Você sabia da mineração de água no espaço?
Quando pensamos que já vimos quase tudo sempre aparece uma notícia para mostrar o quão errados estamos.
Você lembra da Planetary Resources Inc? Ela era uma das empresas com
ambiciosos planos de lavra espacial de meteoros metálicos ou ricos em
diamantes. Para eles o céu não era o limite.
No início de 2013 nós do Portal do Geólogo já alertávamos para a total
falta de economicidade e praticidade desses projetos. Falamos também,
sobre a pequena chance da descoberta de um asteroide econômico,
considerando o desembolso bilionário que um projeto desses deverá ter.
Pois bem, muitos investidores como a gigante Google e o bilionário
Richard Branson discordaram de nossas recomendações e investiram no
sonho da Planetary Resources. Esses visionários foram atraídos pelas
promessas de retornos bilionários. Afinal, era só voar e buscar um
imenso asteroide de puro diamante, platina, ouro ou algo mais importante
ainda...
Infelizmente não demorou muito para que esses sonhos fossem destroçados
pela realidade: o espaço não é assim tão diferente da Terra. Pior, lá as
coisas são muito mais diluídas pelas distâncias estelares e pela falta
de material rochoso, o que não ocorre no nosso planeta.
E foi com esse a sensação de derrota que a Planetary Resources bolou um outro plano mirabolante: a mineração de água no espaço.
Percebe-se que pelo menos uma coisa eles já aprenderam: a água é
muito mais abundante do que os diamantes e platinas do espaço. O
fundador da empresa, Eric Anderson, meio a contragosto, diz que ainda
acredita na lavra espacial, mas reconhece que os custos e problemas
técnicos são insuperáveis, no momento. E, por isso, ele mudou o foco
para algo bem mais corriqueiro: a mineração de água em cometas e
asteroides.
O que Eric quer é transformar a água em hidrogênio e
oxigênio, no próprio espaço, criando uma multitude de verdadeiros
postos de combustível para satélites espaciais com “tanques vazios”.
A Planetary Resources seria a primeira distribuidora espacial de combustível.
Não dá para negar> o pessoal desta empresa é muito criativo...
O que eles esqueceram de quantificar é que as mais novas tendências em
viagens espaciais não considera o uso de gases como o oxigênio e
hidrogênio como propelente. As soluções são muitas e não estão ainda
considerando a estratégia da Planetary Resources.
Infelizmente.
Enquanto tenta vender a ideia a Planetary Resources ainda pensa mandar
um “enxame” de satélites-telescópios para inspecionar possíveis
asteroides-alvos. Quem sabe eles acertam na loteria espacial...
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