quinta-feira, 1 de maio de 2014

Alinhamento de estrelas forma anel de diamante celeste


Alinhamento de estrelas forma anel de diamante celeste

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Encontro ocasional dá origem a anel de diamantes celeste
A nebulosa planetária Abell 33 está em um alinhamento preciso com uma estrela em primeiro plano, o que torna o conjunto extremamente parecido a um anel com um diamante. [Imagem: ESO]
Anel de diamante cósmico
Esta é a bela nebulosa planetária PN A66 33 - conhecida normalmente por Abell 33.
Formada quando uma estrela antiga lançou para o espaço as suas camadas externas, a bonita bolha azul resultante está, por mero acaso, alinhada com uma estrela que se encontra em primeiro plano.
Isto torna o conjunto extremamente parecido com um anel de diamante.
E esta joia cósmica é ainda mais rara por ser simétrica, aparecendo como um círculo quase perfeito no céu.
Abell 33 é uma nebulosa planetária extraordinariamente circular, situada a cerca de 2.500 anos-luz de distância da Terra.
O fato de ser perfeitamente redonda é bastante incomum neste tipo de objeto, já que geralmente existe alguma coisa que perturba a simetria e faz com que a nebulosa planetária apresente formas irregulares - por exemplo, o modo como a estrela gira, ou se a estrela central é uma componente de um sistema estelar duplo ou múltiplo.
A estrela muito brilhante situada primeiro plano, a meio caminho entre Abell 33 e a Terra, é a HD 83535, que aparece no local exato para formar a cena deslumbrante, um perfeito anel de brilhante celeste.
Como as estrelas morrem
A maioria das estrelas com massas da ordem da do nosso Sol terminará suas vidas sob a forma de anã branca - corpos quentes, pequenos e muito densos que vão apagando lentamente ao longo de bilhões de anos.
Antes desta fase final das suas vidas, as estrelas libertam para o espaço as suas atmosferas, criando nebulosas planetárias - nuvens de gás coloridas e luminosas que envolvem as pequenas relíquias estelares brilhantes.
O que resta da estrela progenitora de Abell 33, e que irá formar uma anã branca, pode ser vista, ligeiramente descentralizada no interior da nebulosa, como uma pequeníssima pérola branca.
Ela ainda é bastante brilhante - mais luminosa que o nosso Sol - e emite radiação ultravioleta suficiente para fazer com que a bolha de material expelido brilhe. Nesta imagem a estrela central parece ser dupla. Não se sabe se existe efetivamente alguma associação entre as duas ou se se trata apenas de mais um alinhamento ocasional.
Esta imagem foi obtida pelo instrumento FORS (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph), montado no VLT, do ESO, no Chile.

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