar características do meio ambiente da época em que foram aprisionadas. Os cientistas afirmam que a água é rica em gases dissolvidos, como hidrogênio, metano e gases nobres – como hélio, neônio, argônio e xenônio. Na África do Sul houve uma descoberta semelhante em outra mina subterrânea a 2,8km de profundidade e também com vida, porém, apresentava apenas algumas dezenas de milhões de anos, muito mais nova do que a água anciã encontrada no Canadá. Descobertas similares, com grandes idades, também já haviam ocorrido, porém, sem presença de vida. De fato, a nova descoberta surpreendeu toda ciência e seus admiradores.
B. Sherwood Lollar et al. - Cientista coleta amostra de água mais antiga já conhecida - Timmins, Canadá.
Cientista coleta amostra de água mais antiga já conhecida – Timmins, Canadá.
Com a descoberta, estudiosos esperam obter maior conhecimento sobre a evolução da vida em ambientes tão inóspitos, pois o assunto realmente coloca uma ‘pulga atrás da orelha’ de cientistas já que a descoberta pode também contribuir muito para achados semelhantes na superfície de Marte ou de outros planetas, que apesar de hoje apresentarem um ambiente extremamente inadequado à vida que conhecemos, em algum lugar pode haver uma pequena surpresa, como a cápsula do tempo encontrada no Canadá.

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