Empresas junior de mineração investem 20% a menos no Brasil em 2013
O efeito do novo Marco Regulatório da Mineração e da
paralisação das emissões de concessões de pesquisa mineral no Brasil se
faz sentir de uma forma cruel.
Os investimentos no setor estão em queda e devem diminuir, consideravelmente, em 2014.
As junior companies canadenses, empresas de médio a pequeno porte,
financiadas pela bolsa de Toronto, que são as maiores investidoras na
pesquisa mineral brasileira, estão se afastando do país e investiram no
ano passado 20% a menos do que em 2012.
A imagem mostra que mesmo em uma profunda crise e com toda a pressão de
uma política xenofóbica do MME, as junior canadenses (não estão
computadas as demais juniors como as australianas e europeias)
investiram no Brasil US$330 milhões de dólares em pesquisa mineral. Isso
corresponde a 34% de tudo o que foi investido na América Latina.
É sempre conveniente lembrar que esses investimentos são feitos a fundo
perdido, pois o risco é total. Trata-se, portanto de um megainvestimento
em pesquisa que fica muito evidenciado quando comparado aos US$105
milhões que a CPRM, o Serviço Geológico do Brasil, investiu nesses
últimos dez anos.
Esses números mostram de onde vem a esperança de um futuro melhor, com
novas minas em produção gerando riquezas e empregos: das empresas junior
da mineração.
Infelizmente a queda de 20% em 2013 será maior ainda em 2014.
Um bom número dessas empresas já paralisou os seus projetos e teve que
demitir seus funcionários. Esses números só serão contabilizados no ano
que vem, quando veremos o tamanho do estrago, que hoje apenas intuímos,
pelo número de desempregados do setor e pela quebra generalizada das
empresas de prestação de serviços.
Para efeito de comparação colocamos o quadro de investimentos em 2012
onde vemos que houve, também, uma redução no número de empresas e de
projetos no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário