sábado, 4 de outubro de 2014

A relatividade de acordo com Dilma Roussef

A relatividade de acordo com Dilma Roussef




Se Albert Einstein estivesse vivo e visse o debate dos candidatos à presidência, apresentado pela Globo, teria, provavelmente, tido um colapso. Ou, quem sabe, ficasse orgulhoso?

Einstein com certeza, por ser um gênio, não teria sido enrolado como muitos telespectadores o foram, esta madrugada, pela candidata Dilma.

Dilma extrapolou na relatividade em um nível quase transcendental.

Ela escolhe os seus referenciais casuisticamente, de maneira a minimizar os imensos problemas criados durante a sua gestão.

Para ela, tudo no seu governo está entre bom e ótimo. Sempre.

A candidata só consegue chegar a uma conclusão bizarra como esta pois o referencial que ela usa varia ao seu bel prazer e, quase nunca é o seu próprio governo...

Quando confrontada com o fato de que ela não conseguiu cumprir as suas promessas de campanha o referencial, logicamente, deveria ser o início do seu governo...

Mas, Dilma, como uma prestidigitadora de nível profissional, distrai o telespectador e fornece números e respostas totalmente fora do contexto, que se relacionam ao governo já finado e erodido pelo tempo de Fernando Henrique Cardoso.  Na lógica de Dilma uma inflação de 6,5% é muito boa, afinal na época do governo do PSDB, há algumas décadas atrás, a inflação atingiu picos mais elevados...

Para ela Aécio não pode melhorar o Bolsa Família pois no governo FHC o Bolsa Família só atingiu 5 milhões  de brasileiros e no dela 56 milhões...

Os referenciais de Dilma são simplesmente surreais, frutos de uma estratégia que busca verdades pontuais soltas na linha do tempo.

Palmas para ela.

Mas, para nós telespectadores, as nossas desgraças, a nossa família, o nosso bolso, a nossa saúde, o nosso emprego e a nossa segurança estão todos relacionados ao referencial HOJE. Para nós que perdemos o emprego, que lutamos pela sobrevivência, tudo o que a prestidigitadora Dilma  puxou de sua cartola não passa de mero artifício eleitoreiro. 

Dilma, atinge o ápice do surrealismo quando afirmou categoricamente que ela havia demitido o Paulo Roberto da Costa, aquele ladrão confesso que roubou da Petrobras 70 milhões de reais e ainda levou no bolso uma carta de recomendação pelos  “ excelentes serviços prestados “.

Ao ser imediatamente desmentida pelo candidato Aécio que empunhava a ata da Petrobras onde estava escrito que Paulo Roberto Costa havia renunciado ela muda o discurso e o referencial dizendo, irritada, que o Ministro Lobão havia solicitado a Paulo Roberto que esse escrevesse a sua demissão...

E nós telespectadores, boquiabertos, em rede nacional, vimos a transmutação do eu em ele. Mais uma mudança de referencial tragicômica.

Afinal, como dizia Albert Einstein “tudo é relativo”. 

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