Por
convenção, a História se inicia em 4000 a. C., com a invenção da
escrita. Mas, apesar do significado profundo deste marco na história da
humanidade, eventos muito significativos vieram antes, na pré-história,
como a passagem das culturas de caça e coleta às culturas agrícolas.
Deste período pré-escrita, uma gama de registros materiais ficaram para a
posteridade, como armas, adornos, utensílios, vestimentas, pinturas e
toda sorte de objetos da vida daqueles seres humanos.
O mais antigo adorno (foto ao lado) encontrado tem aproximadamente 75 mil anos! Trata-se de um colar confeccionado de conchas que estava na Caverna Blombos, na África do Sul, e foi descoberto por uma equipe de cientistas de 5países e publicada na revista Science em abril de 2011. Mesmo não contendo metal, pode ser classificado como joia. Três evidencias levaram os cientistas a considerarem-nas peças de um colar: têm cores e tamanhos semelhantes – denotando uma escolha estética -, todas estão furadas, e no mesmo lugar, na maioria delas, e exames com microscópio eletrônico mostraram que em torno dos furos ocorreu um desgaste, compatível com o atrito de um fio.
Objetos datados desse período revelam ainda outra face, não somente utilitária. Feitos a partir do ajuntamento de conchas, ossos, presas de animais, pequenos pedaços de rochas, minerais, amarrados com tiras de couro ou fibra vegetal, indicavam o desejo humano de adornar-se, fosse para diferenciar-se de seus semelhantes, para alcançar uma beleza típica, ou ainda para cultuar um deus. Através de tais objetos, o homem inaugurava, junto à pintura, uma das mais antigas formas de arte na história de nossa humanidade.
Idade dos Metais
Após séculos de adornos confeccionados a partir de produtos facilmente acessados na natureza (conchas, pedras, presas…), e com a chegada da Idade do Bronze, o ouro e a prata passaram a ser amplamente utilizados, combinados com pedras de cor.Iniciou-se um processo intenso de desenvolvimento das técnicas de manipulação e desenho com esses materiais. Os temas enfatizavam aspectos que cresciam naquelas sociedades, como a religião e a organização social. É possível dizer que por volta 2000 a.C. os ourives tinham as habilidades necessárias para a modelagem desses metais, utilizando, até mesmo, soldagem por fusão.
Diferentes técnicas foram sendo desenvolvidas pelo mundo de acordo com os valores culturais e religiosos e também os traços estilísticos e a natureza de cada região. Na Europa, por exemplo, a preferência por joias feitas apenas com ouro deve-se ao fato de que pedras de cor, como lápis-lazúli e a cornalina, típicas das montanhas do Oriente, não eram encontradas por lá. Outra curiosidade é referente ao uso de brincos e anéis. Muito típico na Mesopotâmia desde 2500 a.C., os mesmos adornos só se tornaram usuais entre os egípcios mil anos depois, em 1500 a.C..
Novos estilos surgiram e, ao mesmo tempo, o grau de precisão das técnicas refletia a novidade, que foi difundida pelo Mediterrâneo (o que hoje compreende da Síria à Espanha) pelos fenícios. A grande influência espalhada por eles vinha através de temas como os motivos de animais das estepes russas, os ornamentos nas pulseiras com motivos florais, e ainda o estilo céltico, que, mais de 2 mil anos depois, serviria de inspiração para a Art Nouveau.
O mais antigo adorno (foto ao lado) encontrado tem aproximadamente 75 mil anos! Trata-se de um colar confeccionado de conchas que estava na Caverna Blombos, na África do Sul, e foi descoberto por uma equipe de cientistas de 5países e publicada na revista Science em abril de 2011. Mesmo não contendo metal, pode ser classificado como joia. Três evidencias levaram os cientistas a considerarem-nas peças de um colar: têm cores e tamanhos semelhantes – denotando uma escolha estética -, todas estão furadas, e no mesmo lugar, na maioria delas, e exames com microscópio eletrônico mostraram que em torno dos furos ocorreu um desgaste, compatível com o atrito de um fio.
Objetos datados desse período revelam ainda outra face, não somente utilitária. Feitos a partir do ajuntamento de conchas, ossos, presas de animais, pequenos pedaços de rochas, minerais, amarrados com tiras de couro ou fibra vegetal, indicavam o desejo humano de adornar-se, fosse para diferenciar-se de seus semelhantes, para alcançar uma beleza típica, ou ainda para cultuar um deus. Através de tais objetos, o homem inaugurava, junto à pintura, uma das mais antigas formas de arte na história de nossa humanidade.
Idade dos Metais
Após séculos de adornos confeccionados a partir de produtos facilmente acessados na natureza (conchas, pedras, presas…), e com a chegada da Idade do Bronze, o ouro e a prata passaram a ser amplamente utilizados, combinados com pedras de cor.Iniciou-se um processo intenso de desenvolvimento das técnicas de manipulação e desenho com esses materiais. Os temas enfatizavam aspectos que cresciam naquelas sociedades, como a religião e a organização social. É possível dizer que por volta 2000 a.C. os ourives tinham as habilidades necessárias para a modelagem desses metais, utilizando, até mesmo, soldagem por fusão.
Diferentes técnicas foram sendo desenvolvidas pelo mundo de acordo com os valores culturais e religiosos e também os traços estilísticos e a natureza de cada região. Na Europa, por exemplo, a preferência por joias feitas apenas com ouro deve-se ao fato de que pedras de cor, como lápis-lazúli e a cornalina, típicas das montanhas do Oriente, não eram encontradas por lá. Outra curiosidade é referente ao uso de brincos e anéis. Muito típico na Mesopotâmia desde 2500 a.C., os mesmos adornos só se tornaram usuais entre os egípcios mil anos depois, em 1500 a.C..
Novos estilos surgiram e, ao mesmo tempo, o grau de precisão das técnicas refletia a novidade, que foi difundida pelo Mediterrâneo (o que hoje compreende da Síria à Espanha) pelos fenícios. A grande influência espalhada por eles vinha através de temas como os motivos de animais das estepes russas, os ornamentos nas pulseiras com motivos florais, e ainda o estilo céltico, que, mais de 2 mil anos depois, serviria de inspiração para a Art Nouveau.
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