Tântalo brasileiro na Guerra nas Estrelas
O projeto norte-americano depende do metal encontrado no Amazonas, Amapá e Rio Grande do Norte
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O projeto Guerra nas Estrelas, que os Estados Unidos
pretendem reativar, será abastecido pelo Brasil. Foguetes e satélites
projetados para formar um escudo antimísseis em torno do território
americano serão feitos com tântalo, metal extraído da tantalita em
reservas brasileiras e considerado estratégico para a guerra moderna.
Segundo o Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM), o Brasil possui as maiores reservas de tantalita, que
equivalem a 45% de todo o tântalo existente no mundo. Mas poucas
empresas brasileiras exploram o metal. As maiores lavras estão na Serra
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Borborema (Rio Grande do Norte), no Amazonas e
no interior do Amapá. "A produção é incipiente e a demanda é muito
grande", sintetiza Paulo Santana, geólogo do DNPM. No ano passado, o
preço do tântalo no mercado internacional saltou de 30 dólares para 200
por libra-peso (473 gramas). O metal já é o terceiro item de exportação
do Amapá.
O tântalo extraído no Brasil é beneficiado em
siderúrgicas nos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Canadá. Depois, volta
ao país na forma de produtos industrializados, como os chips dos
processadores Pentium e telefones celulares.
"Toda a produção de tântalo no Brasil acaba na
mão de estrangeiros, sem qualquer benefício para o país. O pior é que,
da forma como é feita, a produção tem perdas imensas.
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