segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Carvão: enquanto China, Estados Unidos e Europa pisam no freio, japoneses aceleram

Carvão: enquanto China, Estados Unidos e Europa pisam no freio, japoneses aceleram



Nem todos sabem, mas os japoneses são o segundo maior importador de carvão do mundo ficando atrás apenas da China.  Eles importam mais de 200 milhões de toneladas ao ano e desde o fechamento de suas usinas nucleares ficaram mais dependentes ainda.

Agora que os preços do carvão estão em queda, que os chineses reduziram drasticamente as suas importações de carvão, que está sendo substituído por gás e outras energias mais limpas, os japoneses sentiram a oportunidade e começam a comprar grandes minas de carvão de qualidade.

É o que aconteceu com a Mitsui comprando da Vale 15% do projeto de carvão Moatize por US$450 milhões e 50% da infraestrutura por US$313 milhões. Trata-se de uma estratégia clara para manter um controle sobre o suprimento de carvão de alta qualidade que se torna raro assim que um novo superciclo começa.

Os preços do carvão mostram bem a situação dos japoneses, obrigados a comprar grandes quantidades: o preço saiu de US$50/t em 2005 para  US$200/t em 2008, retornando, hoje, aos US$51/t.

Esta queda está colocando no mercado minas de carvão com preços baratíssimos, que seis anos atrás não estavam a venda.

Os japoneses, que acreditam em uma reviravolta do mercado em 6 meses, foram às compras. É o caso da Itochu Corp que está tentando comprar o projeto gigante de Tavan Tolgoi na Mongólia e da Idemitsu Kosan Co, que mais que dobraram a sua capacidade com a compra de carvão térmico na Indonésia.

Esta situação deu uma chance, para os mineradores australianos, que estão fechando as minas, de recuperar parte do prejuízo.

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