quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Métodos para criar opalas em laboratório

Métodos para criar opalas em laboratório


Métodos para criar opalas em laboratório
O brilho em opalas preciosas, como esta "Mexican fire", é causado pela luz refletida pelas estruturas de sílica cristalina
Precious Mexican Supreme Opal image by Mexgems from Fotolia.com
A opala é feita de sílica hidratada, ou dióxido de silício. Seu teor de água varia. Há duas variedades de opala natural. As comuns são de uma única cor, e podem ser transparentes, brancas, vermelhas ou pretas. A outra variedade, aquelas que são gemas, é chamada de opala nobre. Essas são conhecidas por seu jogo de cores como um arco-íris, que brilha à medida em que é virada na luz. Os pesquisadores que trabalham na criação dessas pedras em laboratório tentam capturar essa qualidade indescritível e recriar a beleza das opalas nobres naturais. Três categorias de opalas podem ser criadas em laboratório: as falsas, as sintéticas e as artificialmente desenvolvidas.

Opalas falsas

O único requisito para que um material seja uma boa imitação de opala é que ele tenha a aparência de uma pedra natural. John Slocum inventou uma imitação da opala conhecida como "Slocum Stone", ou essência de opala, em 1974. A pedra é feita de vidro com pedaços de papel alumínio, que criam o cintilar característico da opala. A opalite é outra imitação feita de plástico. É mais macia do que a natural e tem uma iridescência como a da pele de um lagarto, um aspecto escamoso que, embora se pareça com o da opala natural, ainda é visivelmente diferente.

Opalas sintéticas

O processo básico de síntese da opala consiste em três fases. Primeiro, os cientistas criam pequenas esferas de sílica. Em seguida, organizam-nas em um padrão de grade, para imitar a estrutura da opala nobre. Finalmente, eles enchem os poros da estrutura de gel de sílica, para endurecer. O processo pode demorar mais de um ano. O resultado é um produto de sílica hidratada que apresenta iridescência e tem uma aparência semelhante à da opala natural. A parte mais difícil dessa síntese é recriar o arco-íris cintilante presente nas nobres naturais. Pierre Gilson criou a primeira sintética em 1974, sendo que as primeiras tentativas tinham faixas de iridescência em vez de brilhos. Os pesquisadores ajustaram o processo e conseguiram desenvolver um tipo de iridescência como aquele da pele de lagarto.

O método de desenvolvimento de opalas de Len Cram

Na década de 1980, o fotógrafo de opalas e historiador Len Cram começou a experimentar novas maneiras de desenvolver essas peças. Depois de ouvir histórias de esqueletos e mourões opalizados em torno das minas da pedra, Cram duvidou da explicação tradicional dada sobre o método de formação dela. A hipótese era de que a sílica preenchia bolsões no chão e endurecia ao longo de centenas de anos, formando a opala. Cram acreditava que o processo era mais rápido, elas se formavam a partir de reações químicas envolvendo compostos na terra. Ele criou seu próprio processo de síntese com base nesta teoria, misturou terra de opala com eletrólitos líquidos, e em poucos meses foram criadas opalas visualmente indistinguíveis daquelas naturais.

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