apenas uma fração do que as junior companies canadenses investiram no Brasil somente em 2012
O diretor presidente da CPRM, Manoel Barretto, na
apresentação do balanço geral do Serviço Geológico do Brasil informou
que a entidade investiu, desde 2004, o equivalente a 105 milhões de
dólares no chamado PGB (Programa de Geologia do Brasil) cujo principal
objetivo é a retomada do ciclo de geração de jazidas minerais.
É louvável o esforço da CPRM em tentar fazer “a retomada do ciclo de geração de jazidas minerais”
com um investimento minimalista de US$104 milhões em dez anos. Mesmo
assim, não nos parece digno do serviço Geológico do Brasil, um órgão que
pleiteia ser o único gestor da pesquisa mineral no Brasil. Este
investimento, em dez anos não resultou, pelo se saiba, na descoberta de
nenhum jazimento mineral importante.
Na realidade este valor é insignificante quando comparado aos
investimentos feitos pelas junior companies no Brasil: as empresas que o
governo pretende erradicar com um código mineral xenófobo.
Para
ilustrar, vejamos o exemplo das junior companies canadenses que,
somente em 2012, investiram mais de 416 milhões de dólares no nosso país
Um Serviço Geológico da sexta maior economia do mundo, que tinha
neste mesmo ano de 2012 um efetivo de 1.544 profissionais, sendo que
destes, 779 eram de nível superior, não pode se regozijar de investir
meros US$105 milhões em um Programa de Geologia do Brasil em uma década.
Este número é uma verdadeira afronta à Geologia do Brasil e demonstra,
claramente, o quanto o Governo Brasileiro acredita no setor e na
geologia.
Com essa clara estratégia governamental corremos o risco de ver a fuga
dos investimentos no setor e um apagão total na pesquisa mineral do
Brasil.
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