Não sabe Inglês? Aprenda!
Como sabemos, em momentos de grande atividade
econômica, o mercado não consegue reagir com a inteligência e velocidade
necessárias.
Quando começa um superciclo de commodities, como o boom de 2000,
praticamente ninguém estava preparado para maximizar o seu faturamento.
As mineradoras tinham a oportunidade do século, podendo exportar tudo o
que produziam e muito mais, mas não haviam investido para tal. Talvez
por não acreditar ou simplesmente por ineficiência elas demoraram a
reagir.
A história mostra que somente na metade final do ciclo é que a maioria das mineradoras aumentou significativamente a produção.
Aí já era tarde.
O ciclo estava acabando e, com uma oferta maior do que a procura, o mercado desacelerou mais rapidamente.
O mesmo fenômeno ocorreu, também, com a mão de obra especializada. Os
geólogos, geofísicos, geoquímicos e engenheiros de minas experientes e
treinados, que são as peças fundamentais na manutenção do crescimento e
da continuidade de um ciclo exploratório sofrem as mesmas influências.
Sem eles não é possível o crescimento rápido e otimizado da mineração.
Foi assim durante o boom. Será assim no futuro próximo.
De repente os geólogos sumiram do mercado. Todos estavam empregados, com
bons salários e perspectivas. As empresas, sem outra opção, preencheram
as vagas com profissionais de menor experiência que não tinham, ainda, a
habilidade necessária que o momento exigia.
O processo de crescimento estancou e, com isso, veio o fim de um ciclo.
Essa experiência nos ensinou muito sobre os superciclos. Não basta estar
preparado para expandir na hora certa, é preciso, também, ter o pessoal
experiente e treinado para poder capitalizar em cima de uma
oportunidade ímpar como essa.
Agora que o boom acabou um grande número de profissionais altamente
treinados está chegando ao final de sua carreira. Em poucos anos eles
irão se aposentar e nós veremos uma verdadeira competição por aqueles
capazes de impulsionar o setor, na ocorrência de um novo boom da
mineração.
É a história do ovo e da galinha. Se um novo boom iniciar, sem os
profissionais necessários para a sua manutenção e impulso, o crescimento
poderá ser asfixiado e desaparecer.
Nos Estados Unidos mais de 50% dos geocientistas estão a 10 anos da
aposentadoria. Cenários similares estão sendo observados no Canadá,
África do Sul e Austrália. Segundo o Canadian Mining Industry Human
Resources Council 33% da força de trabalho da mineração canadense está
apenas a 1 ano da aposentadoria... Na Austrália o Conselho Mineral
aponta a necessidade de 86.000 novos profissionais da mineração para o
ano de 2020. A situação não é diferente na África do Sul, comprometida
pela fuga de profissionais sul-africanos para outros países.
Mais ainda, este estudo mostra que está havendo uma redução de
graduandos em geociências o que vai desequilibrar a oferta nos próximos
anos.
Muitos recém-formados estão sendo absorvidos pela indústria do petróleo o que amplifica ainda mais o vazio profissional.
As consequências da falta de profissionais altamente qualificados serão
sentidas no mercado e, também, nos preços das commodities. Em pouco
tempo o mercado internacional estará correndo atrás de profissionais da
Geologia e Mineração...
Para você que está entrando na universidade agora ou que está em início
de carreira essa situação mundial implica em uma imensa oportunidade.
Faça as suas contas...
Basta querer e você estará escolhendo empregos nos lugares mais variados
do mundo, uma oportunidade que poucos profissionais podem fazer sem
antes passar por um demorado período de aclimatação.
É nessas horas que a geologia, por ser uma profissão universal, se sobressai.
Como dissemos no início desta matéria, se você não sabe Inglês, aprenda,. Esse será o seu passaporte para um futuro rico de experiências, que só a geologia vai lhe proporcionar.
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