A AngloGold Ashanti pretende diminuir em 7%, até o
final deste ano, os custos operacionais da mina de ouro Lamego, em
Sabará (MG), através de um software de gestão e controle das operações,
chamado Smart Mine Underground. A mineradora investirá, até 2016, R$ 16
milhões no levantamento de dados e extração de amostras de minério para
estender a vida útil da mina até 2027.
O Smart Mine Underground foi criado em parceria com a
empresa Devex e permite que toda a operação da mina seja acompanhada da
superfície, por meio de uma espécie de painel de controle.
“Por ele, sabemos onde estão todas as máquinas e
funcionários. Se uma máquina precisa de outra, se elas estão
posicionadas corretamente” disse Luiz Fernando Zanotti, responsável pela
implantação do programa em Lamego.
O sistema é capaz de habilitar e desabilitar à
distância de cada um dos 23 ventiladores instalados na mina. O controle
individual dos equipamentos foi capaz de economizar R$ 40 mil mensais,
desde maio do ano passado, o equivalente a R$ 560 mil até junho deste
ano.
A AngloGold Ashanti investiu na geração da própria
energia para reduzir os custos. A empresa gera, anualmente, 60 mil
megawatts/hora, por meio do Sistema Hidrelétrico de Rio de Peixe. O
complexo é formado por sete Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e
quatro barragens artificiais, construídas na década de 30.
Entre o dia 5 de setembro de 2011 e o último dia 13
de junho, houve uma queda de 33% na cotação do ouro, que passou de US$
1.895 para US$ 1.277,08 a onça troy."Quando isso acontece, há uma
verdadeira reviravolta nas empresas do setor. E é isso que tentamos
evitar”, afirmou Alexandre Heberle, gerente da mina de Lamego.
As operações em Lamego, que tiveram início em 2004,
representam 12% da exploração da AngloGold Ashanti em Minas Gerais. É
possível extrair, atualmente, 420 mil toneladas por ano de minério, com
1,5 tonelada de ouro.
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