Vale deverá lucrar R$ 5 bilhões no 2º trimestre, entre preços em baixa e produção em alta
Entre otimismo e pessimismo, analistas destacam preço do minério no resultado da mineradora, que divulgará seus números amanhã antes da abertura do mercado
SÃO PAULO - A temporada de resultados do segundo
trimestre esquenta e o destaque da próxima sessão será a divulgação dos
números da Vale (VALE3;VALE5),
que divulgará seus números antes de abrir o mercado. De acordo com as
estimativas médias compiladas pela Bloomberg, a expectativa é de que o
lucro líquido ajustado da companhia atinja os R$ 5,1 bilhões, ante um
resultado de R$ 5,909 bilhões registrado no primeiro trimestre deste ano
e com forte alta ante o lucro de R$ 831 milhões no mesmo período de
2013.
Porém, também há aqueles que estão mais pessimistas. De acordo com o Santander, a mineradora deve ter de um lucro líquido ajustado de R$ 2,10 bilhões, com uma queda de 8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) na comparação trimestral, devido à queda do preço do minério de ferro.
"Realmente, os preços do minério de ferro caíram, passando de US$ 120 a tonelada nos três primeiros meses do ano para US$ 103 a tonelada no segundo trimestre de 2014. Também esperamos que a Vale anuncie um desconto acentuado nos preços realizados do minério de ferro contra os preços no mercado à vista, pois acreditamos que os clientes asiáticos continuaram a optar por um pagamento mais à frente. No lado positivo, nossa expectativa é de expansão nos volumes de vendas do minério de ferro e de preços sólidos para o níquel (+29% na comparação trimestral), compensando apenas parcialmente o enfraquecimento do minério de ferro", destaca Felipe Reis, do Santander.
A equipe de análise do Citi também acredita que os resultados devem ser influenciados pela queda do preço do minério de ferro, mas que devem ser compensados por volumes maiores e preços mais altos do níquel. Assim, o foco deve permanecer na relação entre o preço do minério de ferro e os custos. Enquanto isso, a equipe do Itaú BBA vê um resultado mais fraco, sendo que os volumes de níquel não devem conseguir compensar a queda do preço do minério de ferro.
Por outro lado, os analistas acreditam que o resultado financeiro deve ser positivo devido à efeito da valorização real sobre dívida denominada em dólares. "Tem havido uma visível dualidade entre as questões específicas da companhia - isoladamente mais favoráveis - e a deterioração do quadro conjuntural internacional", afirma o analista da Ágora Corretora, Aloísio Lemos. Ele ainda completa dizendo que mantém uma visão otimista para a mineradora considerando uma ótica de longo prazo, enquanto no curto prazo há uma ausência de direcionadores claros.
"A situação atual exige uma atenção especial à movimentação da ação, sendo necessário um monitoramento constante das principais variáveis que interferem no papel, sobretudo de quaisquer sinais de desaceleração da demanda chinesa por minério de ferro", complementa Lemos. Segundo dados da Bloomberg, as ações preferenciais da Vale atualmente têm 14 recomendações de compra, 1 para manter, nenhuma de venda.
(Com Bloomberg)
Porém, também há aqueles que estão mais pessimistas. De acordo com o Santander, a mineradora deve ter de um lucro líquido ajustado de R$ 2,10 bilhões, com uma queda de 8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) na comparação trimestral, devido à queda do preço do minério de ferro.
"Realmente, os preços do minério de ferro caíram, passando de US$ 120 a tonelada nos três primeiros meses do ano para US$ 103 a tonelada no segundo trimestre de 2014. Também esperamos que a Vale anuncie um desconto acentuado nos preços realizados do minério de ferro contra os preços no mercado à vista, pois acreditamos que os clientes asiáticos continuaram a optar por um pagamento mais à frente. No lado positivo, nossa expectativa é de expansão nos volumes de vendas do minério de ferro e de preços sólidos para o níquel (+29% na comparação trimestral), compensando apenas parcialmente o enfraquecimento do minério de ferro", destaca Felipe Reis, do Santander.
A equipe de análise do Citi também acredita que os resultados devem ser influenciados pela queda do preço do minério de ferro, mas que devem ser compensados por volumes maiores e preços mais altos do níquel. Assim, o foco deve permanecer na relação entre o preço do minério de ferro e os custos. Enquanto isso, a equipe do Itaú BBA vê um resultado mais fraco, sendo que os volumes de níquel não devem conseguir compensar a queda do preço do minério de ferro.
Por outro lado, os analistas acreditam que o resultado financeiro deve ser positivo devido à efeito da valorização real sobre dívida denominada em dólares. "Tem havido uma visível dualidade entre as questões específicas da companhia - isoladamente mais favoráveis - e a deterioração do quadro conjuntural internacional", afirma o analista da Ágora Corretora, Aloísio Lemos. Ele ainda completa dizendo que mantém uma visão otimista para a mineradora considerando uma ótica de longo prazo, enquanto no curto prazo há uma ausência de direcionadores claros.
"A situação atual exige uma atenção especial à movimentação da ação, sendo necessário um monitoramento constante das principais variáveis que interferem no papel, sobretudo de quaisquer sinais de desaceleração da demanda chinesa por minério de ferro", complementa Lemos. Segundo dados da Bloomberg, as ações preferenciais da Vale atualmente têm 14 recomendações de compra, 1 para manter, nenhuma de venda.
(Com Bloomberg)
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