terça-feira, 10 de junho de 2014

Europa pode reconsiderar restrições sobre o óleo das areias canadenses

Europa pode reconsiderar restrições sobre o óleo das areias canadenses
Enquanto a primeira carga de 570.000 barris de petróleo, derivado do beneficiamento das areias betuminosas canadenses, as oils sands, chega ao porto da Espanha os governantes europeus estudam a retirada das restrições. O petróleo produzido a partir das areias betuminosas canadenses é considerado o mais poluidor entre todos os óleos crus. Esse estigma persegue o óleo canadense evitando que ele tenha uma maior penetração nos países do Mercado Comum Europeu que já legislaram sobre esse assunto.

A Europa sofre uma forte crise energética e teve muitas refinarias fechadas nos últimos anos em decorrência da falta de petróleo e está ameaçada de um corte no suprimento de gás russo. A chegada do óleo canadense poderá revitalizar o setor e, para isso, talvez alguns legisladores estejam dispostos a “melhorar” a imagem do óleo das areias betuminosas reclassificando-o de uma forma mais “branda”. Se este óleo não for caracterizado como mais poluente do que os demais estará aberta a porta para uma revolução energética no velho continente.

A produção do óleo das areias usa uma enorme quantidade de água e causa uma maior emissão de gás efeito estufa do que a extração de petróleo convencional. Esses são pontos debatidos pelos ambientalistas que não querem que a produção desse óleo prospere.

Na realidade, esta primeira remessa está sendo entendida como um balão de ensaio. A repercussão e os protestos de alguns no porto de Bilbao não parecem exacerbados e, possivelmente, novas cargas irão cruzar o Atlântico, aumentando a importação europeia deste produto para 700.000 barris por dia até 2020.

Se esse plano prosperar grandes investimentos em oleodutos deverão ser feitos entre os Estados Unidos e o Canadá e a Europa verá, novamente, um suprimento de petróleo barato e contínuo.

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