Ouro tem maior alta em três semanas após medidas do BCE
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, subiu US$ 9,00 (0,07%), fechando a US$ 1.253,30 a onça-troy
O ganho foi o maior desde 14 de maio e o metal precioso fechou no patamar mais alto desde 29 de maio.
Como esperado pela maioria dos analistas, o BCE cortou as taxas de juros básicas.
A principal delas, a taxa de refinanciamento, foi reduzida para a mínima histórica de 0,15%, de 0,25%, nível onde se encontrava desde novembro.
Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal a 0,40%, de 0,75%, e reduziu a taxa para depósitos bancários, a -0,10%, de 0,0%. A taxa negativa de depósitos é inédita na zona do euro.
Em seguida, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou um programa de operações de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), com valor estimado em 400 bilhões de euros, que será condicionado ao compromisso dos bancos de fazerem empréstimos para a economia real.
O BCE também suspendeu a esterilização das compras de seu programa de títulos dos mercados, num gesto que libera cerca de 175 bilhões de euros em liquidez adicional, e prometeu "intensificar o trabalho preparatório" relacionado a compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês).
"Existe uma grande probabilidade de que, se o BCE seguir o Federal Reserve e o Banco do Japão com programas de relaxamento quantitativo, isso será um catalisador para ajudar o ouro a reverter seu atual viés negativo", afirmou Ken Ford, sócio-fundador da Warwick Valley Financial Advisors.
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