A memória dourada das 432 pistas de pouso do Tapajós
A primeira imagem retirada do google earth mostra uma pista engolida
pela floresta ( a pista esta só de um lado da grota, a outra margem foi
derrubada para ajudar na decolagem)
a segunda é um mapa das 432 pistas copiado do livro:
432 pistas de pouso abertas nos tempos onde as estradas não atravessavam
a província;
A maioria hoje não esta mais utilizada, mas mesmo desativadas e a mata
tomando conta, essas pistas ainda são importantes para:
- definir a posse e os limites das propriedades tradicionais, apesar
das contestações com a chegada da nova onda de garimpeiros modernos....
- para ligar com a bibliografia técnica antiga, dos trabalhos
realizados tanto por empresas como por órgãos governamentais que não usavam GPS
na época.
- Para um acesso rápido no caso das pistas ainda estarem em operação
- Para delimitação dos requerimentos do subsolo
- Para contratos legais de superficiários: a empresa interessada devera
assinar contrato com o superficiário, ou seja, o dono da pista, mesmo esta
estando desativada. A eventual presença de outro garimpeiro local será ou por
autorização deste superficiário ou um invasor de fora com intuito de fazer um
reco rápido e ir embora.
- E essencialmente para amarrar com GPS a memória garimpeira, só que
terá que andar muito, usar outra pista ou um acesso rodoviário novo para chegar
ao local e pedir a um garimpeiro, geralmente idoso para mostrar todos os pontos
da sua memória das ocorrências de ouro de sua juventude; Tendo a memória garimpeira,
servira de base para pesquisar e reativar.
O uso das imagens de satélite com os seus impactos visíveis nas
aluviões é uma forma de approach inicial, mas nada pode comparar se com as
informações garimpeiras in loco com a presença de ouro grosso, ouro com prata
(proximidade de filões), locais de bamburros, zonas pepitadas, entradas de
montanha, filões pressentidos que a imagem de satélite não mostra.
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