Turismo subterrâneo
Minas de ametista e ágata são atração em Ametista do Sul, no norte do Estado
Município de 8 mil habitantes tem 107 minas licenciadas para a exploração das pedras
É possível passear dentro de uma antiga mina, onde estão expostas as pedras
Foto:
Marielise Ferreira / Agencia RBS
Uma trilha ecológica foi criada na cidade para que o turista possa conhecer um garimpo em atividade. Depois de um percurso pela mata de 320 metros à pé, é um mineiro que recebe o grupo e o leva para o local de trabalho na mina. Ali, os visitantes assistem à preparação dos explosivos e de uma explosão na mina, para encontrar as pedras.
Também está em galerias subterrâneas a parte mais interessante do passeio ao museu Parque das Pedras. Depois de ver 1,5 mil exemplares de pedras de várias partes do mundo, os visitantes são levados por um guia para uma galeria de 220 metros, de uma mina desativada. Entre os locais escavados estão expostas pedras e geodos, muitas de rara beleza.
No local, a temperatura que se mantém sempre em 17°C, seja inverno ou verão, propicia cenas inusitadas, de adegas montadas entre os nichos da galeria, onde o vinho produzido na região é envelhecido. O trajeto pela mina termina em uma loja, onde o visitante pode comprar artefatos feitos em pedras, como lembrancinhas de R$ 1 até peças valiosas de R$ 5 mil. No mesmo local, os jardins se estendem a um mirante com vista para o vale.
É também nas galerias de uma mina desativada que a Vinícola Ametista escolheu instalar suas adegas para envelhecimento do vinho. Depois de visitar a mina, é possível fazer degustação de vinhos e espumantes na loja anexa às galerias. No interior, vinhedos e propriedades rurais são outra opção de passeio.
Levar uma lembrancinha da cidade é fácil: dezenas de lojas vendem pedras, joias e adornos feitos com ametistas e ágatas. Um shopping instalado na entrada da cidade reúne artesãos e produtos com preços acessíveis.
Mais do que acessórios, há quem busque as pedras pelo poder curativo. Na praça central, uma pirâmide erigida em vidro tem as paredes revestidas com ametistas. Ali é possível sentar-se sob o ápice da pirâmide para energização. A Igreja São Gabriel também se transformou em ponto turístico. Ela teve parte das paredes internas revestida com ametistas. A obra ainda não está concluída, mas já são 40 toneladas de pedras tornando o prédio especial. Geodos são utilizados no altar, nos oratórios e até a pia batismal é um geodo gigante de pura ametista
Nenhum comentário:
Postar um comentário