Entre 2001 e 2011, preço do metal
aumentou 585%. Enquanto em agosto de 2001 a cotação do ouro equivalia a
US$ 270 por onça-troy (que equivale a 31,1 gramas), neste mês já chegou a
valer US$ 1,850. Em apenas dois dias, entre 17 e 19 de agosto, preço
pago variou de US$ 1,790 por onça- troy para US$ 1,850 , numa alta de
3,35%. Mas esse pico ainda é inferior ao registrado em 1980, quando
alcançou valor equivalente a US$ 2,516. Valorização é resultado do maior
interesse de investidores em adquirir ouro, considerada opção mais
segura, num momento de instabilidade econômica internacional, com crise
na Europa e Estados Unidos.
Prestígio do ouro aumentou até mesmo
nos Bancos Centrais, conforme reportagem publicada no New York Times na
última semana. Para 2011, ouro está sendo notado como melhor classe de
ativo. De acordo com registro do Conselho Mundial do Ouro, os BCs detêm
29 mil toneladas de ouro, sendo que a maior parte - cerca de 8 mil
toneladas pertence aos Estados Unidos. Em mais uma "corrida pelo ouro",
cerca de 15 empresas de grande e médio porte têm realizado pesquisas em
Mato Grosso.
Províncias auríferas estão localizadas
na Baixada Cuiabana (Poconé), Pontes e Lacerda, Nova Xavantina e
extremo Norte do Estado (Alta Floresta, Aripuanã,
Peixoto de Azevedo). No país, número de requerimentos de pesquisa para
exploração do metal aumentou 34,80% no primeiro semestre deste ano, num
total de 1,162, ante as 892 solicitações registradas pelo DNPM entre
janeiro e junho do ano passado. Até agora, 746 foram outorgadas.
No momento, interesse pela exploração
de ouro supera de outros minérios, como o ferro. Dentre os bens minerais
explorados em Mato Grosso estão o ouro, diamante, areia e cascalho,
pedra britada, argila, calcário, concentrado de cobre e zino, minério de
manganês, de cassiterita, cristal de quartzo e quartzo rutilado e água
mineral. De calcário, são produzidas 4 milhões de toneladas, o que torna
o Estado principal produtor. Estado também já foi maior produtor de
ouro do país.
Exploração - Jazidas auríferas do
Estado podem ser exploradas por mineradoras e permissionários de lavras,
sendo pessoas físicas ou cooperativas. De acordo com superintendente do
DNPM, Jocy Gonçalo de Miranda, 50% da exploração é feita por
garimpeiros e cooperativas. "É preciso requerer permissão de lavras ao
DNPM, em seguida no órgão ambiental". Após finalização dos trabalhos,
permissionários são obrigados a recuperar área. Dentre as mineradoras já
atuantes no Estado, a Apoena S.A. inicia produção neste ano, após
investimento de US$ 12 milhões na região de Vila Bela da Santíssima
Trindade e Nova Lacerda, de onde serão extraídas 3,5 toneladas de ouro
ao ano.
Região de Pontes e Lacerda e Porto
Esperidião devem produzir, até 2013, 10 toneladas de ouro por ano, após
investimentos de R$ 51 milhões pela Serra da Borda Mineração S.A.
(Yamana Desenvolvimento Mineral S.A.).
E, para 2012, a exploração mineral na região de Nova Xavantina deve render 1,5 toneladas de ouro ao ano, obtidas pela Mineração Caraíba S. A, responsável por investimento de R$ 150 milhões, desde 2009. De acordo com geólogo da Mineração Caraíba, Daniel Suman, um dos maiores exploradores de ouro do mundo (Kinross) está instalado em Nova Xavantina. "Conheço outras regiões, como Poconé, que tem potencial para ser depósito mundial".
E, para 2012, a exploração mineral na região de Nova Xavantina deve render 1,5 toneladas de ouro ao ano, obtidas pela Mineração Caraíba S. A, responsável por investimento de R$ 150 milhões, desde 2009. De acordo com geólogo da Mineração Caraíba, Daniel Suman, um dos maiores exploradores de ouro do mundo (Kinross) está instalado em Nova Xavantina. "Conheço outras regiões, como Poconé, que tem potencial para ser depósito mundial".
Mercado - Do ouro produzido no Brasil,
75% é exportado, conforme registro do Instituto Brasileiro de Mineração
(Ibram). Principais compradores são Reino Unido (45%), Suíça (32%),
Emirados Árabes (12%) e Estados Unidos (9%).
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