Uma montanha de ouro por trás de Belo Monte
Essa é a reportagem integral, com conteúdo exclusivo, produzido por uma equipe de reportagem, que realizou duas expedições ao rio Xingu, região da Volta Grande, no Pará, em junho/2013 e janeiro/2014. Contém contundentes depoimentos, denúncias e revelações sobre a montanha de ouro e outras riquezas que existem por trás da danosa obra da usina hidrelétrica de Belo Monte e elucida o porquê de tantos desrespeitos e empenho por parte do gerenciamento petista, do megapelego Lula e de Dilma Rousseff, para a imposição e execução acelerada desse projeto de destruição social e ambiental. Por trás da montanha de ouro tem montanhas de corrupção, massacres, ilegalidades e saqueio das riquezas nacionais.
Parte dessa matéria foi publicada pela Agência Pública, com o título “Em busca de Belo Sun” -http://apublica.org/2014/08/em-busca-da-belo-sun/
A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do rio Xingu, no estado do Pará, tem sido alvo de intensas críticas por provocar grande destruição social, ambiental e econômica. 20 processos judiciais são movidos pelo MPF-PA devido a problemas no licenciamento, descumprimento de condicionantes, impactos irreversíveis, etc.. Mesmo assim a obra segue a todo vapor.
Os custos da usina já ultrapassam R$ 30 bilhões. Muitas famílias de pequenos agricultores já foram retiradas de suas terras e em torno de 25 mil pessoas serão atingidas pela inundação na cidade de Altamira. Quase sessenta ilhas desaparecerão submersas pelo lago da usina e um trecho de aproximadamente cem quilômetros do rio Xingu terá sua vazão reduzida em até 90% ou poderá mesmo secar devido ao barramento e desvio da água destinada às operações da hidrelétrica. Povos indígenas também são duramente impactados.
A redução da lâmina de água facilitará os trabalhos de extração de ouro e, segundo os garimpeiros artesanais, até mesmo diamantes e ametistas podem ser encontrados em aluviões nas curvas do Rio Xingu. É nesta região que a mineradora canadense “Belo Sun Mining”, controlada pelo “Forbes & Manhattan Bank”, projeta retirar 88 toneladas de ouro em escala industrial com a utilização da energia elétrica gerada por Belo Monte. Ações na justiça também contestam o licenciamento da Belo Sun e suas atitudes de expulsar famílias de garimpeiros artesanais cujas gerações moram e trabalham no local há mais de 70 anos. Belo Monte abre o caminho para a mineração em alta escala no rio Xingu. Outras empresas como a Vale, a Anglo American, Ashmore, etc., também estão de olho na extração de ouro, platina, paládio, e até diamantes, entre outras ricas substâncias minerais que podem ser encontradas na Volta Grande do Xingu.
Povos indígenas e ribeirinhos também já afetados por Belo Monte, poderão ser ainda mais impactados pela seca no rio, pelas explosões de dinamite e envenenamento do ecossistema por substâncias como cianeto e arsênico, subprodutos do tipo de extração industrial projetada pela Belo Sun.
Assista o vídeo exclusivo produzido pela equipe da expedição ao Xingu, em janeiro/2014:
Uma montanha de ouro por trás de Belo Monte
“Nós, índios Juruna, da Comunidade Paquiçamba, nos sentimos preocupados com a construção da Hidrelétrica de Belo Monte. Porque vamos ficar sem recursos de transporte, pois onde vivemos vamos ser prejudicados porque a água do rio vai diminuir como a caça, vai aumentar a praga de carapanã [mosquito, muriçoca] com a baixa do rio, aumentando o número de malária, também a floresta vai sentir muito com o problema da seca e a mudança dos cursos dos rios e igarapés …” [1]
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