domingo, 6 de julho de 2014

Grupo indiano pretende explorar diamante no Piauí



Pernambuco pode ter o primeiro centro de lapidação de diamantes no Brasil, com uma geração de 1,5 mil empregos diretos e um investimento superior a US$ 10 milhões. “Seria a única empresa de lapidação no Brasil, com tecnologia totalmente indiana, hoje considerada a melhor do mundo”, afirmou o sócio da Gema do Piauí Mineração Ltda. (Gemapi), Olavo Pinheiro, que explora diamantes no interior do Piauí (em Monte Alegre e Giubués), mas possui sede no Recife. Ele é um dos empresários integrantes da Missão Empresarial Nordeste do Brasil à Índia, promovida pela Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio).
A empresa indiana que procurou Pinheiro durante a rodada de negociações em Mumbai, na última quinta-feira, foi a Gitanjali, que trabalha com exploração e lapidação de diamantes, bem como com confecção de jóias. Sediada em Mumbai e com faturamento anual maior que US$ 5 bilhões, é considerada a maior empresa de lapidação da Índia e exporta pedras para todos os continentes. “O grupo solicitou contato com o governador de Pernambuco para saber qual seria o incentivo fiscal para o investimento”, acrescentou Pinheiro.

A Gitanjali também demonstrou interesse em investir no kimberlito (diamante de extração mais profunda, que precisa de tecnologia de ponta para ser retirado e, conseqüentemente, possui custo mais alto). “No Brasil, só uma empresa canadense explora o kimberlito, em Braúna, no interior da Bahia”. Para explorar o kimberlito, o grupo indiano pretende montar uma join-venture com a Gemapi. “Eles pretendem investir inicialmente US$ 5 milhões em maquinário e tecnologia e a exploração seria nas terras da Gemapi”, explica Pinheiro.

Além do kimberlito, a empresa também quer explorar o diamante aluvião (encontrado em profundidade baixa). Ele também acrescentou que a empresa demonstrou vontade em ter um ponto fixo para compra de diamantes no Brasil. No último dia da missão empresarial na Índia, Pinheiro e a Gintajali já assinaram um contrato com uma trade para intermediar as negociações. “Tanto o investimento da central de lapidação quanto no kimberlito estão planejados para serem executados. A presidência da empresa indiana estará no fim do ano no Brasil e já quer os projetos na mão. Meu plano é ter os projetos prontos em 30 dias”, conclui o sócio da Gemapi.

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